O que é que achas que as águias devem fazer com o português?
São muitas as dúvidas que circundam a preparação da época do Sport Lisboa e Benfica. Uma das questões com maior potencial polémico é a continuidade ou saída de Gonçalo Ramos.
Rumora-se que há clubes de renome das principais ligas europeias – com o Borussia Dortmund à cabeça – em cerrada persecução ao jovem formando do Benfica Futebol Campus.
Supostamente, a administração benfiquista está disposta a aceitar uma proposta na casa dos 45/50 milhões de euros. Fazem bem? Talvez sim, talvez não.
O compromisso e qualidade de Ramos fazem acreditar que adiar a venda do português uns anos mais pode compensar, havendo quem acredite que os valores de uma futura transferência podem superar os 50 milhões pedidos atualmente.
A questão, no entanto, é muito relativa, estando umbilicalmente ligada à performance desportiva do jogador. Gonçalo Ramos é um jovem com qualidade e foi justificadamente aposta forte e contínua de Nélson Veríssimo na segunda metade da época passada.
Contudo, nada garante que essa aposta seja perpetuada por Roger Schmidt. Acreditando na continuidade do 4-2-3-1 do alemão, Ramos terá que convencer o novo timoneiro como “9” ou como “10”.
Verá Roger no algarvio as características necessárias para “10”? Apesar de ter começado a sua formação como médio, não me parece que Ramos tenha a capacidade de visão, de construção e de último passe para ser o criativo da equipa.
Verá, então, Schmidt em Ramos o seu ponta de eleição? Neste momento, sinceramente, parece-me que Henrique Araújo até partirá à frente do “88” das águias na corrida à posição mais adiantada no terreno.
Gonçalo Ramos (20 years, 297 days) = second youngest player to score in the Champions League knockout phase for Benfica ⚽️@slbenfica_en | #UCL pic.twitter.com/WXtGcl7NbD
— UEFA Champions League (@ChampionsLeague) April 18, 2022
O madeirense tem mostrado mais eficácia e produtividade na frente e é um avançado mais “clássico” do que Gonçalo Ramos. A confirmar-se esta linha de raciocínio, Ramos pode estar na calha para ser segunda linha na época que aí vem.
Nesse cenário, uma venda por valores bastante aceitáveis – como parece ser o caso – talvez seja mesmo o melhor para jogador e clube. Ainda que doa sempre ver um dos nossos partir.