Os melhores de 2013 – Nacional

     
    O Bola na Rede, em final de ano, apresenta a escolha dos Melhores de 2013 (de janeiro até dezembro). Mário Cagica Oliveira, fundador e CEO do projeto, faz a sua escolha para o melhor 11 deste ano a atuar em Portugal. Concordam com as suas escolhas?

    11 ideal 2013

    Guarda-Redes: Rui Patrício
    Se não fosse Patrício, o que teria acontecido ao Sporting na época passada? De facto, é complicado responder a esta questão, mas são poucos aqueles que ficariam otimistas com as hipóteses do Sporting sem o guarda-redes português. Apesar de continuar a manifestar alguma insegurança com os pés, Rui Patrício tem apresentado uma evolução impressionante. É um dos ativos mais valiosos do atual plantel de Leonardo Jardim e um dos mais queridos da massa adepta leonina. Patrício é o incontestável no Sporting e na Seleção Nacional. E, com o Mundial’2014 aí à porta, pode estar para breve o “salto” para um grande europeu. Os próximos meses vão ser muito importantes para o futuro do guarda-redes.

    Lateral-Direito: Danilo
    Custou 17,8 milhões de euros. Um exagero, de facto, tendo em conta a realidade do futebol português (e não só!). No entanto, ninguém será capaz de questionar a qualidade do jovem lateral-direito do FC Porto. Rápido, seguro a defender e com uma qualidade técnica invulgar, fruto também do facto de ter sido deslocado do meio-campo para a defesa. Com Danilo, o Porto tinha garantido um bom médio para o seu plantel e agora tem um lateral de excelência, ao nível dos melhores do mundo. Com uma propensão ofensiva muito elevada, Danilo é também muito forte a garantir desequilíbrios na frente de ataque, conseguindo, por vezes, garantir algum envolvimento em vários golos da equipa do FC Porto.

    Lateral-Esquerdo: Alex Sandro
    Com 22 anos, o atual lateral-esquerdo do FC Porto corre sérios riscos de se tornar num dos melhores na sua posição (se é que já não o é). Alex Sandro é explosivo, sabe defender bem, tem sentido posicional e é desequilibrador. E num esquema de 4-3-3, como o do Porto, é muito importante para criar desequilíbrios ofensivos quando sobe no terreno. Na temporada passada esteve a um nível muito alto e, nesta época, apesar de o plantel do FC Porto não ter extremos de tanta qualidade, Alex Sandro não quebrou o rendimento. Bem pelo contrário. Já se assistiram a vários jogos do Porto nesta nova temporada em que é apenas o lateral-esquerdo do FC Porto que procurou criar situações de instabilidade defensiva para os adversários. Está destinado a ser um dos próximos grandes negócios de Pinto da Costa.

    Defesa Central: Eliaquim Mangala
    “Tem um poder físico impressionante e assusta qualquer adversário”. Foi, provavelmente, uma das minhas primeiras impressões sobre Mangala, quando o vi jogar pela primeira vez. Hoje, o defesa-central francês é tudo isso e muito mais. É rápido, é forte, sabe posicionar-se em campo e raramente comete erros. É o típico jogador “à Porto”. Um defesa que sabe intimidar o adversário (como eram Jorge Costa ou Bruno Alves), mas com a grande vantagem de jogar dentro das leis. E assim tudo é melhor. Mangala é fortíssimo e desengane-se o leitor que o associa ao típico “central sem pés para sair a jogar”. Tanto não o é que já por diversas ocasiões foi adaptado à posição de lateral esquerdo.

    Defesa Central: Ezequiel Garay
    O Benfica tem sofrido muitos golos, de facto. Mas arrisco-me a dizer que, sem Garay, a situação poderia ser mais negra. O defesa-central argentino joga sempre na posição mais próxima do lateral-esquerdo do Benfica e isso explica bem o que o jogador tem sofrido. Já levou com jogadores como Emerson, Melgarejo ou Cortez e, por isso mesmo, sempre foi exposto a trabalhos redobrados. Maioritariamente em situações de contra-ataque adversário, é sempre ele que faz as dobras na defesa e que compensa a falta de qualidade na lateral-esquerda do Benfica. Ezequiel Garay é um dos melhores na sua posição na Europa. É muito seguro, forte no jogo aéreo e dono de uma elegância extrema com a bola nos pés (não esquecendo, pois claro, de que estamos aqui a falar de um defesa-central). É o melhor defesa argentino da atualidade (a par de Zabaleta) e vai estar também no Mundial’2014, que deverá ser a montra para abandonar, de vez, o Benfica.

    Trinco: Nemanja Matić
    Apesar de o Benfica ter perdido o título para o FC Porto, Matić acabou por ser eleito o melhor jogador do campeonato português da época passada. E seria realmente uma grande injustiça se tal não tivesse acontecido. O internacional sérvio é, provavelmente, um dos melhores trincos que já passou por Portugal e é cada vez mais fácil de adivinhar que não fica muito mais tempo na equipa do Benfica. Fez esquecer Javi García e não teve problemas em duplicar o trabalho que, até então, era desempenhado pelo médio espanhol e por Witsel. Matić tem um sentido posicional acima da média, recupera bolas como poucos e consegue aliar a todos esses fatores uma invulgar capacidade técnica, que lhe permite sair a jogar na maior parte das ocasiões. A saída de Javi foi o jackpot para Jesus, que, este ano, ainda tentou adaptar (de forma completamente errada e disparatada) o sérvio à posição 8.

