Invicta será sempre Invicta enquanto não houver capacidade para vencer | Boavista FC 1-1 FC Porto

    Olhando à intensidade e à polémica, não sobejam dúvidas: foi dérbi! Olhando à qualidade de parte a parte, ficam muitas dúvidas de que tenha sequer sido um jogo entre clubes da Primeira Liga. Apesar do excelente jogo de Pepê, um oásis no deserto de ideias de Boavista FC e FC Porto, e de alguns bons pormenores de Tiago Morais, jogou-se pouco à bola.

    Os dois golos em cinco minutos (23´ e 28´) ainda fizeram sonhar com uma hora de jogo agradável, mas não foi isso que sucedeu. O pedido endereçado pelos adeptos portistas para que a sua equipa “jogue à bola” são sintoma disso mesmo. A panóplia de bolas perdidas e passes mal executados (alguns de risco quase nulo) nunca permitiu que a partida fosse fluida e agradável à vista. A bem da verdade, a condução do jogo pela equipa de arbitragem também não o permitiu, com Manuel Oliveira a complicar demasiadas vezes o mais simples, à boa maneira portuguesa.

    Não foi por isso que as equipas deixaram dois pontos no relvado do Bessa. Simplesmente, nenhuma fez pelo contrário. Não em termos competitivos – vontade houve de sobra -, mas em termos qualitativos. Ainda assim, soube a mais e a melhor o ponto conquistado ao Boavista do que ao FC Porto, que acentuam na entrada de 2024 os maus sinais dados no final de 2023.

    A convulsão dentro do grupo de trabalho aliada à convulsão dos resultados e à convulsão do mercado vai ser determinante para os azuis-e-brancos: cedendo perante ela, a segunda metade da época será penosa; ultrapassando-a, pode o FC Porto conseguir o tónico que tanto necessita para dar a volta por cima. Não será, no entanto, e de todo, a jogar assim: sem ideias, sem fio, a defender mal bolas paradas (que não tem sido norma com Sérgio Conceição), a pecar na finalização e a depender dos rasgos de Pepê.

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    Boavista FC

    BnR: Quando fez a primeira substituição, a entrada de Luís dos Santos, trocou Tiago Morais para o lado direito. Foi apenas consequência da entrada do Luís ou era algo relacionado com o Tiago?

    Ricardo Paiva: “Temos trabalhado dessa forma e em função do que o jogo pedia naquele período decidi fazer esta permuta. Foi só isso, nada de substancial”.

    Outras declarações:

    “É um ponto muito importante para a equipa”.

    “A equipa conseguiu interpretar a estratégia delineada para o jogo”.

    “Na segunda parte, soubemos sofrer”.

    “Estou muito feliz por me ter estreado em casa contra um grande e com um desfecho muito positivo”.

    “A equipa foi unida, uma verdadeira equipa e respondeu a este momento de uma forma extremamente profissional”.

    “Vou manter as questões de arbitragem de parte”.

    “Os adeptos foram incansáveis durante os 90 minutos”.

    FC Porto

    Não foi possível ao BnR colocar questões ao treinador do FC Porto, Sérgio Conceição.

    Declarações de Sérgio Conceição:

    “Foi um jogo típico do campeonato português, com uma equipa a tentar fazer golo e a outra a defender”.

    “Faltou o golo”.

    “No golo sofrido, falhou o treinador”.

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    Márcio Francisco Paiva
    Márcio Francisco Paivahttp://www.bolanarede.pt
    O desporto bem praticado fascina-o, o jornalismo bem feito extasia-o. É apaixonado (ou doente, se quiserem, é quase igual – um apaixonado apenas comete mais loucuras) pelo SL Benfica e por tudo o que envolve o clube: modalidades, futebol de formação, futebol sénior. Por ser fascinado por desporto bem praticado, segue com especial atenção a NBA, a Premier League, os majors de Snooker, os Grand Slams de ténis, o campeonato espanhol de futsal e diversas competições europeias e mundiais de futebol e futsal. Quando está aborrecido, vê qualquer desporto. Quando está mesmo, mesmo aborrecido, pratica desporto. Sozinho. E perde.