Como bem diz o provérbio, “zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades”. Trata-se de mais uma novela no futebol português e desta vez, por incrível que pareça, sem nada a ver com um dos três grandes.
Júlio Mendes, presidente do Vitória SC, e o ex-treinador da sua equipa, Pedro Martins, vieram a público falar sobre aquela que foi uma época não tão bem conseguida por parte da equipa vimaranense.
Fica, então, assente a questão: afinal de contas, de quem é a culpa? A verdade é que ambos procuraram demarcar-se quanto ao insucesso da equipa no ano 2017/2018, o que acabou por gerar uma troca de “galhardetes” entre o presidente e o técnico.
Numa entrevista dada no passado dia 30 de maio, Pedro Martins levantou questões que não agradaram ao líder máximo do Vitória de Guimarães. O atual treinador do Olympiacos falou sobre os incidentes que ocorreram no centro de treinos do Vitória, onde jogadores foram agredidos por adeptos. Alegou que o caso não tinha ganho repercussões piores, à semelhança do que aconteceu no Sporting CP, porque o próprio soube lidar bem com o caso internamente.
Quanto à época 2017/2018, que ficou muito aquém das expetativas, Pedro Martins alega que a execução do planeamento da mesma não foi feita da maneira mais eficaz pela administração e que isso pagou-se caro no decorrer do campeonato. Recorde-se que a equipa minhota havia perdido, de 2016/2017 para a época passada, muito jogadores importantes. Entre eles: Marega e Hernâni. Por isso, era necessária uma minuciosa reestruturação que permitisse a estabilidade do clube que, segundo Pedro Martins, não aconteceu.
Para além disto, o técnico português refere que a gestão do plantel por parte da administração, que tem feito várias vendas nos últimos anos, não é a mais favorável para o sucesso de um projeto. Refere ainda que quando chegou ao clube da cidade de berço, os seus responsáveis não transmitiam para fora a verdadeira entidade de um clube como o Vitória de SC.