SL Benfica 6-1 SC Braga: Cebolinha faz rir e chorar por mais

A CRÓNICA: SL BENFICA COBRA FATURA SOBRE ATREVIMENTO DO SC BRAGA

O duelo entre águias e arsenalistas não podia começar da melhor forma. Pé no acelerador e golos de empreitada. De facto os minutos iniciais indiciavam que vinha aí um final de noite cheio de magia e bom   futebol. Logo aos dois minutos, Darwin cavalga pela direita e cruza para Grimaldo. Já na área, o número 3 finaliza de forma exímia e de cabeça. Os bracarenses reagiram bem ao tento sofrido numa fase tão embrionária. E eis que aos 12 minutos se faz justiça no marcador por aquilo que estava a acontecer dentro das quatro linhas no pós 1-0.

Ricardo Horta, ex-Benfica, depois de um passe em profundidade, aparece de régua e esquadro à espreita na linha mais recuada encarnada. Linha ultrapassada, descai para direita e, na cara de Vlachodimos, marca o golo para a igualdade. 1-1 a espelhar de facto uma muito boa reação do conjunto de Carlos Carvalhal à desvantagem na partida.

O resto da primeira parte não sorriu ao Benfica. As águias estavam com muitas dificuldades para respirar com bola e, ao mesmo tempo, para progredir. Isto porque, do outro lado, estava um Braga muito forte na pressão, mas também porque em 30 minutos Jorge Jesus viu-se obrigado a fazer duas substituições forçadas. Primeiro João Mário e depois Lucas Veríssimo.

Ainda assim, o primeiro tempo que começou bem cinzento para os encarnados, acabou melhor do que a encomenda. Aos 37 minutos, Grimaldo, pela esquerda, remata cruzado mas Matheus defende. Na recarga, aparece Darwin com todo o seu perfume para o 2-1. De seguida, aos 42′, uma grande jogada começada por Everton Cebolinha dilata ainda mais a vantagem onde quem faturou foi Rafa. O número 27 fez gosto ao pé e volta novamente a marcar aos 48 minutos. 4-1 ao intervalo onde o jogo foi desbloqueado a partir dos 40 minutos com aquele que, na minha opinião, estava a ser o principal culpado: Everton Cebolinha.

 

Os bracarenses entram na segunda parte com alterações a tentar procurar algum tipo de reação. Mas do outro lado estava o conjunto encarnado que parecia sedento de golos. Confortável com o resultado, a fatura ia saindo cada vez mais cara ao plantel bracarense.

O atrevimento do conjunto de Carlos Carvalhal foi pago caro. Aos 52 minutos, Cebolinha faz jus à exibição com um golo e bisa cinco minutos depois. 6-1 com a “máquina benfiquista” a parecer não querer dar descanso ao adversário. O resto da partida não teve muito mais para contar. O Benfica geriu a goleada naquela que foi uma das exibições mais consolidadas da época encarnada.

 

A FIGURA

Benfica
Fonte: Sebastião Rôxo / Bola na Rede

Everton Cebolinha – Assim que apareceu conseguiu ser decisivo para a equipa encarnada. Bisou na partida mas, antes disso, serviu os colegas de grandes jogadas que acabaram mesmo em golo. Acabou por ser aplaudido com toda a Luz de pé perante uma exibição enormíssima do brasileiro. Esta exibição deixou água na boca para um possível ponto de viragem para o jogador finalmente impor o seu futebol no Benfica.

 

O FORA DE JOGO

Benfica x Braga
Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

Carlos Carvalhal – O próprio o disse na conferência de imprensa que este jogo foi uma espécie de “erro de casting”. A ideia era boa, mas a execução ficou aquém da capacidade física da equipa bracarense depois de poucos dias de descanso. Carvalhal apresentou uma equipa com um bloco muito subido, mas pouco coeso que acabou por não conseguir estancar as investidas de ataque das águias a partir de certa altura.

