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Acabar o trabalho | Benfica x Nice

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Champions League, 3ª Pré-eliminatória, 2ª mão: terça-feira, 12 de agosto de 2025, 20h

A ANTEVISÃO: BENFICA QUER FECHAR A ELIMINATÓRIA, NICE TEM MISSÃO HERCÚLEA

Depois de um jogo morno na França, o Benfica quer acabar o trabalho na Luz, a par e passo que o Nice quer operar uma remontada histórica e continuar a sonhar com um lugar na competição milionária. Mesmo com uma primeira mão em ritmo de treino, ficou notório que existe uma diferença na qualidade individual entre as duas equipas, favorecendo o Benfica. Com uma vantagem de dois golos e a jogar no seu estádio, à frente da sua gente, é difícil não prever este jogo como uma mera formalidade, mas é esta soberba que o Benfica quer evitar e manter a seriedade e índices competitivos para fechar a eliminatória. Do lado do Nice, a displicência de Moffi em casa custou-lhes a oportunidade de trazer um bom resultado para Lisboa e, depois de perder o melhor marcador Guessand para o Aston Villa, quer tentar marcar cedo no encontro da segunda mão para reanimar a eliminatória.

Não tenho grandes dúvidas que o 11 titular que Bruno Lage apresentou na França será a equipa base do Benfica esta temporada, isto se se confirmar a saída de Akturkoglu e a permanência de Pavlidis no plantel. Enquanto Bruno Lage procura no dicionário o significado da palavra ‘criativo’, cada jogo que passa é mais um teste aos encarnados da sua ‘criatividade coletiva’ e qual o nível do poder de fogo que dispõem para desmontar os blocos baixos que enfrentarão ao longo da temporada.

Por aqui, há certos aspetos ainda por limar: desde já, como é que Pavlidis e o recém-chegado Ivanović se vão complementar e se ainda se vão estranhar como aconteceu em Nice. Do lado direito, Aursnes e Dedić são um caso de amor à primeira vista e os dois jogos oficiais do Benfica foram marcados por bons apontamentos desta dupla, mas também por algumas correções vindas do banco- na Supertaça, por vezes Dedić não tinha o espaço que queria no corredor direito por interferência involuntária de Ríos e Aursnes e mostrou-se desconfortável em defender o espaço. Em Nice, o momento defensivo apresentou correções e Aursnes marcava à zona e Dedić marcava o homem, mas foi só na segunda parte que acertaram o momento ofensivo, sendo dupla-chave para desbloquear o marcador. Schjelderup e Dahl falam a mesma língua futebolística, ofensivamente falando, a asa esquerda ainda será a menor das preocupações de Bruno Lage.

Acredito que o Benfica se mantenha neste 4-4-2/4-2-3-1 que tem vindo a apresentar, sendo que há dinâmicas a afinar nos três corredores, algo normal com a entrada de caras novas, desde já a complementaridade exterior-interior de Aursnes e Dedić, a coordenação de Pavlidis e Ivanović para perceber quem baixa, quando baixa e como o outro reage ao movimento do colega e a sociedade Schjelderup-Dahl.

O Nice, dispondo de uma menor qualidade individual, tem processos táticos mais afinados, fruto de um treinador com uma mentalidade forte e que gosta de impor o seu jogo, seja contra quem for, algo que já valeu dois projetos muito bons (Lens e Nice) a Franck Haise. Em boa verdade, o Nice deixou um par de saídas boas no seu jogo em casa: é uma equipa muito inteligente na forma como atrai o adversário para zonas exteriores, aquando da construção, e encontra um homem livre no corredor central, que pode receber e acelerar, ou virar para o flanco contrário de onde a bola lhe chegou. Clauss foi sempre sóbrio nestes momentos e foi por aí que o Nice tentou ferir o Benfica.

Pessoalmente, creio que a pressão do Nice é frágil- deixa demasiado espaço por trás da primeira linha de pressão e poucos homens para cobrir esse mesmo espaço, o que pode resultar em saídas rápidas do adversário, neste caso em específico, pode significar dar metros de relva a Ríos para percorrer. Não obstante, o Nice conseguiu criar algumas transições nestes momentos, no entanto, fosse por transições rápidas, contra ataques ou saídas desde a baliza, Moffi nunca conseguiu finalizar com critério e foi demasiado perdulário. Num cenário onde o Nice perdeu o seu melhor marcador, Guessand, é urgente que alguém dê um passo em frente e diga presente. 

De notar que o Nice raramente ameaçou o Benfica quando o conjunto de Bruno Lage trancou a porta e o resultado nunca esteve em questão após o golo de Ivanovic. Num cenário onde o Benfica abdique de pressionar alto, que criatividade a equipa francesa trará para fazer o que não conseguiu fazer na sua casa? Além de Moffi, Isak Jansson, extremo reforço de verão, terá que trazer a definição no último terço que faltou ao Nice se a equipa francesa ainda quer ter uma palavra a dizer nesta eliminatória.

