CF “Os Belenenses” 2-1 Clube Operário Desportivo: Pastel de Belém servido ao “cair do pano”

    A CRÓNICA: “AZUIS DO RESTELO” VENCEM NA ESTREIA DO NOVO TREINADOR

    Manhã fria, mas solarenga no Restelo. Centenas de adeptos dos azuis a marcarem a partida da sexta jornada do Grupo E do Campeonato de Portugal opôs o CF “os Belenenses” e o Clube Operário Desportivo, na estreia de Hugo Martins no banco da equipa da casa.

    O jogo começou com os primeiros 15 minutos de posse de bola por parte do CF “os Belenenses”. A equipa da casa aproximou-se da baliza adversária por duas ocasiões, através de lances de bola parada, mas sem criar grande perigo. Belenenses

    Até que aos 24 minutos de jogo, e em contraste com o rumo do jogo, o Clube Operário Desportivo chegou ao primeiro da partida. Cruzamento da ala esquerda em direção à grande área, e Edgar Teixeira rematou ao primeiro toque, executando um chapéu a Marcelo Valverde.

    Até ao final do primeiro tempo, as duas equipas repartiram mais o jogo. A equipa visitante ganhou força com o tento apontado, e ganhou mais preponderância com bola e no jogo ofensivo.

    A segunda parte começou com o golo do empate da equipa da casa. Quando o cronómetro marcou o minuto 49, Clé cruzou rasteiro para o avançado Ruben Araújo se desmarcar dos centrais adversários e fazer o gosto ao pé bem perto da pequena área.

    Primeiros 15 minutos de pressão intensa do CF “os Belenenses”. A equipa da casa entrou mais forte no segundo tempo, e, com o golo apontado logo no início, a equipa foi criando lances de potencial perigo que acabaram por ser desperdiçados.

    Ao minuto 76, grande oportunidade para a equipa da casa. João Oliveira cruzou em direção ao segundo poste e Clé a atirar às malhas da linha lateral. No minuto seguinte, foi a formação visitante a criar perigo, com um remate a passar rente ao poste.

    Até que, quando já passavam três minutos do tempo regulamentar, o CF “os Belenenses” chegou ao golo da vitória. Cruzamento do flanco esquerdo para Bruno Botas, ponta-de-lança recém-lançado por Hugo Martins, finalizar de pé esquerdo.

    Final de jogo no estádio do Restelo: a formação caseira conseguiu dar a volta ao marcador. Os adeptos do clube da Cruz de Cristo vão para casa com um sorriso no rosto, depois de terem criado um espetacular ambiente que valoriza o Campeonato de Portugal.

     

    A FIGURA

    Bruno Botas (CF “Os Belenenses”) – Entrou para decidir o encontro. O avançado de 34 anos marcou o golo da vitória aos 93 minutos da partida, numa altura em que a formação do Restelo estava totalmente virada para o ataque. Botas e Rúben Araújo lado a lado, como Herlander e Clé nas linhas. Foi o final da manhã perfeito para os azuis do Restelo, tão bom como um pastel de Belém.

     

    O FORA DE JOGO

    Falta de jogo ofensivo do Clube Operário Desportivo – A equipa visitante foi praticamente inofensiva do ponto de vista ofensivo. Tirando o golo, o Operário criou pouquíssimas oportunidades de golo.

     

    ANÁLISE TÁTICA – CF OS BELENENSES

    O Belenenses apresentou-se num 4-3-3, com Marcelo Valverde na baliza. Na defesa com João Oliveira, Fábio Marinheiro, André Serra e Zé Pedro. O meio-campo foi ocupado por três homens – Mauro Antunes, Kikas e Flavinho Silva. Na frente de ataque estiveram Clé e Ricardo Viegas bem abertos nas alas com Rúben Araújo como homem mais avançado. Tanto a atacar como a defender a formação da casa manteve-se no mesmo esquema tático.

    Nos últimos 10 minutos de jogo, o treinador meteu todas as fichas no jogo, passando a ter dois homens alvo na frente de ataque – Rúben Araújo e Bruno Botas. Clé à direita e Herlander à esquerda, numa espécie de 4-2-4.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Marcelo Valverde (6)

    João Oliveira (7)

    Fábio Marinheiro (6)

    André Serra (5)

    Zé Pedro (7)

    Mauro Antunes(7)

    Kikas (6)

    Flavinho Silva (6)

    Clé (7)

    Rúben Araújo (7)

    Ricardo Viegas (6)

    SUBS UTILIZADOS

    André Frias (6)

    Miguel Oliveira (6)

    Bruno Botas (8)

    Herlander (6)

     

    ANÁLISE TÁTICA – CLUBE OPERÁRIO DESPORTIVO

    Ao apito inicial, a equipa visitante estava alinhada num 5-4-1, começando por dar a iniciativa aos da casa. Edgar Teixeira, Ricardo Carvalho, Pedro Tavares, Igor Cartaxo e Samuel Velho formaram a linha defensiva. No meio-campo do Operário estavam Gonçalo Pereira, Gonçalo Reyes, Dani Sousa e Neto. Joazimar Stehb encontrava-se sozinho na frente.

    A verdade é que marcaram primeiro e ganharam alento, o que resultou numa alteração a nível tático. Esta modificação também se deveu ao facto de, até ao golo, a bola ter sido monopolizada pelo Belenenses. Neto juntou-se a Stehb e passaram para um 5-3-2.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Flávio Brandão (6)

    Ricardo Carvalho (6)

    Pedro Tavares (6)

    Igor Cartaxo (6)

    Edgar Teixeira (6)

    Samuel Velho (7)

    Gonçalo Pereira (6)

    Dani Sousa (5)

    Gonçalo Reyes (6)

    Neto (6)

    Joazimar Stehb (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Marcelo Castro (6)

    Chileno (6)

    Patrício Coelho (6)

    Paulo Bessa (-)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    CF “Os Belenenses”

    BnR: Bruno Botas foi o jogador que decidiu a partida. É essa a função dele na equipa ou foi uma opção tática?

    Hugo Martins: “Todos os jogadores são importantes. Ele acabou por ser o jogador que nos deu a vitória, mas todos eles vão ter um papel importante.”

    BnR: Sente mais pressão por treinar um clube como o Belenenses ou encara este desafio como outro qualquer?

    Hugo Martins: “Cada clube tem a sua especificidade. O CF “Os Belenenses” é o maior clube que já treinei na minha carreira. Em relação à pressão, ela começa em mim. Aquilo que eu digo aos meus jogadores é que temos muita sorte por termos o 12º jogador presente, que faz falta a qualquer clube.”

    BnR: Está pronto para dar a primeira vitória fora ao Belenenses?

    Hugo Martins: “Há um trabalho que temos de fazer a nível tático e mental. Temos de procurar e encontrar estratégias para ganhar fora, sobretudo quando jogarmos em campos mais pequenos.”

     

    Clube Operário Desportivo

    BnR: Tendo em conta o fraco jogo ofensivo do Operário, o que é que faltou à equipa para fazer mais?

    Filipe Mesquita: “O jogo teve duas partes distintas. A estratégia passava por enervar o adversário que vinha de maus resultados e conseguimos o que tínhamos delineado. Dois erros individuais comprometeram o resultado. Na segunda parte não fomos homens suficientes para segurar o jogo. Faltou-nos agressividade. Queria que fôssemos meninos com bola e homens sem ela. Infelizmente, na segunda parte fomos só meninos.

     

    Rescaldo da opinião de Miguel Amaral Rodrigues e Miguel Gato.

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