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Um presidente que virou primeiro-ministro – Não, não estou a falar de Silvio Berlusconi, presidente do AC Milan durante 31 anos e antigo primeiro-ministro de Itália. Em 1995, num breve afastamento da política activa, Pedro Santana Lopes, aceita o desafio de José Roquette, neto de José Alvalade, e candidata-se à presidência do Sporting Clube de Portugal. Reza a história que o neto do fundador do clube tinha uma estratégia para o clube, mas não tinha imagem nem vontade de se envolver directamente no futebol (pelo menos à data…), e por isso, decidiu apoiar alguém com forte imagem pública, escolhendo Santana Lopes para o efeito, mediante a condição de este não se envolver em qualquer actividade política enquanto se mantivesse à frente dos destinos do clube de Alvalade.
Assim, Santana Lopes foi presidente do clube de três de Junho de 1995 a 10 de Abril de 1996. No seu curto mandato, comemorou a conquista da Taça de Portugal de 1994/1995, frente ao CS Marítimo; acabou com várias modalidades do clube, como o futebol feminino, voleibol, hóquei em patins e basquetebol. No entanto, a sua passagem ficaria marcada pela ruptura com o treinador leonino, Carlos Queiroz, demitido do clube em 1996 e substituído por Octávio Machado. A sua demissão do cargo de presidente do Sporting foi ditada por circunstâncias políticas, sendo substituído por José Roquette, que ao levar a cabo reformas profundas no funcionamento do clube, conseguiu conquistar um título de campeão nacional ao fim de 18 anos de seca.