FC Porto 19/20 1-1 FC Porto 10/11: O resultado que “agrada” a todos

    A CRÓNICA: VALEU MARCHESÍN

    Fim de tarde no Estádio do Dragão com o FC Porto de Sérgio Conceição a receber o mítico FC Porto de André Villas-Boas. Os 50.000 nas bancadas cantavam a uma só voz. Mas a favor de qual equipa?

    Helton e Danilo trocaram um grande abraço e partilharam o mesmo galhardete. Artur Soares Dias com o auxílio de Pedro Proença apitaram, e começou o tão aguardado encontro entre os “nascidos para vencer”.

    O FC Porto de Villas-Boas tentava circular a bola, mas Marega e Soares faziam uma pressão muito forte na linha defensiva, com Sérgio Oliveira e Danilo sempre de olho na movimentação de João Moutinho e Guarín.

    A primeira oportunidade de golo foi para os comandados de Sérgio Conceição. Corona, endiabrado, ganhou no um para um a Álvaro Pereira e cruzou de pé esquerdo para Marega que ganhou nas alturas a Rolando e cabeceou para uma boa defesa de Helton.

    Aos 29 minutos, Fernando recuperou a bola de Otávio e soltou o ataque para Hulk, que tirou Alex Telles da frente e rematou para uma defesa sensacional de Marchesín. Vale o bilhete!

    Pouco depois, Varela aproveitou o adiantamento de Corona e após um passe picado de João Moutinho, puxou para o pé direito, mas estava lá… Marchesín.

    Um dos momentos da noite estava guardado para o minuto 40. Hulk simulou o remate de pé esquerdo, mas passou para João Moutinho. Saiu um remate colocadíssimo do médio português para mais uma bela intervenção do guarda-redes argentino. Contudo, Falcão aproveitou a recarga e fez o 1-0. Acreditem ou não, o Estádio do Dragão festejou o golo e ouviu-se os filhos do dragão nas colunas.

    A segunda parte começou logo com uma substituição operada por Sérgio Conceição. Nakajima entrava assim para o lugar de Sérgio Oliveira. Aos 55 minutos, Marega isolou-se, mas Helton teve uma saída rápida para resolver todos os problemas.

    Como Nakajima não estava a resolver todos os problemas da equipa, Sérgio Conceição decidiu tirar Soares e colocar Zé Luís. André Villas-Boas respondeu com a entrada de James Rodríguez depois de João Moutinho se ter queixado de dores na coxa direita. Grande aplauso no Estádio do Dragão para estas substituições.

    Aos 67 minutos, Nakajima tenta cruzar para a área, mas Otamendi tira o pão da boca de Zé Luís, mas fora da área estava um senhor chamado Alex Telles que enviou um míssil para o fundo da baliza de Helton. Parecia quase uma fotocópia do golo marcado frente ao Portimonense SC, e todo o Estádio cantava de alegria e de emoção.

    André Villas-Boas não estava satisfeito com o que estava a ver, e fez uma dupla substituição. Belluschi e Cristian Rodríguez entraram para os lugares de Guarín e Fernando. Pouco depois, James Rodríguez fez magia com os pés e, ao tirar Danilo do caminho, atirou de pé esquerdo para uma defesa monumental de Marchesín.

    O técnico do FC Porto atual percebeu os problemas da equipa no meio-campo e colocou Uribe ao lado de Danilo, retirando Otávio da partida. No minuto 85, Marcano cometeu grande penalidade sobre Bellusci, e Falcão quis assumir. Partiu para a bola, mas estava lá o inevitável… Marchesín quis segurar o empate e não deixou o avançado colombiano bisar na partida.