    Médio-Centro: João Moutinho
    Foi o melhor jogador do FC Porto na temporada passada. E quando um treinador (neste caso, Paulo Fonseca) decide remodelar um modelo tático implementado há anos num clube, como é o FC Porto, por causa de um jogador, está tudo dito em relação à preponderância do médio português. João Moutinho é o tipo de jogador que qualquer treinador gosta de ter. Trabalhador, inteligente e com um sentido tático apuradíssimo. Era o “motor” do Porto e o principal responsável pelo equilíbrio de todo o sistema tático. A peça fundamental que ligava a defesa e o ataque do Porto. Sem ele, tudo muda. Moutinho é um dos melhores médios box-to-box da atualidade. Não só pela sua competência tática, como também pela criatividade e pelas ideias que é capaz de incutir no jogo da sua equipa. Vai ser fundamental para a  Seleção Nacional no Mundial’2014.

    Extremo Direito: Eduardo Salvio
    Sou um admirador de “Toto” Salvio. Desde 2010/2011, altura em que o jogador argentino foi emprestado ao Benfica, que fiquei encantado com as suas qualidades técnicas. É a personificação exemplar daquilo que é, de facto, um grande extremo: um jogador que consegue desbloquear partidas, que ajuda a equipa nos processos defensivos e que confere grande profundidade ao jogo da sua equipa. E os adeptos gostam de jogadores que empolguem uma equipa e que sejam capazes de criar, constantemente, situações de perigo para a baliza adversária. Assim, explicada a preponderância do argentino na equipa do Benfica, percebe-se que ele terá a sua quota de responsabilidade na grande quebra exibicional dos encarnados neste início de temporada. Salvio é um jogador que entusiasma os adeptos com as suas arrancadas frenéticas, que transmite muita energia aos adeptos de uma equipa. Sem ele, o Benfica ficou sem poder, sem força, sem emoção… E, por isso, o seu regresso em janeiro (ao que tudo indica) pode ser a melhor das notícias para Jorge Jesus.

    Extremo Esquerdo: James Rodríguez
    Todos os anos, o FC Porto tem um jogador que faz a diferença. Já houve Jardel, Falcao, Hulk, Quaresma, Deco… Enfim, a lista não acabaria aqui. No ano passado, todas as esperanças estavam depositadas em James Rodríguez. E o colombiano não defraudou as expectativas. Não é um extremo de raiz, mas procurou enquadrar-se, como podia, no 4-3-3 dos dragões da melhor forma. Algumas vezes no meio, outras na ala, com uma qualidade elevada e constante. Se Moutinho, no ano passado, era a “peça” que fazia jogar o Porto, James era o elemento que desbloqueava encontros. Esperava-se que, tal como Moutinho, saísse para um colosso europeu. Infelizmente para o mercado, apareceu o Mónaco de França e levou dois dos melhores jogadores do Porto da temporada passada. Se esta transferência poderá ser prejudicial para a evolução do colombiano? Só o tempo o dirá. Mas o Mundial’2014 pode ser bom para manter as portas abertas aos grandes clubes europeus da atualidade.

    Ponta-de-Lança: Óscar Cardozo
    Quem diria que Óscar Cardozo, depois do incidente com Jorge Jesus no final da temporada passada, voltaria a ter tanta preponderância no Benfica, como nos tempos passados. Facto concreto é que o ponta de lança paraguaio tem sido, ironicamente, o salvador de Jesus no Benfica. Depois de uma boa temporada passada, Cardozo foi reintegrado no plantel do Benfica já com o campeonato a decorrer e tem sido um dos prontos-socorros de Jesus nesta época algo irregular dos encarnados. Seria um engraçado exercício pensar em como seria este Benfica se Cardozo tivesse realmente saído no início da temporada.

    Ponta-de-Lança: Jackson Martínez
    Jackson foi escolhido a dedo por Vítor Pereira para colmatar a lacuna do FC Porto na posição de ponta-de-lança. E os dados não podiam ser mais esclarecedores: 31 golos na primeira temporada (2012/2013) e 16 a meio desta segunda. O jogador colombiano tornou-se um dos elementos mais importantes na equipa dos dragões e é, neste momento, insubstituível. Com uma tremenda capacidade para se movimentar em espaços muito reduzidos, Jackson entra no restrito conjunto de jogadores que não precisa de muitas oportunidades para concretizar um golo. E os adeptos do Porto só podem agradecer.

    Treinador: Marco Silva
    Estranhe-se a escolha por ser um treinador que acabou por não ganhar nada este ano. É um facto. Se Paulo Fonseca ou Vítor Pereira tivessem correspondido de outra forma nas competições europeias, provavelmente a história seria outra. Marco Silva, por outro lado, é um treinador que aparece aqui num contexto completamente diferente. Está prestes a complementar apenas o seu 3º ano enquanto treinador e o saldo não se pode considerar apenas positivo: é excelente! Pegou numa equipa do Estoril nos últimos lugares da tabela classificativa na Segunda Liga, foi campeão nesse mesmo ano e, logo na temporada seguinte, consegue um histórico 5º lugar e consequente apuramento para a Liga Europa. Sorte de principiante? Poder-se-ia dizer que sim se, nesta nova época, não estivesse novamente a fazer um trabalho idêntico. Perdeu metade do seu onze titular, reformulou a equipa e voltou a conseguir resultados. Está no 5º lugar, a sua equipa pratica bom futebol e não se deixou abalar pelo facto de ter jogos a meio da semana. Está claramente na linha da frente para orientar um clube grande num futuro próximo.

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