Besiktas SK 3-3 SL Benfica: Duas partes atípicas e meia dúzia de golos adiam decisão

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    No jogo que marcou o regresso de Fejsa aos titulares, o SL Benfica partia motivado para vencer e carimbar, desde já, a passagem aos oitavos de final da Liga dos Campeões. O jogo não se afigurava fácil, uma vez que os encarnados teriam que enfrentar um ambiente hostil, um adversário pressionado na terceira posição do Grupo B e a própria história, visto que a equipa portuguesa nunca tinha vencido equipas da Turquia na condição de visitante.

    Além disso, o regresso do central Dusko Tosic para o duelo com o Benfica afigurava-se com uma óptima notícia para os comandados por Senol Günes.

    Todos os requisitos para uma grande partida estavam preenchidos e os seus intervenientes fizeram questão de brindar os adeptos com golos, emoção e espectáculo.

    O Benfica entrou muito bem no jogo e, decorridos apenas três minutos, Eliseu acertou em cheio no poste direito da baliza de Fabri. Estava feito o aviso para o que seria a primeira parte.

    Sem antes passar pelo calafrio do golo (bem) anulado a Aboubakar, à passagem pelo minuto 4, Gonçalo Guedes, aproveitando o espaço deixado pelos centrais do Besiktas deu o melhor seguimento ao passe de Salvio para, contornando o guarda-redes, inaugurar o marcador. O “camisola 20” formado no Seixal está a ganhar cada vez mais espaço e preponderância na equipa das águias.

    O Benfica carregava o adversário silenciando o BJK Inönü Stadyumu e foi com alguma naturalidade que chegou ao 2-0. Jogada da direita de Nelson Semedo que, puxando a bola para o pé esquerdo desferiu um remate de fora da área colocadíssimo ao ângulo superior esquerdo, sem hipóteses para o guardião da equipa turca. Golaço!!

    Tudo parecia correr sobre rodas. O Benfica respirava confiança que se avolumou depois do terceiro golo encarnado. Pizzi marcou livre sobre a direita, cruzou para a área onde, depois de duas tentativas de Mitroglou e uma Salvio, devolvidas pelos ferros, Fejsa, à quarta, consegue fazer golo. Corria o minuto 31.

    Com as equipas a recolherem aos balneários os Benfiquistas tinham todas as razões para estarem esperançados na passagem à fase seguinte. A sua equipa entrou bem no jogo, sem medo do ambiente de um estádio que gelou com os primeiros 45 minutos dos encarnados.

    Ao intervalo, o Benfica ganhava por 0-3 sem que ninguém imaginasse o que ia acontecer na segunda parte Fonte: SL Benfica
    Ao intervalo, o Benfica ganhava por 0-3 sem que ninguém imaginasse o que ia acontecer na segunda parte
    Fonte: SL Benfica

    E como seria diferente a segunda metade do encontro…

    Mantendo a toada do primeiro tempo os comandados de Rui Vitória ainda tiveram uma excelente oportunidade de ampliarem a vantagem depois de um falhanço incrível de Mitroglou que, na cara de Fabri, atirou a milímetros do poste direito do guardião espanhol. Passava o minuto 53 do encontro e o Benfica não mais voltou a criar verdadeiro perigo junto da área adversária.

    Numa noite reservada a grandes golos, Cenk Tosun abriu as hostilidades para os turcos com um excelente remate de moinho – qual Tsubasa – sem chances de defesa para Ederson. Renascia a esperança do Besiktas à passagem pelo minuto 58.

    E não haveria de ficar por aqui.

    O Besiktas assumiu o controlo do jogo e começou a empurrar o Benfica para a sua zona defensiva, sem que a equipa portuguesa conseguisse sair em ataque organizado, abdicando, inclusive, de atacar. Rui Vitória não esteve bem neste capítulo, dando um sinal errado para a equipa: Saída de Gonçalo Guedes, entrada de Samaris aos 75 minutos.

    Resultado? Penalty convertido por Ricardo Quaresma por mão na bola de Lindelöf. 2-3 aos 82 minutos.

    A personalidade que os tricampeões nacionais demonstraram na primeira parte era agora substituída por uma enorme pressão, dentro e fora do campo, dos turcos. Cheirava a golo da equipa da casa, que acabou por aparecer em cima do minuto 90. Jogada de insistência do Besiktas, depois de defesa de Ederson a remate de Aboubakar que, antecipando-se a Lindelöf e Luisão, deu o melhor seguimento a um cruzamento perfeito de Quaresma pela direita.

    Resultado final: 3-3. Jogo de loucos, com duas partes completamente atípicas em que a equipa encarnada, em especial o treinador Rui Vitória, não soube interpretar da melhor maneira os tempos do jogo. As entradas de Rafa para o lugar de Cervi e, acima de tudo, de Samaris para o lugar de Gonçalo Guedes, para defender o resultado deitaram por terra as aspirações do clube da Luz.

    Foto de capa: SL Benfica

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