Oito alterações no onze do Benfica (restaram apenas Ederson, Lindelof e Renato Sanches) para a recepção à sempre complicada equipa do Sporting de Braga para discutir o acesso à final da Taça da Liga. Face a tantas mudanças não seria, pois, tarefa fácil perante a qualidade da equipa de Paulo Fonseca. Não podemos esperar que jogadores que estão há vários meses sem jogar (casos de Luisão e Sílvio) ou que raramente são primeiras opções nos últimos tempos (casos de Carcela, Samaris, …) consigam, de imediato, funcionar como um bom colectivo.
É por aqui que se explica o mau futebol demonstrado na primeira parte e que fez com que o Benfica tenha jogado aos repelões em todo o primeiro tempo. Sem Jonas e Gaitán, a criação de jogo ofensivo dependia quase exclusivamente de Carcela, já que o motor de Renato Sanches já rebentou há algum tempo e vem acumulando maus jogos atrás de maus jogos. Mal esteve Rui Vitória ao lançá-lo em campo… O bom golo de Rafa, após falha de marcação de Salvio, dava à equipa bracarense uma vantagem que se justificava com o que se ia passando em campo: um Benfica totalmente inoperante e incapaz de construir uma jogada ofensiva e se deixava manietar pelo jogo de posse e transições rápidas do Braga, com Rafa, Wilson Eduardo e Hassan a colocarem a defesa encarnada em trabalhos.
Pois bem, a desvantagem no marcador ao intervalo obrigou Rui Vitória a ir buscar de um dos magos do plantel encarnado e tudo voltou diferente para os segundos 45 minutos. Jonas rendeu Renato Sanches, Talisca recuou para junto de Samaris e o domínio encarnado não tardou em aparecer. Bastou o Benfica colocar uma velocidade acima e a qualidade do futebol depressa veio ao de cima. Aos 58, Carcela descobriu Jonas sozinho entre os centrais do Braga e o craque brasileiro não teve dificuldades em repor a igualdade e justiça no marcador. No segundo tempo, o Braga foi mero espectador e praticamente não deu trabalho a Ederson. Foi sem surpresa que, aos 70 minutos, a vantagem pendeu para os homens da Luz: Raúl Jiménez aproveitou uma falha inacreditável de Matheus, que falhou um pontapé na bola, e só teve de a encaminhar para a baliza deserta.
Foi mais difícil do que se calhar seria necessário, foi preciso ir buscar Jonas ao banco, mas o mais importante está alcançado: o Benfica chega à sua sétima final em nove edições da competição e irá repetir a final do ano passado frente ao Marítimo. O campeonato, esse, segue dentro de momentos…
A Figura:
Grimaldo – Excelentes indicações do defesa-esquerdo espanhol, que promete dar muito trabalho a Eliseu (se se consumar a renovação do português) na próxima temporada.
O Fora de Jogo:
Salvio – Completamente fora de forma graças às duas gravíssimas lesões que teve, não conseguiu ganhar um duelo a Djavan. Esperemos que o argentino ainda volte a ser o que já foi.