Adeus, Marchesín! As tuas defesas não serão esquecidas

    No momento deste artigo, Agústin Marchesín já se despediu dos companheiros do FC Porto e equipa técnica e juntou-se ao RC Celta de Vigo.

    O argentino chegou ao dragão na época 2019/2020 para substituir Iker Casillas, que teve forçosamente de abandonar a carreira de jogador, devido a um problema de saúde.

    Na altura estranhou-se, um guarda-redes que não era conhecido, fez a carreira praticamente toda na Argentina e no México, chegava a Portugal com 30 anos. Todos estes fatores contribuíam para aumentar a desconfiança com o jogador.

    Mas essa desconfiança seria rapidamente dissipada, com grandes exibições, excelentes defesas e uma segurança na baliza que fazia lembrar o histórico guarda-redes espanhol, que veio substituir.

    Marchesín
    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Marchesín foi ainda um dos protagonistas daquele infeliz episódio onde jogadores sul-americanos do FC Porto foram “apanhados” a sair à noite. Desde então descrevo-o numa palavra. Profissional. Esse episódio não mancha a sua passagem por cá, nem nada que se pareça.

    Nas três épocas que defendeu as cores azuis e brancas, o guarda-redes argentino venceu dois campeonatos, duas Taças de Portugal e duas Supertaças.

    Mais do que os títulos ficam as exibições de encher o olho contra os principais adversários dos portistas no campeonato português, o Sporting CP e o SL Benfica, e, mais recentemente, o épico jogo frente à Juventus FC na Liga dos Campeões. As suas paradas valeram ao FC Porto mais uma página dourada no futebol europeu e a passagem aos quartos de final da competição.

    Na última época. Marchesín viu o estatuto de titular ser-lhe merecidamente “tirado” por Diogo Costa. O jovem português teve uma ascensão estratosférica e era um crime ficar no banco.

    A qualidade de guarda-redes que o FC Porto tem no seu plantel faz com que seja um crime qualquer um deles ficar no banco. Apesar de ser relegado para o banco de suplentes, Marchesín foi profissional, demonstrando empenho nos treinos.

    As oportunidades surgiram nas taças, onde as defendeu como se do campeonato ou Champions se tratassem. Logrou duas, Taça de Portugal e agora, no seu último jogo de dragão ao peito, a Supertaça.

    O seu último jogo foi, de resto, emotivo para o jogador. No final da partida foi bastante percetível que seria o adeus de Marchesín ao clube.

    A forma como foi cumprimentado pelos jogadores, staff, treinador, e a forma como lhe entregaram a taça era uma forma digna de o fazer sair pela porta grande. Como só podia ser assim.

    Adeus, Marche! As tuas defesas não serão esquecidas. Apesar do pouco tempo que aqui estiveste, considero-te dos meus, como Casillas, Helton, Baía. Deste o corpo às bolas e seguraste a baliza do dragão com unhas e dentes.

     

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    Francisco Macedo Amaral
    Francisco Macedo Amaralhttp://www.bolanarede.pt
    O Francisco é recém licenciado em Jornalismo e Comunicação e tem a paixão do jornalismo desportivo. Fim de semana perfeito é estar no sofá a ver tardadas de futebol. Gosta ainda de jogar e ver cinema.