Depois de um primeiro teste onde já se viu um FC Porto com ideias de jogo e com boas impressões, apesar de o resultado não ter sido o mais favorável, neste jogo os azuis e brancos teriam de conseguir transformar os bons momentos em resultados porque, e apesar de estarmos na pré-época, cimentar rotinas em cima de vitórias é mais vantajoso do que em cima de resultados menos positivos.
O FC Porto entrou em campo com um sistema de 4-4-2 apresentando, como titulares Casillas; Ricardo, Felipe, Marcano, Alex Telles, Oliver, André André, Otávio, Hernâni; Aboubakar e Soares. Três reforços no XI titular e uma variância tática, jogando com dois avançados.
Acabou com Vaná, Layun, Jorge Fernandes, Martins Indi, Rafa Soares; Mikel, Sérgio Oliveira, João Carlos Teixeira; Brahimi, Corona e Galeno.
O FC Porto a entrar bem com o camaronês Aboubakar a aproveitar um bom momento de pressão coletiva para finalizar da melhor forma, aos 2 minutos de jogo.
O FC Porto quer implementar um bloco compacto, mas muito subido que vai envolver uma boa forma física e muita disponibilidade coletiva e que, neste encontro, causou muitas dificuldades à equipa de Guadalajara.
Os dragões com várias trocas posicionais, sempre à procura dos equilíbrios, mas com todos os jogadores a demonstrar que estão a assimilar os processos e que sabem o que fazer em cada momento do jogo.
Sérgio Conceição também a colocar Ricardo Pereira a médio direito após entrada de Maxi Pereira, mostrando a polivalência e qualidade deste jovem português.
Aos 38’, uma bela jogada coletiva com um lance ao primeiro toque e à base de “tabelinhas”, a ser cabeceado por Otávio após cruzamento de Herrera. Excelente primeira parte dos dragões.
Algo a evitar será o lance do golo dos mexicanos, onde a equipa virou as costas ao lance numa bola parada e onde o Chivas aproveitou a sua única jogada de perigo.
O segundo golo a nascer de um cruzamento rasteiro e um desvio de calcanhar para o segundo poste onde Fierro finaliza por baixo das pernas de Vaná. Um jogo totalmente diferente na segunda parte, com menor qualidade e onde as alterações se fizeram sentir tendo os dragões piorado. De qualquer das formas, fica uma excelente primeira parte dos dragões, onde dominaram a partida por completo e onde os princípios de pressão coletiva, ocupação de espaços, versatilidade e mobilidade estiveram bem presentes.
Como jogaram os reforços:
Ricardo Pereira: Não sabe jogar mal. Sempre muito disponível no ataque, fruto da sua velocidade e capacidade de entendimento com os colegas, e também a defender, sempre com boa capacidade de desarme e de leitura de jogo.
Hernâni: Jogo esforçado, mas sem conseguir dar ao jogo a sua velocidade e capacidade de 1×1. Está em fase de entrosamento com os novos colegas e, vindo de uma lesão, à procura de melhores índices físicos.
Aboubakar: Entrou a marcar, fruto da pressão alta do FC Porto, numa boa finalização. Sempre disponível para os seus colegas, a jogar bem de costas para a baliza, tendo de melhorar a capacidade de passe que ainda peca bastante.
Sérgio Oliveira: À semelhança do jogo contra o Cruz Azul, a entrar muito bem, com critério no passe e boa capacidade de desarme. Tem uma palavra a dizer no meio-campo portista a continuar com estas exibições.
Martins Indi: Exibição segura, sem comprometer por parte do defesa holandês, jogando simples e objetivo.
Galeno: Mais uma exibição em que não conseguiu entrar bem no jogo, estando sempre muito afastado da bola e a ser mal servido, fruto das várias alterações operadas pelo treinador.
Mikel: A fazer o que lhe competia numa fase onde o jogo se encontrava mais partido, dando consistência no meio-campo, fechando os espaços e a ser o primeiro elemento de condução.
Rafa: A ser ultrapassado no lance do segundo golo, não teve uma entrada feliz em campo, sentindo dificuldades em entrar no ritmo do jogo.
Vaná: Estreia com a camisola do FC Porto onde teve a infelicidade de sofrer um golo no primeiro remate concedido.
Foto de Capa: FC Porto
Artigo revisto por: Beatriz Silva