Por último, para além da saída de Guessand, o Nice lida ainda com a saída de Todibo (também ex-Benfica, curiosamente), à medida que Juma Bah, emprestado pelo Manchester City, tenta preencher o seu lugar. No entanto, sem as duas das principais figuras da temporada passada, o Nice perdeu argumentos importantes em ambas as áreas. O árbitro nomeado é Marco Guida.

10 DADOS RÁPIDOS

  1. Este será apenas o segundo jogo oficial entre as equipas.
  2. Ivanovic pode fazer a sua estreia no Estádio da Luz.
  3. Se for opção, poderá ser a última vez que Akturkoglu joga pelo Benfica.
  4. Em 2017/18, o Nice foi batido no play-off de acesso à Liga dos Campeões, sendo a última vez que esteve perto de chegar à competição milionária.
  5. O Benfica nunca perdeu em casa contra equipas francesas.
  6. A última derrota do Benfica no tempo regulamentar foi em novembro do ano passado, frente ao Barcelona.
  7. Dante ainda persegue o recorde de Pepe, tornando-se no jogador mais velho de sempre a jogar na Liga dos Campeões, caso o Nice opere uma reviravolta.
  8. É a primeira vez que o Nice joga em casa de um clube português.
  9. É preciso recuar até 1959/1960 para recordar a última vez que o Nice disputou a Liga dos Campeões, na altura chamada Taça dos Campeões Europeus.
  10. O Benfica não vence um troféu há uma semana e meia, enquanto o Nice não vence um troféu desde 1997.

JOGADORES A TER EM CONTA

Enzo Barrenechea
Fonte: Pedro Barrelas / Bola na Rede

Enzo Barrenechea – Não há que enganar: qualquer médio argentino chamado Enzo que jogue no Benfica é craque. Enzo agrega-se no lote de jogadores do novo meio campo dos encarnados, tendo características que Florentino não tem, tal como a capacidade de sair a jogar e estar confortável com bola nos pés. Neste par de jogos oficiais que o Benfica já disputou, foi possível ver Enzo a baixar para uma zona entre os centrais e quebrar linhas de pressão com recurso ao passe. Para este jogo em específico, Enzo pode contribuir positivamente com um aspeto que não existia no jogo do Benfica no ano passado: pausa. Puxando a fita atrás, os principais criadores das águias eram Kökçü e Di María, jogadores muito capazes, mas que só tinham uma mudança- Enzo entende melhor os momentos do jogo e percebe quando deve acelerar ou colocar gelo e reter a bola. Neste prisma, o médio argentino pode ser importante num jogo onde interessa ao Benfica gerir o agregado da eliminatória.

Moffi – Com a saída de Guessand para o Aston Villa, o ataque do Nice fica notoriamente mais fraco. Contudo, foi através da explosão e velocidade de Moffi que o Nice mais ameaçou o Benfica no jogo em França. Otamendi e António Silva tiveram dificuldades em acompanhar o avançado nigeriano, que conseguiu esboçar algumas finalizações, fosse a concluir desenhos coletivos ou por lances individuais. No entanto, pecou sempre na definição e o Nice vem para Portugal com um resultado negativo, não só mas também, porque Moffi não teve a frieza e o instinto matador que Ivanović teve para abrir o marcador. Dante e Clauss são jogadores influentes na forma como o Nice constrói e joga, mas se o clube francês ainda tem uma palavra a dizer nesta eliminatória, será proferida por Moffi- cabe ao avançado aproveitar as oportunidades que tiver.

XI´s PROVÁVEIS

Benfica: Trubin, Dedic, António Silva, Otamendi, Dahl, Enzo, Richard Ríos, Aursnes, Schjelderup, Pavlidis, Ivanovic

Treinador: Bruno Lage

«É sempre importante e bom jogar em casa. Temos um jogo muito importante amanhã e o apoio dos adeptos é fundamental. A eliminatória está longe de estar decidida. Temos uma tarefa a concluir e temos de entrar com enorme determinação».

Nice: Diouf, Mendy, Bah, Dante, Clauss, Louchet, Boudaoui, Bard, Bouanani, Moffi, Jansson

Treinador: Franck Haise

«O primeiro objetivo é fazer um jogo melhor do que em França e o segundo é tentar vencer pela primeira vez o Benfica».

PREVISÃO DE RESULTADO: Benfica 3-1 Nice

Rui Gonçalves
Rui Gonçalves
Licenciado em Sociologia, o Rui Gonçalves aborda o futebol dentro e fora das quatro linhas. Através de um olhar crítico, escreve sobre tática, gestão desportiva e os seus impactos individuais e sociais.

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