A “Força Aérea”

    As águias não tiveram o arranque de campeonato desejado mas a fome de golos que as caracteriza há alguns anos segue inalterável. Nas primeiras oito jornadas, marcaram 16 golos, 1 de cabeça, e dos 6 que já sofreram, apenas um foi de cabeça, num lance de bola corrida, na mais recente jornada, na Madeira. O SL Benfica teve de proteger a sua baliza de pontapés de canto por 25 vezes (3,125 cantos / jogo) e o jogo mais atarefado, nesse aspeto, foi em Chaves, na segunda jornada (5 cantos contra). A esta altura, a dupla de centrais mais utilizada pelos tetracampeões é também a mais experiente; Luisão e Jardel, ambos um pouco para lá dos 30 anos, comandam a defesa encarnada que promete defender a baliza à guarda de uma jovem esperança portuguesa ou de outro(!) brasileiro também muito experiente.

    Podem até ter sofrido mais golos que os rivais crónicos candidatos ao título mas pelo ar estão em igualdade com o de Lisboa e ligeiramente abaixo do do Norte. A experiência parece ser suficiente para manter controlados os ataques aéreos à baliza dos da Luz mas já houveram incursões no onze inicial de ”pilotos” mais jovens (Lisandro ou Rúben Dias) e o resultado foi o mesmo. Seja qual fora a dupla escolhida, não será problema limpar as bolas que vêm pelo ar.

    Fonte: SL Benfica
    Fonte: SL Benfica

    É conhecida a ”fome” com que os clubes que defrontam os 3 grandes se aproximam da área para bater livres laterais ou pontapés de canto. Fazem subir no terreno os seus jogadores mais altos e encorpados, contratados precisamente para estes propósitos, e põem em prática jogadas estudadas. Está claro que à oitava jornada é permaturo avaliar o sucesso e a influência do jogo aéreo nas contas do título, lugares europeus ou de descida, mas serve este artigo para alertar o leitor para os duelos aéreos que se travam constantemente nas áreas deste campeonato. E no final do mesmo, os números serão ainda mais esclarecedores.

    A produção ofensiva destes clubes não é, nem perto, refém do jogo aéreo. São os criativos como Brahimi, Gelson ou Pizzi, entre muitos(!) outros, que vão abrilhantar o jogo das suas equipas, marcando golos ou produzindo jogadas para ver e rever. Mas no final, o jogo aéreo terá uma pequena mas vincada influência nos resultados das equipas, como atestarão essas máquinas de fazer golos; Aboubakar, Bas Dost ou Jonas.

    Foto de Capa: Sporting CP

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    Diogo Pires Gonçalves
    Diogo Pires Gonçalveshttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo ama futebol. Desde criança que se interessa por este mundo e ouve as clássicas reclamações de mãe: «Até parece que o futebol te alimenta!». Já chegou atrasado a todo o lado mas nunca a um treino. O seu interesse prolonga-se até ao ténis mas é o FC Porto que prende toda a sua atenção. Adepto incondicional, crítico quando necessário mas sempre lado a lado.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.