A CRÓNICA: Homem golo? O Porto tem.
O Estádio de S. Miguel abriu portas neste domingo de sol, para mais um espetáculo de futebol, entre CD Santa Clara e FC Porto.
Um jogo difícil para a equipa da casa que se encontra em último lugar na tabela classificativa, e irá defrontar o primeiro classificado. Apesar da motivação extra depois do sucesso dos Açorianos na última partida entre as duas equipas, para a Taça da Liga, tudo está em aberto para o jogo de hoje.
Começava a primeira parte e o FC Porto entrava já a tentar marcar posição nos momentos iniciais da partida. Esse destaque obrigava a equipa da casa a recuar. A primeira tentativa de golo da parte da equipa do Norte, viria através de Luis Díaz que, depois de passe de Taremi, fica num 1×1 com Ricardo Ferreira, aproveita a oportunidade, remata mas a bola acabaria por sair ao lado e árbitro marcaria o fora de jogo.
Apesar das poucas oportunidades de chegar à baliza de Diogo Costa, Lincoln, aos 17 minutos tenta a sua sorte mas a bola acabaria por ir direta para as mãos do guardião azul e branco.
O Porto acabaria por se destacar nesta primeira parte, por conseguir chegar mais facilmente à baliza dos bravos mas sem grande finalização. Estes ainda tentam sair a jogar mas há sempre alguém que intercede.
Depois de várias tentativas, seria aos 41 minutos que o Porto seria Feliz. Numa receção de costas de Lincoln, Sérgio Oliveira aproveita para roubar a bola, aponta e atira para as redes de Ricardo que ainda vai ao chão para defender mas é impossível. Estava então inaugurado o marcador. A equipa da casa ainda tenta reagir antes do intervalo mas não seria suficiente.
A segunda parte acabava de começar e já o FC Porto mostrava-se revitalizado do intervalo. Num lance que começa a meio campo, Otávio passa para Luis Diaz que, de cabeça, faz o segundo golo da partida.
Mais tarde, aos 52 minutos, Pepe tenta a sua sorte mas o atento Ricardo Ferreira faz uma defessa irrepreensível desviando a bola para longe da baliza.
Após o segundo golo, a intensidade de jogo acalmava. Apesar disso, os dragões continuavam superiores na partida, com maior posse e a conseguir sair com maior facilidade. Essa superioridade viria a se destacar quando Taremi recebe a bola e atira para Luis Diaz que bisa de forma fácil, fazendo o 3-0.
À medida que o jogo se aproximava do fim, os azuis e brancos continuavam a tentar pressionar e a acertar no alvo mas o apito final veio e a partida terminou.
Foi uma exibição muito à quem para a equipa açoriana que havia derrotado o Porto semanas antes. Por outro lado, o Porto deu uma excelente resposta depois desse mesmo jogo e mostrou que o primeiro lugar na tabela é o lugar para eles.
A FIGURA

Luis Díaz – Foi um autêntico dínamo na frente de ataque dos dragões. Imprimiu velocidade, bisou na partida. Desconcertante, irreverente e cada vez mais letal no momento da decisão, o colombiano assoma como figura maior deste campeonato.
O FORA DE JOGO

Allano – O ala brasileiro teve um dia para esquecer. Pouco interventivo no ataque, acabaria por ser expulso numa altura prematura da partida, agravando uma tarefa que ja se antevia difícil para a equipa açoriano.
ANÁLISE TÁTICA – CD SANTA CLARA
O Santa Clara alinhou-se com o esquema tático de 4-2-1-3. Fiel ao seu esquema de jogo, Nuno Campos mexeu em algumas pedras da equipa. Na baliza, por lesão, Marco foi arredado das opções, sendo substituído por Ricardo Fernandes.
À frente deste, uma linha defensiva composta por quatro homens. Sagna, a substituir Rafael Ramos, jogou na lateral direita. No lado esquerdo, Mansur continua a ser dono e senhor daquela posição. No eixo central, João Afonso e Cristian Gonzalez mantiveram-se no onze.
No miolo do terreno, o técnico operou outra substituição. Nené jogou como homem mais recuado daquela zona nevrálgica do terreno, em substituição de Anderson Carvalho. Morita, internacional nipónico, acompanhou o açoriano no centro, deambulando entre posições mais recuadas e adiantadas.
Lincoln, o organizador de jogo, fixou-se mais à frente, juntando-se aos homens da frente no momento do pressing defensivo. Na frente, Ricardinho manteve a titularidade e procurou dar critério com bola. Allano, no lado direito do ataque, foi encarregue de trazer mais verticalidade ao jogo. O homem mais adiantado foi Rui Costa, substituindo Jean Patric no onze.
ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES
Ricardo Fernandes (4)
Mansur (6)
Tassano (5)
João Afonso (4)
Pierre Sagna (4)
Lincoln (4)
Nené (2)
Morita (4)
Ricardinho (6)
Rui Costa (5)
Allano (2)
SUBS UTILIZADOS
Jean Patric (4)
Rafael Ramos (3)
Julio Romão (3)
Luis Phellype (3)
Anderson Carvalho (3)
ANÁLISE TÁTICA – FC Porto
O Porto alinhou-se no esquema tático 4-4-2. Também Sérgio manteve a sua aposta no seu esquema de jogo. Nos flancos defensivos, Zaidu pela esquerda e João Mario na direita imprimiram velocidade e verticalidade ao jogo. Pepe é Mbemba ocuparam as posições mais centrais da defensiva azul e branca.
Sérgio Oliveira e Grujic, homem que já havia estado em destaque em Milão, ocuparam o miolo do terreno. Otávio, jogou como falso ala, ocupando posições interiores, conferindo supremacia no coração do jogo: o meio campo. Do outro lado, Luiz Diaz, irreverente e a procurar trazer maior profundidade ao jogo dos dragões que na frente voltaram a alinhar Evanilson e Taremi
ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES
Diogo Costa (6)
João Mário (5)
Pepe (5)
Mbemba (4)
Zaidu (4)
Otávio (5)
Marko Grujic (5)
Sérgio Oliveira (6)
Luis Diaz (7)
Evanilson (6)
Mehdi Taremi (5)
SUBS UTILIZADOS
Vitinha (4)
Francisco Conceição (3)
Bruno Costa (2)
Fábio Vieira (2)
Pêpê (3)
BnR na CONFERÊNCIA
CD SANTA CLARA
BnR: O golo a abrir a segunda parte, deitou por terra a estratégia que trazia após o descanso?
Nuno Campos: Quando vamos para intervalo temos uma ideia para a nossa equipa, que vamos dar a volta. É natural que a equipa vai abaixo e é decisivo para o jogo.
FC Porto
BnR: Na primeira parte, viu-se um Santa Clara a jogar em bloco medio-alto. Ainda assim o Porto explorou pouco a profundidade e os espaços concedidos pelos açorianos. A que é que se deveu?
Sérgio Conceição: Fomos explorando. Era uma das nossas possibilidades, saber usar bem a largura. Sabíamos que com este adversário ia ser necessário ver e analisar isso. Acabamos por não explorar de forma previsível e penso que conseguimos um resultado.