5.
Tiago Dantas – A grande paixão futebolística de Hansi Flick. Com a saída do técnico de Munique, o clube liderado por Rummenigge e Salihamidzic abandonou as pretensões de desenvolvimento dos talentos de Tiago – apesar da cláusula de compra, cifrada nos 7,5 milhões de euros, ser esforço mínimo para os cofres alemães.
Com a saída do técnico alemão rumo à Maanschaft, a política interna voltou aos moldes tradicionais: a prioridade é a prata da casa, Musiala, Arp, Zirkzee, Rhein e companhia. Com sete jogos cumpridos na 3.Bundesliga ao serviço da equipa secundária e dois na divisão principal, junto das estrelas maiores do conjunto, não se pode considerar época perdida para Tiago Dantas: a experiência de treino acumulada junto de grandes craques e de um grande treinador são experiência que lhe será muito útil no futuro.
A única condicionante do seu talento, a capacidade física, seria aspeto visado com o máximo cuidado na sua aventura alemã, entretanto interrompida precocemente – e por isso mesmo, regressando à Luz e a conceitos futebolísticos primitivos, muitos não lhe verão grandes possibilidades de integrar a intermediária das águias.
Não é fácil imaginá-lo num meio-campo a dois de Jorge Jesus: e mais difícil ainda é imaginá-lo no futebol sem ideias a que se assistiu em 2020-21, em Lisboa. Ainda assim, é essencial segurar Dantas e introduzi-lo na equipa principal, com uma perspetiva a longo prazo. A inteligência ímpar do seu jogo e as doses industriais de criatividade que empresta ao conjunto assim o obrigam.