
O Marítimo assumia-se como candidato à subida à Primeira Liga depois da descida. O clube maritimista tinha 38 épocas consecutivas na principal escalão até descer via playoff na temporada 2022/2023.
Tulipa foi chamado ao comando técnico e o plantel formado tinha experiência e qualidade para atacar a subida. A Diogo Mendes, Xadas, René Santos juntaram-se Igor Julião, Euller Silva e Platiny.
O começo até foi auspicioso. Cinco vitórias nos seis primeiros duelos, exceção ao tropeção frente ao adversário direto AVS, que se viria a revelar decisivo, faziam encarar a temporada com um sorriso nos olhos, nos lugares de subida.
No entanto, o empate frente ao Tondela e a derrota em Leiria acabaram por atirar a equipa madeirense para fora dos lugares de subida, à nona jornada.
A formação treinada por Tulipa voltou a mostrar dificuldades e a derrota frente ao Santa Clara acabou por levar ao término precoce da ligação com o treinador. O clube estava em sétimo lugar e Fábio Pereira chegou para assumir o comando técnico.
A equipa acabaria por recuperar até ao quarto lugar, mas nunca mais iria regressar ao pódio. Frente ao trio da frente, o Marítimo acabou por vencer os dois jogos frente ao rival Nacional, porém só conseguiu ganhar um ponto com o Santa Clara e perdeu os dois duelos perante o AVS, fator decisivo para o desfecho da classificação.
Na fase final, foi precisamente o clube sediado na Vila das Aves que começou a ceder pontos, com apenas uma vitória e dois empates nos quatro jogos antes da última ronda. Já o Marítimo vinha de quatro vitórias consecutivas e chegava à derradeira jornada a um ponto do AVS e do playoff de subida.
Frente ao Tondela, a equipa nortenha mostrou logo, na primeira parte, sinais coerentes com os últimos encontros. Costinha fez um golo, à passagem da meia hora, e colocou o AVS sob jugo do resultado do Marítimo, no Estádio do Fontelo, perante o Académico Viseu.
Iniciados à mesma hora, os madeirenses ainda entraram mais cedo sem o pé direito. Marquinho fez o primeiro antes dos 10´ e o Marítimo obrigado a vencer via a subida mais longe.
No entanto, os madeirenses conseguiram a reviravolta por Bruno Xadas e Diogo Mendes e por 15´ estiveram matematicamente no playoff. Só que Clóvis, o goleador viseense da época passada, deixou bem vincada a instabilidade no clube insular durante a temporada e empatou 2-2.
Com a derrota do AVS em Tondela, o Marítimo só pode responsabilizar-se a si próprio da madrasta sorte de ficar mais um ano no segundo escalão. Sem ter começado a temporada, Fábio Pereira não pode e não deve ser colocado como o principal responsável do falhanço do principal objetivo para 2023/2024.
A próxima temporada tem de ser pensada com maior estabilidade diretiva, técnica e na constituição do plantel, optando por mais jogadores que conheçam bem esta Segunda Liga.
BnR na Conferência de Imprensa
Nenhum responsável das duas equipas se mostrou disponível para prestar declarações.