André André fez no último jogo uma excelente exibição, coroada por um golo de belo efeito e por isso é o dragão da semana. O pequeno buda, como alguns lhe chamam, quando em boa forma é um autêntico operário fabril em alta rotação na sala de máquinas que é o meio campo.
Óliver pode ser um grande “capataz”, mas no sábado foi o poveiro que fez as coisas se mexerem. Os números são claros: 88% de eficácia no passe, 2/3 remates enquadrados, 3 ações defensivas, 100% de eficácia no drible, 4/6 duelos que disputou venceu e ainda fez uma assistência indireta para o golo de Soares. Se juntarmos estes números ao facto de o pequeno dragão ser, excluindo os centrais e médios defensivos, o jogador com melhor percentagem de passes eficazes acima dos 700 passes (86,5%) percebemos o verdadeiro valor do médio.
O jogador portista, quando capaz de imprimir a intensidade física necessária, é uma verdadeira placa giratória que liga os sectores de uma equipa com a eficácia de um relógio suíço. Além disso, pelo menos para mim, apesar de ser um de muitos jogadores no plantel é dos que mais gosto de ver jogar bem. Porquê? Porque é um verdadeiro dragão! É um daqueles que já sentia e sabia o que ser PORTO antes da chegada de NES e independentemente de qualquer fator. André tem sangue de dragão e poucos sentem o peso da camisola como ele. Se conseguir continuar a melhorar os índices de intensidade estará de pedra e cal no onze portista, deixando Herrera no permanente esquecimento.
Foto de Capa: FC Porto