Não nos podemos esquecer, contudo, da vantagem psicológica que a utilização do lateral uruguaio (nos) poderá trazer, concentrando nele a ‘fúria’ dos adeptos encarnados que trazem bem na memória os tempos em que vestia de vermelho. Maxi, em três jogos com o anterior clube, venceu dois e empatou um, sendo, por isso, um bom foco de ‘distração’. E todos nós sabemos como a história acaba quando pensam mais em nós do que neles próprios.
Por fim – não que não houvesse muitos mais aspetos a ter em conta, mas porque o artigo já vai longo –, importa reconhecer que, seja qual for o desfecho final, este clássico não vai decidir absolutamente nada, mesmo que possa deixar as coisas bem encaminhadas para o eventual vencedor. O calendário de ambos ainda permite antever grandes dificuldades em deslocações a Sporting e Rio Ave (no caso do Benfica) e Braga, Marítimo e Chaves (no caso do FC Porto). Vencer um clássico é muito importante, até pela almofada psicológica que isso acarreta. A pressão de estar em primeiro é bem mais positiva do que aquela que se tem estando atrás. Esta será a última oportunidade que o FC Porto tem de depender apenas de si na luta pelo título e essa é aquela pressão de que todos nós gostamos.
Foto de Capa: Alberto Fernandes