Portugal 4-0 Polónia: Fez-se história na Maia | Ténis, Taça Davis

    SOUSA SOFRE, MAS PREVALECE

    Com a eliminatória a ser disputada em dois dias, tanto os encontros de singulares quanto os de pares seriam jogados há melhor de três sets. Para abrir as hostilidades de uma jornada que se esperava repleta de ação e de grandes batalhas, víamos um duelo entre João Sousa (87.º ATP) e Kacper Zuk (190.º ATP). Este último não só tentaria contrariar o maior favoritismo, como a maior experiência do vimaranense num face a face vital para o decurso da restante contenda.

    Com o conquistador a começar por tentar impor o seu jogo, baseado na velocidade da sua pancada de direita, o serviço não ia ajudando, pois, as percentagens de colocação da primeira bola iam estando longe das ideais. Por essa razão, e quem sabe não só acusando a questão do pouco tempo de jogo em terra na presente temporada, bem como o nervosismo inerente a atuar diante do seu público, o melhor tenista lusitano de todos os tempos sofreria a quebra de serviço logo no jogo inaugural.

    Dado o seu espírito guerreiro conseguiu ripostar por forma a igualar a um. Desde então e mesmo com os servidores a denotarem algumas dificuldades, foi sempre o caseiro a “cheirar” o break, algo que passaria da teoria à prática ao oitavo jogo com Sousa a granjear uma liderança de 5-3, aproveitando-a, e no seu serviço acabaria mesmo por conquistar o set, levados que estavam 49 minutos.

    A entrada na segunda partida seria o período mais negro do lusitano: muito falhão, bastante lento e jogando muito na defensiva permitiu ao seu opositor crescer e acreditar nas suas chances, pois quebrando ao terceiro e ao oitavo jogos acabaria por minar por completo uma atuação, até então bastante competente do atleta que conta com quatro títulos ATP no curriculum. Resultado: contas equilibradas, com o polaco a aplicar um duro 2-6 ao cabo de 41 minutos.

    Com tudo em aberto, e numa fase em que a fadiga mais que física ia sendo sobretudo mental, quem melhor gerisse a ansiedade daria o primeiro ponto à respetiva formação. Desta forma e conseguindo-o em branco eis que Sousa entrava logo apoderando-se do saque do oponente, algo que seria facilmente rebatível, dada alguma apatia do luso e ao fim de três pontos de break estava novamente tudo igual!

    Depois de uma toada um pouco mais morna, e em que se assistiram a vários erros de ambas as partes, João Sousa voltando a comandar com a direita não fugindo tanto à esquerda, aguentar-se-ia com a sua pior pancada em longas trocas de bolas. Tal facto levaria a uma tentativa de aceleramento do visitante, contudo frustrada, visto que a relação entre pontos “ganhantes” e erros não forçados lhe foi claramente desfavorável. Assim, conduziu-se a uma vantagem de 5-2 por parte do nacional, já dispondo de duas quebras de vantagem.

    Aí, e novamente tomado pela questão mental, não aproveitaria a primeira tentativa, com Zuk a ficar somente a um jogo do conquistador. Mostrando capacidade para inverter o rumo das suas emoções, valendo-se da incomparável experiência a este nível, e depois de pouco mais de duas horas e meia arrebataria mesmo o primeiro ponto para a seleção nacional conquistando a terceira partida pelo parcial de 6-4.

    Tornando-se assim no tenista português com maior número de triunfos na Davis, 38, quebrando um recorde até então na posse de João Cunha e Silva.

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    Diogo Rodrigues
    Diogo Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona do Porto. É desde cedo que descobre a sua vocação para opinar e relatar tudo o que se relaciona com o mundo do desporto. Foram muitas horas a ouvir as emissões desportivas na rádio e serões em família a comentar os últimos acontecimentos/eventos desportivos. Sonha poder um dia realizar comentário desportivo e ser uma lufada de ar fresco no jornalismo. Proatividade, curiosidade e espírito crítico são caraterísticas que o definem pessoal e profissionalmente.