Para nos falar disso e analisar o 1º jogo do Campeonato (vitória vs. CRP) e o jogo da Taça (derrota vs. Infesta) temos as declarações de um dos nossos reforços deste ano, Mafalda Bento!
P- Quem é a Mafalda?
R- Tenho 26 anos, estudo engenharia e venho do CVL para o CC. Vim para “casa”, para a minha freguesia e trouxe o meu irmão mais novo para o Basquete…. Já só se veste azul lá em casa!!! A minha ligação ao voleibol é antiga tendo passado por treinadora (já não exerço), atleta e árbitro. Sou uma pessoa exigente com os outros e comigo e falo bem mais da conta mas no fundo sou boa pessoa.
P- Como resume este ciclo de dois jogos (CRP e CFI)?
R- É atípico começar a época desportiva com uma jornada dupla, que foi no fundo o que aconteceu. Foram jogos muito diferentes, não só pela diferença entre os adversários, mas principalmente pela deslocação associada ao jogo da taça. Vir do primeiro jogo da época, treinar segunda-feira e jogar no porto no dia seguinte trouxe cansaço. E isso a espaços refletiu-se no jogo. Ganhando ritmo competitivo, em situações semelhantes no futuro, sei que estaremos mais preparadas para dar outra resposta.
P- O que esperava do jogo da taça?
R- Sabíamos à partida que ía ser um jogo complicado. Tínhamos no adversário uma equipa com bons resultados na época transacta, tendo garantido a presença na série dos primeiros da II divisão, com manutenção do plantel e muitos minutos de jogo. Ainda assim fomos a São Mamede com o objectivo de trazer o melhor resultado possível.
P- Acha que a eliminação pode deixar marcas para os próximos jogos?
R- Estou convicta que não. Era uma competição a eliminar, e o resultado, embora pareça negativo pelas suas consequências, revela o equilíbrio conseguido em diversos momentos do jogo. Esse mesmo equilíbrio é prova de que estamos no bom caminho, e isso só deve motivar-nos a continuar a treinar.
P- O facto de a par da Mafalda este ano terem chegado mais 5 reforços faz com que o CC parta atrás em relação a equipas que tiveram menos mudanças?
R- Embora o voleibol seja um desporto colectivo que exige bastante entrosamento entre as partes, penso que a qualidade dos reforços compensa essa desvantagem. É normal que no início da época faltem algumas rotinas, mas a médio prazo espero que o saldo seja inquestionavelmente positivo.
P- Numa perspectiva pessoal como tem sido lidar com métodos de trabalho diferentes, treinador e colegas diferentes?
R- Chegar a um clube novo é sempre desafiante, mas sinto que fui muito bem recebida e que isso ajudou na integração. Quanto ao trabalho que estamos a desenvolver sinto que a adaptação se deu de forma rápida e sem grande prejuízo do contributo que tento dar diariamente.
P- O que pudemos esperar do CC neste campeonato?
R- Pessoalmente penso que temos todo o potencial técnico, tático e humano para disputar a subida de divisão de igual para igual com qualquer outra equipa do campeonato. Resta treinar, e, numa primeira fase, conseguir o apuramento para a fase dos primeiros.
Obrigado, Mafalda!