Gil Vicente 0-2 SL Benfica: Na cabeça da águia estava a cruz do galo

    Benfica

    A CRÓNICA: À TERCEIRA FOI A CONTAR E A ANSIEDADE PASSOU A EUFORIA DO BENFICA

    Depois da vitória na última jornada na receção ao GD Estoril Praia por 1-0, o SL Benfica deslocava-se a Barcelos à procura dos três pontos, contra um Gil Vicente FC que não conhecia o sabor da derrota – no seu terreno – desde a chegada de Daniel Sousa.

    Contagiados pela grande falange de apoio, o Benfica entrou com tudo no jogo, remetendo a equipa da casa para o seu próprio meio-campo. Apesar disso, o Gil dispôs do primeiro disparo de aviso, com o remate de Murilo a sobrevoar a baliza de Odysseas. Dez minutos depois do apito inicial, os adeptos das duas partes ainda não se tinham calado um segundo.

    O Gil Vicente conseguiu estabilizar o jogo e tentava ter bola com segurança, com dois médios a ajudar a sair e dar linha de passe, com os restantes a dar mais largura.

    Os comandados de Roger Schmidt estavam por cima, porém sem criar grandes oportunidades na partida. Aursnes a defesa direito dava mais presença no corredor central e Neres assumia um papel ‘vagabundo’ – tanto a cair para o centro como a abrir na ala -, sendo fundamental na manobra ofensiva.

    Numa primeira parte disputada num ritmo altíssimo, o melhor ficou reservado para os últimos dez minutos, já depois dos encarnados terem dois golos anulados por fora de jogo. Primeiro, aos 37, Neres teve a grande oportunidade da partida, ao ficar cara a cara com Andrew e a desperdiçar. Aos 43, dupla oportunidade: – Florentino remata nas orelhas da bola para defesa, com Neres na recarga a desperdiçar também. O nulo persistia ao intervalo.

    Na segunda parte, manteve-se a toada. Benfica com bola, a circular pelos médios, e o Gil a ser aquele adversário ‘chato’, sempre no encalço, a perturbar as ações ofensivas. Neste segundo tempo, a equipa visitante continuava a colocar vários homens no meio-campo do adversário e a aproximar-se à área.

    Foi precisar esperar, mas aos 72 o estádio explodiu mesmo. Incursão de Aursnes na direita e bola na medida certa para a cabeça de Chiquinho, que saiu do banco para dar a vantagem às águias.

    Com mais coração do que cabeça, o Benfica continuava a ter bola e aos 84 minutos dispôs duma grande penalidade para aumentar a vantagem. Sem João Mário, assumiu Grimaldo, que bateu Andrew e fez o 0-2 para as águias.

    Depois desse momento, o Gil Vicente assumia ainda mais as despesas do jogo e tentava ao máximo chegar à área do Benfica, conseguindo, pelo menos, empurrar a linha defensiva encarnada mais para trás.

    Com este resultado, o SL Benfica fica – pelo menos para já – com sete pontos de vantagem em relação a FC Porto e com seis do SC Braga, que já venceu nesta jornada, enquanto o Gil Vicente FC mantém os mesmos seis pontos de vantagem em relação ao Estoril, nove em relação à manutenção, porém agudiza a série de jogos sem vencer, com sete.

    A FIGURA

    Fonte: Paulo Ladeira / Bola na Rede

    João Neves – Foi crescendo com o decorrer do jogo e revelou-se decisivo com a sua capacidade de ter bola e fazê-la girar com mestria. O médio foi bastante competente no momento defensivo também, fulcral no momento de recuperar a redondinha. Destaque também para Andrew, que fez o que pôde para evitar este desfecho, sem ser suficiente.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Paulo Ladeira / Bola na Rede

    Rúben Fernandes – Se a equipa esteve bem no momento defensivo com a linha alta e a colocar o adversário em fora de jogo, o central não deu as soluções necessárias com bola e passou por algumas dificuldades a defender o um para um, ao dar demasiado espaço aos homens do ataque do Benfica.

    BNR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    GIL VICENTE FC

    BnR: Falou da questão de jogar igual para igual, não sentiu de alguma forma que por vezes, com o jogo empatado, no momento ofensivo, faltou algum sentido de urgência para produzir mais e criar mais oportunidades de golo?

    Daniel Sousa: Não, não faltou sentido de urgência. Faltou alguma eficácia, uma coisa é jogarmos contra equipas com objetivos diferentes e que a nossa capacidade de criar oportunidades vem mais ao de cima, contra o Benfica naturalmente não conseguimos ter tantas oportunidades, mas acabamos por ter e faltou concretizá-las.

    SL BENFICA

    BnR: Com o decorrer do jogo e com a equipa sem marcar, o que lhe passava pela cabeça nesses momentos?

    Roger Schmidt: Antes do jogo tens sempre um plano e falas como jogar, claro esperamos marcar e o jogo e fica numa boa direção, mas estou sempre pronto para aceitar que é difícil, às vezes tens que esperar por golos, às vezes sofres golos, tens que estar sempre focado. Estou sempre com confiança nos meus jogadores, nos suplentes, acredito sempre na vitória, mesmo que seja no fim.

    Criámos muitas oportunidades e no fim marcámos um golo muito bom, aceito este tipo de jogos.

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    Vítor Miguel Gonçalves
    Vítor Miguel Gonçalveshttp://www.bolanarede.pt
    Para Vítor, os domingos da sua infância eram passados no velhinho Alvalade, com jogos das camadas jovens de manhã, modalidades na nave e futebol sénior ao final da tarde.