Mas como surgiu a ideia de fazer um filme sobre Eusébio? Filipe Ascensão explicou: “eu vivia em Paris, onde nasci e cresci. Descobri o cinema há 14 anos e queria fazer um documentário”. A sua paixão pelo futebol, aliada ao cinema, fê-lo escolher Eusébio, pelo que representava e representa para Portugal. “Além disso, também queria descobrir mais sobre as minhas origens”, prosseguiu. “Falei com ele ao telefone, ele perguntou-me se eu já tinha estado em Lisboa e eu disse que não. Ele pediu-me para vir a Portugal. Eu cheguei, almoçámos e passámos a tarde toda juntos, enquanto ele me contou imensas histórias. Percebi logo que era uma boa ideia, queria mostrar às pessoas o verdadeiro Eusébio”. No entanto, não foi um processo rápido. “Não fiz logo o filme, porque era muito jovem e não tinha experiência. Passados vários anos, fui ter com ele e disse-lhe que tinha mesmo de conhecer Portugal e que era uma boa ocasião para concretizarmos o projeto. E aqui está ele hoje”, esclareceu o realizador, com um largo sorriso no rosto.
Fazendo uma retrospetiva à “luta” que a produção desta película exigiu, Filipe confidenciou ao Bola na Rede que foi ele quem produziu e fez o guião e “até o cartaz do filme”. Cinco anos foi o tempo necessário para concluir todo o processo, e o realizador ainda não acredita que finalmente chegou até aqui: “Vejo os cartazes por todo o lado e as pessoas a fazerem perguntas, mas ainda não caí na realidade”. Depois de tanto trabalho, sente-se recompensado, pois considera que “foi uma sorte muito grande” Eusébio ter partilhado esses momentos consigo e ter depositado essa confiança em si.

Fonte: Cinecartaz
Questionado sobre o que espera quando o filme for para as salas de cinema, a 23 de março, Filipe Ascensão foi perentório: O seu maior desejo é que o público goste. “Dei o meu melhor para poder ser partilhado com todos, porque sei que ele não é só o Benfica. Mas apelo especialmente aos Benfiquistas. As pessoas não nos podem levar a mal por nós dizermos que ele é ‘nosso’”, finalizou.
António Simões quis preparar as pessoas para a emoção que o documentário sobre o ‘Pantera Negra’ irá provocar aos mais sensíveis (e não só): “Por mais fortes que sejamos, é difícil resistir à lágrima, porque o filme é mágico. A única nota triste é ele não estar cá para ver”.
Três anos após a morte do ‘Rei’, «Eusébio – A História de uma Lenda» conta ainda com participações de Flora da Silva Ferreira, Sir Bobby Charlton, Luís Figo e Cristiano Ronaldo, e promete não deixar ninguém indiferente.