Os 5 melhores goleadores do FC Porto na Luz

Os clássicos entre SL Benfica e FC Porto já fizeram correr muita tinta, desde o primeiro realizado em junho de 1931, no antigo Campo do Arnado, em Coimbra. O Porto perdeu por 3-0 frente às águias e perdeu assim na final do Campeonato de Portugal, a primeira competição nacional de futebol.

Já a estreia dos clássicos, na casa do Benfica, na Primeira Divisão, foi na época 1934/1935. O estádio dos encarnados era ainda o Campo das Amoreiras. Novamente, os dragões foram derrotados por 3-0.

Em relação aos melhores goleadores portistas nos clássicos, em casa do Benfica, para a principal competição nacional, estes ficam bastantes distantes dos finalizadores das águias.

O mais concretizador do lado dos portistas é apenas o sétimo da lista. Quanto ao melhor marcador do Benfica, trata-se o goleador José Águas, com 13 golos em 12 jogos.

Por outro lado, no plantel atual dos azuis e brancos, só Pepe, Uribe e Zaidu sabem o que é marcar na Luz.

Já do lado encarnado nenhum jogador tem golos marcados frente ao Porto, no próprio estádio, na Liga.

O Bola na Rede traz-te um resumo sobre os melhores marcadores do FC Porto, em jogos para o Campeonato, em casa do Benfica. Quatro foram internacionais portugueses.

Hernâni da Silva

Fonte: FC Porto

O avançado é uma das figuras maiores da história do FC Porto. Nas 13 temporadas de dragão ao peito, Hernâni jogou em 11 clássicos, em casa dos encarnados, e fez três golos. Os dois primeiros foram na mesma partida, na época 1956/1957.

No antigo Estádio da Luz, o “furacão de Águeda”, como era também conhecido, fez os dois golos do dragão. Apesar do seu bis, os portistas perderam o jogo por 3-2, num Campeonato ganho pelo Benfica, com mais um ponto do que… o Porto.

O outro golo de Hernâni foi precisamente na terceira vitória do Porto, no terreno dos encarnados. Os portistas derrotaram por 3-2 o rival e a lenda do Porto fez o golo decisivo do triunfo, na segunda parte.

Curiosamente, o árbitro da partida foi Inocêncio Calabote, mais conhecido por outros acontecimentos. Já nessa edição, o Porto voltaria a ser vice-campeão, mas, desta vez, com os mesmos ponto do campeão, o Sporting.

Nos restantes duelos contra as águias, Hernâni fez ainda mais cinco golos.

Pinga

Fonte: FC Porto

Recuamos ainda mais na história azul e branca. Artur Soares de Sousa, mais conhecido por Pinga, jogou nas décadas de 30 e de 40 e esteve 16 anos nos portistas. O mágico madeirense esteve presente em nove duelos em casa dos encarnados.

O internacional português também fez três golos. O primeiro foi mesmo num encontro de má memória para o FC Porto, em 1938/1939. Pinga ainda fez o empate para os dragões, porém as águias acabaram por golear por quatro bolas a uma. Mesmo assim, o Porto seria o campeão nacional, nessa temporada.

Na época seguinte, Pinga bisou e contribuiu decisivamente para a vitória portista por 3-2, com o primeiro e o terceiro golo. Esta vitória seria importante para o primeiro bicampeonato da história dos dragões, com mais dois pontos do que o Sporting.

Ao todo, nos 29 jogos frente ao Benfica, Pinga fez 13 golos.

3. Azumir Veríssimo  

Fonte: FC Porto

Trata-se do único estrangeiro neste top. O ponta de lança brasileiro veio do Vasco da Gama em 1961 e acabou por ter uma passagem bastante mais curta de três épocas pelos portistas. Todavia, ao contrário de Hernâni e de Pinga, bastaram dois encontros, no antigo Estádio da Luz, para o finalizador fazer três golos.

Na primeira época de dragão ao peito, Azumir fez o primeiro golo do clássico, mas José Águas refez a igualdade no marcador que duraria até ao fim. Nessa época de 1961/1962, o Porto acabaria por ficar a dois pontos do título nacional, conquistado pelos leões, e o brasileiro seria o Bola de Prata do Campeonato, com 23 tentos apontados.

Na segunda temporada, o avançado foi ainda mais influente no clássico da Luz, à quarta jornada. Azumir fez os dois primeiros golos do jogo, um em cada parte, e de nada valeu a finalização concretizada de Eusébio, aos 73´. No entanto, o clube das águias seria mesmo o campeão nacional, com mais seis pontos do Porto.

