Recordas-te do nome de algum destes 3 campeões encarnados?
A mística do SL Benfica, ou a mística benfiquista, é uma expressão que ficou imortalizada até aos dias de hoje e que começou a ganhar o seu verdadeiro significado a partir dos anos 60, durante o apogeu europeu dos encarnados.
Jogadores como José Águas, Mário Coluna, Eusébio, António Simões, entre outros, eram vistos como os verdadeiros símbolos do SL Benfica na altura e aquilo que representavam para o clube. Vontade de vencer, raça e o amor à camisola que envergavam.
Esse sentimento passou a ser um mote para as décadas seguintes e todos os jogadores que assinassem pelas águias, teriam de aprender o que era a mística para começarem também eles a sentir a responsabilidade do que era representar um dos melhores emblemas da Europa.
Nos anos 70 e 80 apareceu uma nova geração de jogadores que também ficaram associados à verdadeira mística benfiquista. Alguns desses nomes foram Humberto Coelho, Toni, Shéu, Veloso e Chalana. Esses tempos também foram de glória e só na década de 70 o SL Benfica conquistou seis campeonatos.
Mas será que todos esses campeões, que se entregaram de corpo e alma ao clube, ainda são lembrados? O que a história nos diz é que também existiram atletas que representavam esse espírito de entrega mas que mereciam ter mais destaque na história do clube.
Vieram os anos 90 e com eles uma mudança de paradigma no futebol europeu, ao deixar de existir limite de estrangeiros nos onzes iniciais das equipas. O desporto rei entrava assim numa nova era e a cotação dos jogadores começou a subir em flecha.
Foi a partir daqui que começou também a discussão em torno dos ordenados chorudos que as grandes estrelas recebiam por representarem as suas equipas.
O futebol começou a transformar-se num negócio, as transferências passaram a ser mais frequentes e por valores cada vez mais altos, com os atletas a permanecerem menos tempo nos clubes onde começavam as suas carreiras. Uma situação que pode perfeitamente levar ao esquecimento de um jogador por parte do clube que o formou.
Essa mudança apanhou também o SL Benfica, que a partir do final dos anos 90 e até aos dias de hoje, já contratou jogadores que não sentiram o peso do manto sagrado e foram para a Luz apenas dar uns pontapés na bola e receber o seu ao final do mês.
Não é por acaso que ainda hoje se discute que a mística do SL Benfica desapareceu. Mas evidentemente que há excepções e Luisão é um desses exemplos. Contratado em 2003, o defesa brasileiro esteve praticamente toda a carreira de águia ao peito e deu tudo pelo clube.
Diria até que foi dos últimos a sentir realmente o que é a mística benfiquista. Ainda mantém ligação com o SL Benfica dentro da estrutura encarnada mas obviamente que será sempre um jogador lembrado até à eternidade quando abandonar definitivamente o clube.
Desde a sua fundação, muitos foram os jogadores que “cresceram” no SL Benfica, que suaram a camisola e ajudaram o museu dos encarnados a ficar mais recheado. Mas será que todos esses campeões foram ou são lembrados pelo clube? Eis três exemplos daquilo que escrevi nos parágrafos anteriores.