CONTRARIAR FANTASMAS DO PASSADO
Depois da vitória em Alvalade, no último jogo, frente ao Sporting CP, o FC Porto chega à 16.ª jornada motivado e com vontade de prolongar a fase vitoriosa, mas a jogar em Moreira de Cónegos adivinha-se um jogo difícil.
Os dragões chegam a esta partida a quatro pontos do líder SL Benfica – até pode ser a sete, caso os encarnados vençam o jogo frente ao CD Aves -, e perder pontos pode custar caro e até mesmo entregar de bandeja o campeonato ao rival, ainda que estejam muitos pontos em jogo.
Em Moreira de Cónegos, a equipa de Sérgio Conceição tem tido algumas dificuldades, e já não vence há quatro temporadas. Mas o que é certo é que em Alvalade também não vencia há onze anos e Conceição quebrou o enguiço. Pode esta ser a época em que o treinador portista afaste os fantasmas do passado.
Do outro lado, vai estar uma equipa que começou bem a temporada, mas que tem desiludido em algumas partidas. Ainda assim, em casa, tem sido maioritariamente superior aos rivais. Um jogo que vai dar muito que falar e que pode ser preponderante nas contas do título, tal como foi na temporada passada.
TEREMOS AMBAS AS EQUIPAS A MARCAR?
Num terreno complicado, o jogo pode ser surpreendente, mas a probabilidade de as duas equipas marcarem é elevada. Se o FC Porto entrar a ganhar, é provável que o Moreirense FC saiba como responder. Caso sejam os homens da casa a abrir o marcador, dificilmente os portistas acabarão o jogo sem resposta.
COMO JOGARÁ O MOREIRENSE FC?
O Moreirense FC chega a esta partida em 14.º lugar e vem de uma derrota no reduto do FC Paços de Ferreira. Regressar a casa é sinónimo de querer regressar aos triunfos e, por isso mesmo, a equipa de Ricardo Soares vai entrar em campo com toda a força. Ainda assim, entrará desfraldada, com dois elementos preponderantes de fora: Steven Vitória e Luther Singh. Os dois jogadores padecem de problemas físicos, embora o defesa ainda esteja em dúvida. Com esta contrapartida, o treinador tem de ajustar a equipa, tal como fez diante do Paços de Ferreira e é nesse sentido que deverá manter o onze utilizado nessa partida.
O treinador deve optar pelo habitual 4-3-3. Mateus Pasinato mantém-se na baliza, com João Aurélio, Rosic, Iago e Djavan na frente ofensiva. No meio-campo, o treinador vai apostar em Fábio Pacheco, Pedro Nuno e Filipe Soares. E na frente do terreno o tridente Bilel, Fábio Abreu e Luís Machado serão os escolhidos.
JOGADOR A TER EM CONTA
Pedro Nuno – O médio de 24 anos tem sido uma das figuras do Moreirense FC, ao ocupar bem os espaços e a espalhar qualidade, com um passe certeiro que tem feito mossa aos adversários. Esta temporada, Pedro Nuno já realizou 16 jogos e já marcou três golos e é um jogador que pode ser uma dor de cabeça para os portistas.
XI PROVÁVEL
4-3-3: Mateus Pasinato; João Aurélio, Lazar Rosic, Iago Santos, Djavan, Fábio Pacheco, Pedro Nuno, Filipe Soares, Bilel Aouacheria, Fábio Abreu e Luís Machado.
COMO JOGARÁ O FC PORTO?
O FC Porto não pode tirar o pé do acelerador e, por isso mesmo, o treinador Sérgio Conceição vai manter a aposta no 4-4-2 habitual, que tem surtido efeito. Na baliza, Marchesín continua a ocupar o lugar que já conquistou. E na defesa, Corona e Alex Telles mantém-se, mas depois há duas mexidas forçadas. Com a lesão de Pepe e o castigo de Marcano, o treinador portista vai optar por colocar Diogo Leite e Mbemba na defesa.
No meio-campo, Uribe e Danilo ocupam o centro do terreno, já Otávio e Nakajima, mais objetivos, preenchem as alas, com Soares e Marega na zona dianteira. Uma dupla que fez estragos no último jogo e que tem mostrado um bom entrosamento.
O treinador não quer perder pontos e vai apostar na equipa que considerar mais competente para o jogo.
JOGADOR A TER EM CONTA
Nakajima – O japonês demorou a corresponder às expectativas, mas ultimamente tem estado à altura. É muito rápido e oportuno, sozinho consegue fazer a diferença. Apesar da sua estatura, tem conseguido chegar com facilidade à zona dianteira e com muito perigo.
XI PROVÁVEL
4-4-2: Marchesín, Alex Telles, Diogo Leite, Mbemba, Corona; Danilo, Uribe, Nakajima e Otávio; Soares e Marega.
Artigo revisto por Inês Vieira Brandão