Ao todo, frente ao Benfica, o avançado canarinho fez seis golos em sete jogos pelos dragões.

2. Teixeira

Teixeira com a camisola do FC Porto
Fonte: FC Porto

O lisboeta até foi formado e fez a sua estreia nos seniores, pelo SL Benfica. No entanto, foi de dragão ao peito que António Teixeira atingiu o auge da carreira.

O avançado concretizou por quatro vezes, nos oito duelos, nos diferentes campos do Benfica, entre o Campo Grande 412 e o antigo Estádio da Luz. Segundo alguns blogs do Futebol Clube do Porto, o jogador é descrito como forte fisicamente e com faro para o golo, compensando alguma falta de atributos técnicos.

O primeiro golo pelo Porto ao Benfica enquanto visitante foi na segunda época de azul e branco ao peito, em 1953/1954. Teixeira já sabia o que era marcar ao Benfica, na sua curta passagem pelo Vitória Sport Clube, fez o 2-0 para os dragões, aos 67´. No entanto, os portistas acabaram por ceder o empate perto do final, no Campo Grande, na penúltima jornada do Campeonato. O título já estava matematicamente assegurado pelo Sporting.

Duas temporadas depois, o avançado portista voltaria a marcar ao Benfica, desta vez, no Estádio da Luz. Teixeira inaugurou o marcador ainda no primeiro tempo. Contudo, novamente o Benfica conseguiria chegar ao empate no segundo tempo por José Águas. Este empate na segunda volta, viria a ser importante para os portistas. O Porto chegaria mesmo a ser campeão nacional em igualdade pontual com o … Benfica.

Em 1957/1958, o avançado internacional por sete vezes pela Seleção Nacional conseguiu a única vitória da carreira no terreno encarnado. Teixeira inaugurou o marcador aos 7´, mas acabou por ficar a ver a vitória de fora do relvado. 13 minutos depois, o jogador foi expulso e não pode participar nos momentos finais que levariam ao 3-2. O bom resultado na Luz acabou por não servir ao Porto porque o clube treinado por Dorival Yustrich e mais tarde pelo também brasileiro de Otto Bumbel acabou com os mesmos pontos do que o Sporting, mas com desvantagem no confronto direto com os leões.

Não há duas sem três e o último golo de António Teixeira pelo Porto, na casa do Benfica, acabaria de forma habitual. O ponta de lança fez o 1-0 para os dragões, mas ainda na primeira parte, Salvador Martins estabeleceu o 1-1 final. O FC Porto viria a ser o campeão nacional nesta temporada, 1958/1959, em igualdade pontual com os encarnados, num campeão conhecido pelo caso Calabote.

Frente aos encarnados, Teixeira fez seis golos em 17 jogos pelos dragões.

  1. Araújo
Araújo é ainda o melhor marcador do FC Porto na Luz
Fonte: FC Porto

Um dos jogadores de maior qualidade do século XX. António Araújo impressionou de azul e branco ao peito e também na Seleção Nacional, ao marcar os dois primeiros golos na primeira vitória de Portugal à Seleção Espanhola.

Voltando aos dragões, Araújo não conseguiu conhecer a sensação de vencer, em casa do rival encarnado. Só que o avançado que jogava pelo lado direito destaca-se na lista de marcadores portistas com cinco golos em seis jogos para o campeonato nas visitas às águias.

O primeiro tento aconteceu numa derrota, em 1942/1943, que fica nos registos mais negativos da história portista. Araújo fez o segundo golo do Porto, quando o jogo estava 9-2 (!) para os encarnados. Esta seria mesmo a pior derrota dos Dragões para a competição, terminando os números em 12-2.

O melhor marcador da edição de 1943/1944 haveria também de marcar o segundo golo portista ao Benfica, no Campo Grande 612. Porém, esta partida acabaria com goleada encarnada por 6-3. Na temporada seguinte, Araújo faz mesmo um bis, no terreno das águias, só que o resultado é ainda mais pesado: 7-2.

O atacante que nunca chegou a ser campeão nacional faria o último golo no reduto encarnado em 1947/1948. Araújo fez o golo que ainda deu esperanças aos dragões com o 2-1, mas o resultado final seria 4-1.

Ao Benfica, António Araújo fez oito golos em 14 encontros disputados.

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