    A partida não encerrou sem Zé Luís procurar de calcanhar um golaço, mas Helton resolveu todos os problemas. Artur Soares Dias apitou para o fim do encontro e vislumbrou-se um coro de aplausos no Estádio do Dragão. Os técnicos cumprimentaram-se e os jogadores tinham, sem exceção, um semblante triste, visto que qualquer um queria ganhar…

     

     A FIGURA

    Fim de tarde no Estádio do Dragão com o FC Porto de Sérgio Conceição a receber o mítico FC Porto de André Villas-Boas e crónica: valeu marchesín
    Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

    Marchesín – O guardião argentino foi, sem dúvida, o melhor em campo, ao evitar o golo do FC Porto de 2010/2011 por várias ocasiões e ao defender uma grande penalidade.

     O FORA DE JOGO

    Fim de tarde no Estádio do Dragão com o FC Porto de Sérgio Conceição a receber o mítico FC Porto de André Villas-Boas e crónica: valeu marchesín
    Fonte: UEFA

    Fredy Guarín – Esta não foi a noite do médio colombiano… Otávio e posteriormente Nakajima passaram sem grandes dificuldades por El Guaro, que a nível ofensivo não ofereceu o apoio necessário para criar dificuldades à linha defensiva dos azuis e brancos de Sérgio Conceição. Acabou mesmo por ser substituído após o golo de Alex Telles. 

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO 2019/2020

    O FC Porto de Sérgio Conceição não fugiu à regra. Sem nunca descurar completamente a posse de bola, o principal objetivo era sempre tentar colocar a bola nas costas de Rolando e Otamendi, aproveitando a profundidade oferecida por Marega. O 4-4-2 desdobra-se muitas vezes num 4-4-3, com Otávio a aparecer como terceiro médio de ligação entre o setor recuado e mais adiantado, e Marega na ala em busca da profundidade pelo adiantamento de Álvaro Pereira. As substituições operadas por Sérgio Conceição e a sua equipa técnica ofereceram ainda mais profundidade à equipa com a entrada de Zé Luís. Nakajima também tinha entrado para oferecer uma maior criatividade à zona intermediária, sendo que Uribe foi uma entrada mais no sentido da estabilização do meio-campo.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Marchesín (9)

    Tecatito (7)

    Mbemba (6)

    Marcano (5)

    Alex Telles (8)

    Danilo (6)

    Sérgio Oliveira (5)

    Otávio (6)

    Luis Díaz (4)

    Marega (5)

    Soares (5)

     

    SUBS UTILIZADOS

    Nakajima (6)

    Zé Luís (6)

    Uribe (5)

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO 2010/2011

    O FC Porto de André Villas-Boas apresentou-se no clássico 4-3-3, com uma referência ofensiva matadora de Radamel Falcão. Foi evidente que o avançado colombiano se colocou nas costas de Mbemba, tentando ganhar no jogo aéreo. Hulk e Varela eram autênticas setas que iam dar um trabalho árduo a Alex Telles e Corona, que muitas vezes subiam no ataque. Este meio-campo funcionou bem como sempre, e viu-se o organizador de jogo que é Moutinho, com um “polvo” atrás que se chama Fernando, com o apoio de Guarín. Os dois laterais também ofereceram apoio ao ataque, mas o que Hulk e Varela pretendiam era procurar o espaço interior em busca do seu melhor pé para rematar ou cruzar para o ponta de lança. Uma posse de bola paciente e objetiva foi uma das marcas vistas dentro das quatro linhas.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Helton (7)

    Sapunaru (5)

    Rolando (6)

    Otamendi (6)

    Alvaro Pereira (5)

    Fernando (6)

    João Moutinho (6)

    Guarín (3)

    Hulk (7)

    Varela (6)

    Falcão (7)

     SUBS UTILIZADOS

    James Rodríguez (7)

    Belluschi (6)

    Cristian Rodríguez (4)

    Artigo revisto por Diogo Teixeira

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    João Castro
    João Castrohttp://www.bolanarede.pt
    O João estuda jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social. A sua grande paixão é sem dúvida o jornalismo desportivo, sendo que para ele tudo o que seja um bom jogo de futebol é bem-vindo. Pode-se dizer que esta sua paixão surgiu desde que começou a perceber que o mundo do futebol é muito mais que uma bola a passear na relva.