Visão de jogo, rapidez e canudo na mão

    Cabeçalho Futebol NacionalQuando era apenas uma criança – ainda mais do que sou agora – tinha como sonho ser jogador de futebol. Até aqui não devo estar a dar nenhuma novidade, visto que, arrisco dizer, mais de 80% das crianças rapazes desejam ser futebolistas. Muitos tentarão. A maioria ficará apenas pelo sonho. E os que triunfarão? Esses são poucos. Muito poucos.

    Fonte: Pinterest
    Fonte: Pinterest

    A par da maioria que referi, também eu fiquei apenas pelo sonho. Nem tentei, sequer. Nunca joguei futebol em “escolinhas”, apenas na escola e na rua, com os amigos. No ar fica a dúvida: será que teria potencial para ser um grande jogador? Talvez sim, talvez não. O certo é que vi colegas, amigos ou simples conhecidos a fazerem parte desse grupo de “poucos” que se vão tornar muito: vão ser jogadores de futebol. Eu segui para jornalismo e eles para Alcochete, para o Seixal, para a fama, a idolatria, a vida próspera e de sucesso. Desengane-se. Pois dentro dos poucos que vi – vimos – seguir de chuteiras na mão, ainda menos chegarão a esse patamar.

    Se olharmos para a situação desta forma, talvez saia eu a ganhar: daqui a vinte anos, espero eu, estarei a exercer jornalismo, seguro da minha vida e do meu emprego. E eles? Aqueles que deixaram para trás os estudos aos 15 anos para terem os olhos na bola? Que será deles se não chegarem à Primeira Divisão ou a um clube que os sustente o suficiente para viverem durante a sua curta carreira e mais além? Certamente não estarão bem.

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Roger Schmidt: «Eles não criaram chances»

    Roger Schmidt já reagiu ao desafio entre o Benfica...

    Florentino Luís: «Não tivemos o futebol dos últimos jogos»

    Florentino Luís já reagiu ao desafio entre o Benfica...

    Conference League: eis os resultados desta quinta-feira

    A Liga Conferência já não tem treinadores portugueses com...
    Artigo anterior
    Próximo artigo
    André Maia
    André Maiahttp://www.bolanarede.pt
    Durante os seus primeiros seis anos de vida, o André não ligava a futebol. Até que no dia 24 de junho de 2004, quando viu o Ricardo a defender um penálti sem luvas, se apaixonou pelo jogo. Amante da história de futebol e sempre com factos na ponta da língua, tem Cristiano Ronaldo e Rui Patrício como os seus maiores ídolos.                                                                                                                                                 O André escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.