Após a descida à Segunda Liga na época passada, o CD Nacional vê agora muito perto o seu regresso ao escalão principal do futebol português. A equipa encontra-se, à entrada para a 25ª jornada, no 1º lugar da tabela classificativa, seguido pelo SC Farense que tem apenas menos dois pontos. No entanto, neste momento, o campeonato encontra-se suspenso devido ao surto da Covid-19.
Os madeirenses têm feito uma temporada quase irrepreensível, com um total de 14 vitórias e apenas duas derrotas, em 24 partidas disputadas. No final da primeira volta do campeonato já davam sinais de quererem agarrar os lugares de subida, apesar de, na altura, ocuparem o segundo lugar, desta feita atrás do SC Farense. Os algarvios vacilaram ante o Estoril Praia SAD e a derrota originou uma troca na classificação que se mantém até então. Os dois emblemas seguem destacados na luta pela promoção, seguidos pelo CD Feirense, a uns longínquos seis e oito pontos de distância para a segunda e primeira posição, respetivamente.
O segredo para o momento de forma dos alvinegros passa por uma equipa equilibrada e com qualidade acima da média. O avançado Brayan Riascos, de 25 anos, tem sido o “abono de família” da equipa, com já 12 golos no campeonato. O colombiano, que chegou a época passada a custo zero do UD Oliveirense, tem feito jus à fama de goleadores importados da Colômbia e é mesmo o melhor marcador da Segunda Liga portuguesa. Uma melhoria significativa face ao golo apontado em toda a época transata.
O guarda-redes Daniel Guimarães é outro dos destaques do plantel. Com 2250 minutos de jogos, não há ninguém que tenha pisado o relvado com a camisola do CD Nacional mais tempo que ele esta época. O brasileiro tem fechado a baliza dos madeirenses a “sete chaves” e, juntamente com a defesa (onde têm brilhado o jovem argentino Leonel Mosevich, o defesa direito Kalindi Souza e o português Rui Correia), conseguiu consolidar a melhor defesa do campeonato, com apenas 16 golos sofridos.

Fonte: CD Nacional
O meio-campo dos alvinegros, por sua vez, tem beneficiado da experiência e qualidade do internacional português Rúben Micael, que voltou às “origens” depois de passar por clubes como FC Porto (onde ganhou a Liga Europa e foi campeão nacional duas vezes) e pelo SC Braga, além de se ter aventurado no estrangeiro.
Tudo indica que o técnico Luís Freire vai contabilizar a sexta subida de divisão em diversos escalões na sua ainda curta carreira como treinador principal, que vai apenas na oitava época. Neste momento, o surto do novo Coronavírus colocou o país (e, evidentemente, o futebol) em stand-by.
Não sabemos ainda se os campeonatos vão retomar ou não e, neste caso, como será atribuído o título de campeão (ou até se haverá algum). Agora, é altura de seguirmos as orientações da Organização Mundial de Saúde e ficarmos em casa o máximo de tempo possível, com uma correta higienização das mãos e uma avaliação atenta de eventuais sintomas. Só assim cuidamos de nós e dos que nos rodeiam. Nunca é de mais relembrar. O futebol? Isso fica para depois.
Artigo revisto por Diogo Teixeira