UM DIA PERFEITO PARA O TÉNIS NACIONAL
Com a vantagem do nosso lado, assistir-se-ia de seguida a um duelo que teria de ser vencido pela Polónia, isto para ter ainda reais hipóteses de sucesso na eliminatória. De um lado, Kamil Majchrzak (75.º ATP) e do outro Nuno Borges (165ºATP), natural da Maia que atuando literalmente em casa e cumprindo o primeiro encontro de singulares na prova em toda a carreira, sentiu e de que forma o embate inicial. Findados os primeiros 15 minutos de disputa, o tenista luso venceu apenas meia dúzia de pontos “caindo” então para um parcial bem desfavorável de 0-5.
Embora não se podendo dizer que o nortenho estivesse mal taticamente, contava do outro lado com um jogador ultraconsistente que ia atuando em estado de graça, apresentando um nível que caso fosse constante seria de Top 20 Mundial, ou até mais!
Teimoso, persistente e fiel ao plano traçado, Nuno manteve as caraterísticas bem agressivas do seu jogo e com o seu oponente a “panicar” claramente recuperou para 3-5 e teve chances de devolver o terceiro break, contudo o mais cotado venceria a partida por 3-6 ao cabo de 33 minutos, com Nuno a ser superior na segunda metade do set.
A segunda partida confirmá-lo-ia, com Borges a estar sempre mais perto de importunar na resposta, algo que conseguiria ao sétimo jogo e após incontáveis possibilidades, o maiato desbaratava o saque do polaco. Depois de ser quebrado quando servia para igualar a contenda atuou ao seu melhor nível e fecharia o set que ao cabo de 52 minutos lhe sorria por 6-4.
A derradeira partida começava com o equilíbrio como pano de fundo, com ambos a manterem os jogos de serviço, embora fosse Nuno quem mais corria atrás dos pontos, ditando a sua intensidade e o seu destino. A cambalhota seria confirmada com um break ao sexto jogo que parecia decretar o desfecho, mas Kamil devolveria a graçola reduzindo para 4-3.
Foi aí que Borges, mais paciente, viu inesperadamente o seu adversário acusar a pressão, embora tenha tido um contributo gigante para tamanha quebra! Com o serviço do seu lado e depois de 123 minutos de uma intensíssima batalha Borges provou categoricamente o que me leva a considerá-lo o futuro da modalidade, dando o segundo ponto a Portugal, fixando um derradeiro parcial de 6-3. Estávamos assim a um passo de fazer “tombar” a forte contendora.