Virámos o ano com estilo. Em primeiro lugar e presente em todas as frentes, primeiro no campeonato, quartos da taça, quase nas meias da taça da liga e oitavo da liga dos campeões. Isto é Benfica. Agora, tudo muito giro e tal, mas o problema disto tudo é que significa que estamos em Janeiro.
Para os mais esquecidos, o mês de Janeiro é o mês das saídas. O mercado reabre e com ele a sombra da dúvida relativamente a quem fica e a quem sai do clube. Claro que Janeiro não é só sinónimo de saídas. Há entradas. Para já a mais falada é de Hermes.
Marcelo Hermes tem 22 anos e é um lateral-esquerdo proveniente do Grémio de Porto Alegre. Vitória foi inclusive um pouco incongruente com o seu habitual modus operandi e disse de boca cheia: “Hermes tem qualidade” (fonte: Record). Sem querer assustar muito e lançar já o pânico, esta vinda do brasileiro por cinco épocas e meia pode significar um dos cenários mais desagradáveis para a massa benfiquista, a saída de Grimaldo.
O príncipe da Catalunha (os mais susceptíveis desculpem-me a alcunha) tem dado que falar desde que começou a jogar. Foi lançado por Rui Vitória no final da temporada anterior e desde então tem vindo a subir de forma. Verdade que as lesões têm-lhe retirado tempo de jogo, mas a qualidade do lateral argentino é mais do que muita. O suficiente para enlouquecer o pessoal do estrangeiro e atrair as atenções de outro ex-Barcelona, Guardiola.
Mas se por um lado parece que o Benfica contratou Marcelo para resolver uma eventual saída de Grimaldo há outros dois temas que me parecem ser da mais elevada preocupação, Lindelof e Nélson Semedo.
Recentemente foram ambos apontados aos quadros de José Mourinho num negócio que envolvia qualquer coisa como 87 milhões de euros pelo passe dos dois. Até ver nada disto se confirmou, mas quem acompanha a Premier League sabe duas coisas. A primeira é que o Manchester United está a subir de forma (5 vitórias nos últimos 5 jogos para o campeonato). A outra é que se esta for a tendência Mourinho vai precisar de remodelar a sua equipa para garantir continuidade nos resultados e isso pode passar por mexer no setor mais débil dos red devils, a defesa.
A necessidade de Mou ter um central já não é nova. Tinha a Premier um mês de jogo e já se falava que Fonte ia para Old Traford. Agora é a vez de Lidelof ter 15 minutos de fama. Resta saber se o negócio vai para a frente e se pelo caminho também ficamos sem Semedo.