O FC Porto visita hoje o Vitória de Guimarães, para a Taça de Portugal, depois de mais uma semana de Liga dos Campeões em que os azuis e brancos voltaram a não obter o resultado mais positivo. Ainda assim, o Porto continua na frente do principal escalão do futebol português e necessita de um bom resultado na Taça de Portugal, no Estádio D. Afonso Henriques, para uma motivação extra do plantel.
Para a quarta eliminatória, o FC Porto tem quatro novidades na sua convocatória: Carlos Eduardo, Bolat, Herrera e Kelvin deixam de fora figuras como Helton e Licá, contrariamente ao sucedido no jogo com o Zenit na passada quarta-feira. Apesar de saber que é uma necessidade poupar jogadores, espero que o tiro não lhe saia pela culatra. Infelizmente, Quintero continua em treino condicionado. Penso que este jogo seria óptimo para dar mais uma oportunidade ao que considero, pessoalmente, uma grande jovem promessa do futebol.
Segundo dados estatísticos, o desaire do Porto contra o Atlético de Madrid marcou a mudança de um Porto forte e coeso para um Porto, no mínimo, diferente, que sofre mais do dobro dos golos que sofria e consequentemente não ganha metade dos jogos. Acho que este é um factor de preocupação porque este andar na corda bamba poderá levar os azuis e brancos a quebrar como já não acontece há alguns anos. Espero que não seja o caso, mas Paulo Fonseca, se de facto é bom no que faz (começo a ter as minhas dúvidas), necessita de dar uma volta à mentalidade da equipa e à maneira como esta joga. O Porto, muitas vezes, não joga mal mas não executa rápido, não marca, e outras vezes quebra a meio do jogo embora lá tenha a sorte de conseguir marcar o golo que faz a diferença. Estas oscilações são preocupantes. As esporádicas más e/ou fracas exibições são naturais, porém não devem ser uma constante num clube campeão português e com esperança de ir longe nas competições europeias.
Como tenho vindo a dizer em crónicas anteriores, é necessário que a chama portista se eleve mais forte e que não se apague tão rapidamente como se tem apagado durante grande parte das suas exibições nesta época 2013/14. O Porto tem tudo para ter mais um ano de sucesso, mas para isso precisa de acordar e reflectir sobre as questões técnicas e tácticas das exibições passadas. Paulo Fonseca, ao que parece, tem vindo a falhar, pois tanto Defour como Herrera não cumprem, neste momento, e na minha opinião, as necessidades portistas no meio-campo. Têm falhado passes básicos, não conseguindo levar a bola até Jackson e não tendo a melhor das visões de jogo, levando, assim, a um futebol mais lento, inclusive nas transições defesa-ataque, que poderão marcar a diferença em jogos importantes.
Em suma, a equipa portista está bastante mais lenta, não usufruindo de um médio centro rápido em decisões nem de alas explosivos, algo que também tem vindo a ser contestado. As trocas constantes entre Varela/Licá e Herrera/Defour no onze inicial poderão não ser as melhores decisões de Paulo Fonseca, visto que rodar jogadores jogo sim, jogo não poderá levar a uma falta de rotina de ambos os jogadores, bem como à falta de entrosamento táctico entre estes e o restante plantel – são jogadores diferentes e com estilos de jogo distintos. Para uma coesão forte da equipa, é necessário que os jogadores se conheçam dentro de campo e que o mesmo onze jogue regularmente. De outro modo, estas substituições poderão resultar numa equipa fraca e partida. O que me parece é que, após este tempo todo, Paulo Fonseca ainda não conseguiu concluir qual é a melhor escolha para o seu onze, algo que, na minha opinião, é absolutamente ridículo.