AS Roma 0-3 FC Porto: Lição de cinismo

    Costuma dizer-se, na gíria futebolística, que as equipas italianas são, por norma, cínicas e traiçoeiras. Na noite desta terça-feira, em Roma, se algum cinismo houve foi da parte do FC Porto que, após chegar à vantagem cedo no jogo, soube sofrer e explorar os momentos. É inegável que as vicissitudes que a Roma teve de enfrentar durante o jogo – duas expulsões – tiveram algum peso no resultado, mas a chave da passagem à fase de grupos esteve na coesão tática e na maturidade revelada pelos comandados de Nuno Espírito Santo. Três golos sem resposta e Roma aos pés do Dragão.

    Apostando no onze mais típico neste início de temporada, com Corona, Otávio e André Silva a formarem o trio atacante, o técnico português pôs em prática o que havia prometido na conferência de imprensa de antevisão ao jogo: o FC Porto entrou forte e foi dono e senhor dos espaços no miolo do terreno. Tal como verificado em jogos anteriores, Herrera assumiu-se, à partida, como o médio mais avançado do triângulo e revelou-se preponderante no posicionamento tático da equipa, nomeadamente na pressão alta que os azuis e brancos procuraram implementar desde cedo.

    A primeira oportunidade, no entanto, pertenceu à formação romana e saiu dos pés de Naingolan, que obrigou Casillas a uma excelente intervenção logo aos dois minutos. Mas a noite era do FC Porto e a resposta não tardou. Aos oito minutos, Felipe correspondeu da melhor forma a um livre de Otávio e, nas costas da defesa, colocou os azuis e brancos em vantagem pela primeira vez nesta eliminatória.

    A jogar em casa e obrigada a correr atrás do prejuízo, a Roma galvanizou-se e foi aproveitando a pouca iniciativa do FC Porto para sufocar os azuis e brancos. Aos 37 minutos, a formação italiana podia mesmo ter chegado ao empate, mas Salah não conseguiu bater Iker Casillas.

    No momento em que a Roma conseguia efetivizar a sua superioridade no jogo, as circunstância mudaram por completo: Daniele De Rossi, experiente capitão dos italianos, foi expulso por entrada duríssima sobre Maxi Pereira, aos 39 minutos. O lateral uruguaio da formação portuguesa acabou mesmo por ser substituído aos 44 minutos por lesão.

    Após tantos sobressaltos, o espetáculo caiu e os adeptos imploravam pelo intervalo. Antes, aos 45 minutos, uma oprtunidade para cada lado. Primeiro, Felipe com um corte soberbo roubou o empate a Edin Dzeko. O central brasileiro foi o melhor em campo e assinou a melhor exibição de dragão ao peito. No contra ataque, o FC Porto esteve a centimetros do segundo. Otávio temporizou e serviu Herrera à entrada da área, mas o mexicano colocou demasiado a bola e enviou para fora.

    Sem novas oportunidades, o árbitro enviou ambas as equipas para o balneário.

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