SL Benfica x Rangers FC | 5 momentos de um histórico impecável contra portugueses

    É no seguimento da calamitosa derrota no Bessa que o SL Benfica enfrenta, pela primeira vez na sua história, o gigante do Reino Unido: apesar do extenso historial de confrontos com os seus rivais católicos, os encarnados nunca tiveram a sorte de encontrar os protestantes do Rangers FC, que sempre se divertiram com outros emblemas, quando era hora de defrontar lusos – umas vezes o Sporting CP, outras vezes o FC Porto, maioritariamente. Um desencontro curioso que terminará na noite desta quinta feira, às 18h.

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    Na Luz apresentar-se-á uma equipa ultra-competente sob a gestão de Steven Gerrard. Os números comprovam-no, com as 11 vitórias em 13 jogos disputados em 2020-21 (e nenhuma derrota), o que, conjungando com o impressionante registo de apenas… três golos sofridos, representa enorme obstáculo a um SL Benfica hesitante na consolidação do sistema de jogo do seu treinador.

    Jogando em 4-3-3, é uma equipa que sabe esperar pelo momento certo para desferir golpes certeiros em adversários entusiasmados com ilusões ofensivas, característica à qual Jesus demonstrou estar bem atento na conferência de imprensa.

    «Vai ser a equipa mais difícil que encontrámos até à data. É uma equipa que conhecemos bem, na época passada defrontou o FC Porto e o SC Braga. Tem um sistema de jogo diferenciado, parecido com o do Liverpool. Joga com a mesma ideia, quer seja em casa ou fora e vai ser um jogo difícil para o Benfica. E para o Rangers também», aproveitando para elogiar Morelos quando confrontado com o seu nome, utilizando comparação original. «Esse avançado é muito conhecido, um colombiano que não tem muito estilo de jogador, não tem uma estética elegante, mas é muito perigoso, aquele estilo como Gerd Muller.»

    Mas não é só o nome de Morelos que merece atenção cuidada, a ele juntam-se Hagi (sim, filho da lenda romena), Ryan Kent ou Tavernier, capitão e melhor marcador da equipa – 10 golos – apesar de partir da posição de lateral direito, destacando-se por ser especialista da bola parada.

    Mas do Rangers muito se pode e deve falar do seu passado glorioso e preenchido de muitos sucessos. A nível doméstico conta com 54 títulos nacionais, número que o coloca no topo do ranking europeu e em segundo lugar no plano mundial, sendo só ultrapassado pelos egípcios do Al Ahly.

    Poderíamos supor que esse domínio interno se tivesse traduzido, a dada altura, em conquistas sistemáticas no resto do continente, mas esse papel coube ao rival Celtic, que tomou responsabilidades patrióticas quando ganhou a primeira Taça dos Clubes Campeões Europeus das Ilhas Britânicas, em 1970 (com a fabulosa equipa de Jock Stein).

    O Rangers até foi o primeiro emblema britânico a participar numa final uefeira, quando chegou ao derradeiro encontro da Taça das Taças de 1961, mas a Fiorentina de Robotti e Hamrun, treinados pelo eterno Hidekguti, revelou-se obstáculo intrasponível (4-1 no agregado).

    Essa derrota foi pedra no sapato dos protestantes, que tiveram de esperar até 1972 (e à terceira tentativa, porque além de ’61 houve ’67 contra o Bayern de Munique) para recolher o troféu para o seu museu, em vitória diante do Dínamo de Moscovo, tornando-se até hoje como a única conquista internacional alcançada pelo clube.

    Num longo e respeitável trajecto de 349 jogos com equipas de todos os cantos do Velho Continente, seria expectável surgirem vários confrontos com portugueses. O primeiro encontro ocorreu precisamente no caminho para a vitória de 1972, quando o sorteio ditou o Sporting CP como oponente na segunda eliminatória da competição – Protestantes e Leões tornar-se-iam conhecidos, amigos até, com a repetição desse confronto por mais duas ocasiões, já no século XXI (2007-08 e 2010-11).

    FC Porto (1983-84, 2005-06 e 2019-20), Boavista FC (1986-87), CS Marítimo (2004-05) e SC Braga (2019-20) também tiveram oportunidade de construir história juntos, ainda que com relacionamentos nunca fáceis – só por uma vez, em oito tentativas, os nossos representantes eliminaram o Rangers em competições da UEFA.

    Agora, pela primeira vez, o SL Benfica tem a oportunidade de começar a inverter a tendência dominante que os Protestantes apresentam quando têm de se deslocar ao nosso território – em 18 jogos, contando idas e voltas, perdeu apenas… três vezes.

    Relembramos, por ordem cronológica, cinco das mais sensacionais noites em que o Rangers defrontou clubes nacionais, como forma de preparação para um duplo embate que promete decidir o vencedor do Grupo D desta Liga Europa.

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    Pedro Cantoneiro
    Pedro Cantoneirohttp://www.bolanarede.pt
    Adepto da discussão futebolística pós-refeição e da cultura de esplanada, o Benfica como pano de fundo e a opinião de que o futebol é a arte suprema.