Depois de dois jogos muito bem conseguidos, os adeptos do Benfica podem olhar para a equipa com mais confiança. Após o desaire contra o Nápoles e da exibição paupérrima que a turma de Rui Vitória realizou para a Taça de Portugal, os adeptos encarnados poderiam estar renitentes quanto à consistência da equipa nesta fase inicial da temporada. Ainda sem contar com jogadores, que na minha opinião, são importantíssimos para a manobra ofensiva da equipa (Jonas e Rafa), o que é certo é que a turma encarnada dá mostras de qualidade, de consistência e de ritmo de jogo.
Depois de um início de época um pouco fraco de Salvio, hoje o Argentino é um dos melhores jogadores do onze escolhido por Rui Vitória. Rápido a partir para cima do adversário e com uma excelente técnica, o número dezoito encarnado tem subido de rendimento a olhos vistos e é um dos maiores desequilibradores da equipa das águias.
Outro jogador que tem efectuado grandes exibições é Gonçalo Guedes. Depois de ter sido relegado para o banco na época passada, o futebolista apresentou-se no início desta temporada com uma vontade imensa de mostrar trabalho. Com a sua velocidade, Guedes tem desmontado defesas e ajudado bastante a equipa no processo ofensivo, fazendo parecer que esta pode vir a ser a época da sua afirmação na equipa encarnada. A nível defensivo também não nos podemos queixar. Com quatro centrais de grande qualidade e com dois laterais fortíssimos tanto no processo defensivo como no processo ofensivo, a equipa de Rui Vitória está bem equilibrada.
No miolo temos um monstro que se chama Fejsa, o sérvio está cada vez mais forte e mais certo, coisa que já não nos espanta, uma vez que desde o ano passado a sua subida de rendimento tem sido bastante visível. Assim sendo, podemos respirar confiança e estar com esperança em relação ao futuro, pois se este nível se manter, juntando a isso o regresso de algumas peças que poderão acrescentar ainda mais qualidade à equipa, augura-se um futuro risonho e bastante positivo.
Resta-nos continuar a acreditar no trabalho que vem sendo desenvolvido há um ano pelo nosso treinador e não cair no erro de querermos uma equipa só de jogadores da formação, pois apesar de achar que é positivo para o Benfica e para o futebol Português lançar jogadores da formação na equipa principal, a experiência e a “matreirice” ganha muitos jogos, e esses dois factores que referi anteriormente são transmitidos aos poucos pelos jogadores mais experientes tanto dentro do terreno de jogo como nos treinos durante a semana.