O sonho continua bem vivo, e temos de acreditar até ao fim!

    Uma primeira parte desastrada deitou por terra o sonho das navegadoras em conquistar pontos desta partida.

    Portugal entrou sem receio, neste primeiro jogo de sempre numa fase final de um Campeonato do Mundo, com as linhas de pressão bem subidas.

    Contudo, foram os Países Baixos que tiveram as melhores oportunidades, com Beerensteyn a ter uma grande situação para abrir o ativo, aos 11 minutos. No minuto seguinte, a bola foi mesmo parar ao fundo das redes. Na sequência de um pontapé de canto, Stephanie van der Gragt saltou mais alto que as jogadoras portuguesas e cabeceou para o 1-0. A árbitra auxiliar ainda anulou o golo, mas o VAR validou.

    A seleção lusa foi ficando algo nervosa na partida e não conseguia ter o esférico na sua posse durante muito tempo. Conseguimo-nos libertar a partir da meia hora de jogo, com muitas combinações no lado esquerdo português, com Jéssica Silva e Catarina Amado em destaque. Elas que se conhecem muito bem do Benfica.

    Os Países Baixos são uma equipa mais física, e mais alta, criaram muitas dificuldades nesses aspetos, muito através de lances de bola parada. As melhores oportunidades foram da equipa neerlandesa, e a vantagem mínima não espalhava o que se passava dentro das quatro linhas. Portugal saía vivo da primeira parte.

    A primeira oportunidade de Portugal surgia no segundo tempo, com Jéssica Silva a aparecer nas costas da defesa, mas a rematar na malha lateral. A auxiliar assinalou fora de jogo, apesar de, nas repetições, deixar muitas dúvidas.

    Portugal conseguia-se soltar mais no terreno e aproveitar as costas da defesa neerlandesas, com Jéssica Silva em duas iniciativas a conseguir criar algum nervosismo do lado contrário.

    A seleção lusa começava a subir no terreno, tendo mais bola, deixando as jogadoras contrárias um pouco nervosas, apesar da vantagem dos Países Baixos. Apesar disto, continuava a ser um jogo sem grandes oportunidades.

    Aos 78 minutos, Francisco Neto mexe em várias peças no xadrez português. O selecionador faz, de uma assentada, três substituições, com a entrada de Lúcia Alves, Telma Encarnação e Andreia Jacinto. De realçar que Kika Nazareth já estava em campo, a jogadora que se lesionou no amigável diante da Inglaterra, entrou aos 65 minutos.    

    A grande ocasião da seleção portuguesa surge aos 81 minutos, com Telma Encarnação a aparecer muito bem na ala direita, tirou uma defesa do caminho e rematou de pé esquerdo para uma intervenção da guardiã neerlandesa. O empate esteve tão perto.

    O jogo arrastava-se até ao final, com Portugal a tentar por todas as maneiras chegar à baliza contrária, mas a seleção contrária mantinha-se bem organizada.

    A árbitra apitava pouco depois para o final do encontro. Foi pena a primeira parte da seleção lusitana. A segunda parte foi de um nível superior, mas apesar disso, acabou por ser uma estreia positiva de Portugal, mesmo com a derrota.

    Nas declarações no final da partida, o selecionador nacional destacou a competitividade da equipa e deixou uma certeza, só dependem deles: ““”A sensação de que saio daqui é muito orgulho nestas jogadoras. Mostraram hoje o porquê de se terem qualificado. Fomos uma equipa competitiva contra um dos melhores conjuntos do mundo. Infelizmente, numa situação de bola parada sofremos um golo, de resto, os Países Baixos tiveram, no máximo, uma oportunidade. Este resultado não compromete a passagem. Não há dúvidas que entrar a pontuar é sempre muito melhor, mas aquilo que há em jogo é que dependemos só de nós”.

    O próximo jogo é no próximo dia 27 de julho, às 8:30h, frente ao Vietname, e a vitória é essencial.

    O sonho das navegadoras não acaba aqui, e vamos acreditar que podemos ser felizes.

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    Diogo Costa
    Diogo Costa
    A descoberta de novos desafios e obstáculos levaram-no a lutar por um sonho: trabalhar em jornalismo desportivo. Com ambição de chegar longe, está pronto para aprender e para enfrentar qualquer desafio.