O Benfica conquistou mais uma Supertaça. Apesar de ter ganho o jogo é notório a existência de dúvidas face a capacidade de alguns jogadores se assumirem como titulares e cumprirem com as exigências das suas posições.
O campeonato está prestes a começar e ainda não há um 11 titular definido, pelo menos nos setores mais recuados da equipa. Ainda assim, tudo indica que não vai fugir muito daquele que foi escolhido para a Supertaça.
Do meio campo para a frente, a situação adivinha-se tranquila para Rui Vitória. Nestas zonas do terreno não há falta de soluções, pelo contrário. Prevê-se que os jogadores escolhidos sejam aqueles que iniciaram o jogo da Supertaça. Fejsa e Pizzi no “miolo” do terreno – Fejsa recupera avançados. Porém, poderá haver uma grande rotatividade dos extremos e pontas de lança, tendo em conta o momento de forma de cada dos jogadores. É que no banco estão jogadores como Rafa, Zivkovic, Carrillo – e mesmo Willock ou Diogo Gonçalves – para as alas, e Jiménez e Mitroglou para a frente de ataque, que oferecem características diferentes ao jogo.
Se de médios e avançados o Benfica respira saúde, nas linhas mais recuadas nem tanto.
Na baliza, e por ser uma das posições em que é necessário maior segurança, Júlio César vai ser o natural sucessor de Ederson neste inicio de campeonato, mas o brasileiro lesiona-se com regularidade, o que me leva a crer que a curto prazo deixe de ser a primeira opção para defender as redes encarnadas. Contudo, e apesar de no jogo da Supertaça não ter cometido erros de maior gravidade, Bruno Varela também não é, ainda, o jogador com as características exigidas para agarrar o lugar. Antevejo a forte necessidade de ir ao mercado à procura de uma solução viável. Cillessen, do Barcelona, seria uma boa aposta.
No quarteto defensivo as laterais vão ser entregues a Grimaldo e a André Almeida, ficando Luisão e Jardel com a missão de defender a zona central. No entanto, o brasileiro não é a melhor solução para fazer companhia ao capitão encarnado, uma vez que fica uma dupla central pouco veloz para defender situações de contra-ataques rápidos ou casos em que lhes sejam colocadas bolas nas costas. Daí a necessidade de ter dois laterais fortes a defender. Acredito, seriamente, que André Almeida é a solução para a vaga deixada em aberto por Nelson Semedo. Sem a mesma capacidade ofensiva do agora lateral do Barcelona, André Almeida é um jogador taticamente consistente e que pode permitir menos desgaste aos extremos em tarefas defensivas, ainda que também não lhes ofereça o mesmo apoio em momentos de ataque.
O mercado acaba em Setembro e até lá há ainda tempo para encontrar soluções capazes de dar resposta às necessidades de um clube como o Benfica, tanto a nível das competições nacional como europeias.