Teríamos um panorama diferente caso a escolha tivesse sido esta?
Estávamos em Março de 2020, numa altura em que a equipa do SL Benfica orientada por Bruno Lage enfrentava uma quebra de resultados muito difícil de explicar. Até Fevereiro, os encarnados viriam a realizar um campeonato praticamente imaculado, vencendo 18 dos 19 jogos já realizados.
No entanto, a partir do Clássico realizado no Estádio do Dragão, a equipa encarnada viria a entrar numa letargia que tinha tanto de repentina como de inexplicável. Depois de perder para os adversários diretos por 3-2, segue-se uma derrota caseira contra um Sporting Clube de Braga que vinha a fazer furor sob o comando técnico de um treinador sem curso: um tal de Rúben Amorim.
Por outro lado, Bruno Lage parecia ser uma sombra daquilo que mostrara ser. Depois de ter comandado a equipa a uma recuperação extraordinária na época anterior, nesta altura, parecia estar a desaparecer tão depressa como apareceu.
Para além da quebra de rendimento dentro das quatro linhas, Bruno Lage, que então se caracterizara pela sua postura e pelo seu estilo comunicativo positivo, mostrava-se cada vez mais perdido e apático nas suas intervenções. Mais do que ninguém, ele sentia a queda livre em que a equipa tinha entrado e parecia não encontrar uma solução para dar a volta por cima a esta situação.

Fonte: Bola na Rede
Foi então que, após a eliminação da Liga Europa diante do Shakhtar Donetsk treinado por Luís Castro, Bruno Lage viria a anunciar a sua demissão do cargo de treinador principal do SL Benfica.
No dia 28 de Fevereiro de 2020, precisamente no dia do 116º aniversário do Sport Lisboa e Benfica, Bruno Lage renunciou ao cargo ao qual tinha sido promovido um ano antes, justificando a decisão com o facto de não se sentir mais em condições de treinar e liderar a equipa.
De nada serviu a insistência de Luís Filipe Vieira, Rui Costa e Tiago Pinto. Bruno Lage tinha a decisão tomada e para o bem da equipa e do SL Benfica, quis cortar o mal pela raíz antes que situação atingisse maiores proporções.
Isto deixou a estrutura do SL Benfica numa situação delicada. Com o clube a atravessar uma crise de resultados , tendo um campeonato e uma Taça de Portugal para conquistar, teriam de escolher um novo treinador a cerca de dois meses e meio para o final da época.