É com todas estas limitações que Sérgio Conceição e a estrutura do clube terão que lidar já a partir da próxima época. Para Conceição, tal como para qualquer treinador que aceitasse o desafio, ser treinador do FC Porto é hoje um cargo de risco, risco esse semelhante àquele com que se deparou Paulo Fonseca em 2013/14: ter à sua disposição um plantel com escassa qualidade individual, incapaz de lutar pelos títulos que os adeptos tanto anseiam, saindo o treinador com uma imagem de “incompetência” que lhe é atribuída por uma estrutura que, como é sabido, procura hoje em dia manter, acima de tudo, o (pouco) que lhe resta do elã trazido das últimas décadas.
As cartas estão lançadas mas o baralho está longe de estar completo. O FC Porto precisa de vender caro e comprar barato, algo que não parece fácil para um clube que está há já quatro épocas sem conquistar qualquer troféu. A hora é de apostar na formação e de ter no departamento de scouting uma arma que permita descobrir talentos como aquele que foi encontrado em 2007/08 na 2ª Divisão do Japão. Caso tal não aconteça, os anos vindouros adivinham-se penosos para um FC Porto que, acima de tudo, apresenta atualmente uma estrutura algo datada e claramente menos eficaz do que a dos seus principais rivais.