SC Braga 1-0 FC Porto: A “estrelinha” de Amorim continua viva

    A CRÓNICA: NA HORA H(ORTA)

    FC Porto e SC Braga encontraram-se no Municipal de Braga para disputar o derradeiro jogo desta edição da Taça da Liga, depois do seu encontro nesta mesma fase da competição em 2012/13, em que a vitória sorriu ao SC Braga. Hoje, enquanto minhotos procuravam o segundo triunfo na competição, os portistas procuravam conquistar, pela primeira vez, este troféu. O primeiro tempo foi de grande emoção, com oportunidades para ambos os lados. Primeiro foi o SC Braga a criar perigo. Ricardo Horta, a partir da direita, rematou à trave de Diogo Costa, que parecia batido caso a bola fosse para dentro da baliza. Como resposta, primeiro foi Luis Díaz a rematar com perigo, com a bola a rasar o poste da baliza, e depois numa perdida inacreditável, Corona rematou contra Matheus e Soares, na recarga, acertou na trave da baliza minhota. Seguiu, então, tudo a zeros para os balneários do Municipal de Braga. A segunda parte foi de grande rigor defensivo de ambas as equipas, com o golo que resolveu a final. Com os pensamentos de todos os presentes no Municipal de Braga a apontarem para as grandes penalidades, Ricardo Horta, após um remate de Fransérgio travado pela defensiva portista, apareceu na cara de Diogo Costa e não perdoou. Estava resolvida a final e o SC Braga é o campeão de inverno da época 2019/2020. Pelo que ambas as equipas fizeram em campo, as grandes penalidades seriam o desfecho mais justo para esta final.

    A FIGURA

    Fonte: SC Braga

    João Palhinha – Exibição irrepreensível do médio do SC Braga. Perfeito na leitura de jogo e no posicionamento, foi o complemento ideal para Fransérgio no meio-campo minhoto. A evolução do jovem médio continua a ser uma das boas notícias no SC Braga, versão 2019/2020. E anda o Sporting CP à procura de um médio com características idênticas às do camisola “60” do SC Braga…

    O FORA DE JOGO

    Fonte: SC Braga

    Galeno – Inconsequente do ponto de vista ofensivo, perdeu praticamente todos os duelos de 1×1. Não deu profundidade suficiente ao jogo do SC Braga e foi incapaz de colocar dificuldades a Jesús Corona, do lado direito da defesa azul e branca. Pode ter perdido de vez o comboio da titularidade para o jovem Trincão.

    ANÁLISE TÁTICA – SC BRAGA

    Rúben Amorim voltou a apostar no habitual esquema de 3-4-3, procurando sair rapidamente em transição, tanto por intermédio dos laterais Esgaio e Sequeira, como pela procura do jogo interior através de jogo mais direto. Esta aposta foi a forma que o técnico dos minhotos encontrou para contornar os momentos de maior pressão por parte do conjunto azul e branco. Em vários momentos da partida, a limitação técnica dos defesas bracarenses limitou a equipa do SC Braga na primeira fase de construção, sendo Raúl Silva o elemento mais esclarecido neste processo. Quanto à mobilidade na frente de ataque, Ricardo Horta foi o homem-chave na busca pelos espaços na defensiva dos dragões, ao contrário de Galeno que foi sempre presa-fácil para o “lateral-cada-vez-menos-adaptado”, Jesús Corona. Nota ainda para o entendimento praticamente perfeito entre Palhinha e Fransérgio, que foram extremamente eficazes no equilíbrio e organização de todo o jogo bracarense.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Matheus (6)

    Tormena (6)

    Bruno Viana (6)

    Raúl Silva (7)

    Ricardo Esgaio (6)

    Sequeira (6)

    Fransérgio (7)

    João Palhinha (7)

    Ricardo Horta (7)

    Galeno (6)

    Paulinho (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Francisco Trincão (5)

    Wallace (6)

    Rui Fonte (-)

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

    O FC Porto adotou uma pressão alta sobre os três defesas centrais bracarenses, de modo a que estes não esticassem jogo nos alas. Sérgio Oliveira subiu, ao lado dos dois pontas de lança, Marega e Soares, para fazer essa mesma pressão. Quando a primeira fase de pressão não resultou, Sérgio baixou e o FC Porto adotou um 4-5-1 defensivo, com Soares à frente. Em termos ofensivos, os portistas deram preferência ao jogo em profundidade, com Marega a ser o principal alvo desta estratégia. O jogador-chave nesta fase ofensiva dos dragões foi Otávio, que apareceu prontamente para disputar a segunda bola e, a partir desse momento, permitiu ao FC Porto construir em posse, no meio-campo ofensivo.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Diogo Costa (5)

    Tecatito Corona (6)

    Iván Marcano (6)

    Mbemba (6)

    Alex Telles (6)

    Otávio (7)

    Sérgio Oliveira (6)

    Danilo Pereira (6)

    Luis Díaz (6)

    Moussa Marega (6)

    Tiquinho Soares (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Romário Baró (6)

    Matheus Uribe (5)

    Wilson Manafá (-)

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    SC BRAGA

    Bola na Rede: Com toda a qualidade evidenciada pela sua equipa nestes primeiros jogos, acredita que se tivesse começado a época, o SC Braga estaria a lutar pelo título?

    Rúben Amorim: Não faço as coisas assim. Uma jogada pode mudar completamente o campeonato e tornar tudo mais difícil. Lembro-me de que ganhámos um jogo no Jamor, frente ao Belenenses por 7-1, e com o CD Tondela estávamos empatados ao intervalo, tivemos dificuldades e até ouvimos assobios. Eu tenho plena noção de que isto muda de um momento para o outro. Portanto, era injusto dizer isso. Seria mau para mim. Nós não controlamos estas coisas. O importante é manter esta dinâmica e esperar que tudo corra bem.

    FC PORTO

    Sérgio Conceição não compareceu na sala de Conferência de Imprensa.

    Rescaldo com opinião de Pedro Pinto Diniz e Mário Cagica Oliveira

    Foto de Capa: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Artigo revisto por Joana Mendes

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