A entrevista de Pinto da Costa no seu 83.º aniversário

    No seu 83º aniversário (a 28 de dezembro), Jorge Nuno Pinto da Costa concedeu uma entrevista ao jornal O JOGO. Ainda que tenha sido uma conversa algo curta, Pinto da Costa, no seu estilo de sempre, deixou promessas em relação ao plantel e lançou ainda fortes críticas ao executivo de António Costa.

    Num aniversário especial, com a conquista da Supertaça dias antes, Pinto da Costa aproveitou para realçar o papel de Sérgio Conceição e também do plantel, destacando estes por, mesmo após tantos jogos, conseguirem “jogar assim e mostrar que sentem a camisola”. Naquele que foi o seu 63.º troféu, e o primeiro desde a morte de Reinaldo Teles, o presidente não esqueceu o mítico dirigente e seu próximo amigo: “E festejei-a também com Reinaldo Teles, que estava ali ao meu lado”.

    Aproveitou também para mandar uma farpa para a comunicação social, que “coloca os nossos rivais sempre como uma equipa imbatível e nos apresenta como acompanhantes da festa dos outros”. Mas, apesar disso, espera que a época acabe, como “muitas vezes”, com o FC Porto a festejar.

    Em relação às outras equipas a disputar o campeonato, Pinto da Costa confessa não ver as suas partidas sem ser contra os dragões, acrescentando que “pelo que tenho visto e pelos resultados, penso que sim, que somos a melhor equipa”.

    O outro grande tema a ser falado nesta entrevista foi, como não poderia deixar de ser, a pandemia. Pinto da Costa lançou palavras muito fortes em relação à falta de público nos estádios, apelidando a decisão de “lamentável, incompreensível e estúpido”. Como já havia afirmado no passado, o presidente reiterou que se há público nas “touradas, congressos, festas políticas e espetáculos”, com alguns em espaços fechados, não faz sentido não haver nos jogos de futebol ao ar livre.

    Acusou ainda o Governo de não considerar “importante o que vários clubes fazem por Portugal com as suas vitórias internacionais”. Para além de não permitir público nos estádios, o executivo não se apresentou, como é costume, na Supertaça do passado dia 23. António Costa estava em isolamento, mas o presidente do FC Porto não viu razão nenhuma para justificar a ausência do “Sr. ministro da tutela e o Sr. secretário de Estado do Desporto”.

    As consequências deste fecho contínuo do público nos palcos do futebol podem ser fatais, segundo Pinto da Costa. Ao FC Porto, para já, causou um prejuízo de 29 milhões de euros, mas o presidente fala de um outro problema menos palpável: o afastamento dos mais novos da modalidade. “Está a afastar os jovens do futebol, como adeptos e praticantes”.

    Ainda assim, mesmo com as quebras de receitas sentidas nesta época, Pinto da Costa assegura uma coisa: “Dos jogadores que formam o núcleo base da equipa, posso afirmar que não sairá ninguém em janeiro”. Em termos de chegadas, também não prevê nenhuma novidade, por acreditar que o plantel atual dá todas as garantias necessárias ao clube.

    O FC Porto aproveitou ainda o aniversário da sua maior lenda para realizar a cerimónia de entrega da Supertaça ao Museu do clube.

    Artigo revisto por Mariana Plácido

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    Alexandre Matos
    Alexandre Matoshttp://www.bolanarede.pt
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