 

ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA

Destaque para a saída de Yaremchuk do onze encarnado para a entrada de Everton, movendo assim Darwin para o centro do ataque. Um 3-4-3 onde, nos primeiros minutos, o trio de centrais mostrava-se muito recuado deixando muito espaço entre Weigl e João Mário. Algo que o Braga estava a conseguir aproveitar bem, deixando muitas dificuldades ao Benfica para chegar ao meio-campo ofensivo.

Na minha opinião, Jorge Jesus tem a chave deste encontro no trio de ataque do Benfica. Toda a mobilidade de Everton, Darwin e Rafa fez o conjunto de Carlos Carvalhal pagar caro todo o seu atrevimento e o bloco subido que estes três da frente souberam aproveitar como poucos. Depois do resultado já bastante dilatado, Jorge Jesus aposta num meio-campo a três de forma a gerir um resultado que, por aquela altura, já estava mais do que sentenciado.

 

11 INICIAIS E PONTUAÇÕES

Odysseas (7)

Vertonghen (7)

Otamendi (6)

Lucas Veríssimo (5)

Grimaldo (7)

João Mário (4)

Weigl (6)

Gilberto (6)

Everton (9)

Darwin (8)

Rafa (8)

SUBS UTILIZADOS

Paulo Bernardo (6)

Morato (6)

Gonçalo Ramos (-)

Pizzi (-)

Diogo Gonçalves (-)

 

ANÁLISE TÁTICA – SC BRAGA

A grande surpresa deste onze inicial dos arsenalistas diz mesmo respeito a Abel Ruiz que entra desde início. Carlos Carvalhal apresenta o conjunto em 4-4-2 que, como já disse nesta crónica, acaba por se expor demasiado em terrenos mais recuados na zona entre o meio-campo e a defesa. Principalmente quando, do outro lado, estavam jogadores criativos e velozes como é o caso do Benfica.

O Braga apostou num futebol mais direto, com uma pressão muito alta que, a certa altura, parecia asfixiar as águias. Mas a verdade é que o bloco mais subido dos arsenalista acabou por se tornar numa via verde para as encarnados com o Braga a mostrar muitas dificuldades em momentos de transição defensiva.

 

11 INICIAIS E PONTUAÇÕES

Matheus (5)

Sequeira (5)

Paulo Oliveira (5)

Diogo Leite (5)

Galeno (6)

Castro (5)

Al Musrati (5)

Fabiano (5)

Lucas Piazon (5)

Abel Ruiz (4)

Ricardo Horta (6)

SUBS UTILIZADOS

Francisco Moura (5)

Yan Couto (4)

Vitinha (5)

Lucas Mineiro (-)

Iúri Medeiros (-)

 

BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

SL Benfica

BnR: Pergunto-lhe se a mobilidade do trio de ataque do Benfica não foi a chave para o jogo de hoje. Visto que do outro lado vimos um Braga a fazer pressão alta e com um bloco muito subido que acabou por deixar alguns espaços em zonas mais recuadas.

Jorge Jesus: A ideia foi essa. Não jogar o Yaremchuk que não tem os movimentos para a profundidade tão fortes como tem o Darwin. E o Rafa exatamente a mesma coisa. E precisávamos de ter outro jogador que não fosse assim, se não íamos ter sempre três jogadores sempre a acelerar o jogo e depois pouco havia para termos aquele jogo que por vezes é preciso ter: o jogo pensante do Everton. E não foi só porque a equipa do Braga quis disputar o jogo com a sua pressão alta como o Benfica faz.

Aliás, como todas as equipas grandes fazem. Todas as grandes equipas jogam na pressão alta sem receio. O Braga quis acreditar na sua capacidade e quis disputar o jogo com o Benfica. Ao disputar e ao se posicionar um pouco mais alto, isto fez com que os jogadores do Benfica pudessem tirar partido, ter mais espaço. Foi 6-1, podia ter sido mais… Esse foi um dos motivos, mas também porque nós adivinhávamos, sentíamos que a equipa ia dar-nos esta grande vitória.

SC Braga

Não foi possível colocar questões ao treinador do SC Braga, Carlos Carvalhal.

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