Era uma vez um campeão?

Por esta altura o leitor deve estar ainda confuso questionando-se onde quero chegar com tão apaixonado mas controverso preâmbulo. Vou passar, então, à explicação.

Na últimas 4 jornadas da Liga NOS, o FC Porto apenas saiu vencedor numa delas. Em 4 partidas, os azuis e brancos apenas foram capazes de vencer o Belenenses em casa. O que tinham os outros três jogos em comum? O seu carácter decisivo.

Ora vejamos, primeiro o FC Porto recebeu o Vitória de Setúbal no seu reduto com uma oportunidade de ouro de assumir a liderança e cedeu à pressão. No jogo seguinte deslocou-se ao Estádio da Luz com nova oportunidade de subir ao topo da classificação e voltou a falhar redondamente, podendo, até, dar-se por satisfeito por ter conseguido sair de Lisboa com um ponto.

O FC Porto apenas conseguiu um ponto na deslocação a Braga Fonte. FC Porto
O FC Porto apenas conseguiu um ponto na deslocação a Braga
Fonte. FC Porto

Por fim, deslocou-se a Braga para voltar a colocar pressão num líder que no próximo fim-de-semana vai jogar em Alvalade e voltou sucumbir. Em todos estes jogos foi notória a ansiedade e nervosismo, por outras palavras, aquilo que já aqui apelidei de fibra de campeão. O expoente máximo desta falta de estofo aconteceu no último jogo, no qual, a precisar de ganhar, o FC Porto desperdiçou os últimos 5 minutos do tempo regulamentar em confusões junto ao seu próprio banco. Isto seria impensável no passado. Era uma vez um campeão?

O FC Porto, desde há muito tempo, tem vindo a ter plantéis mais caros que os rivais e isso diferenciava-o e permitia-lhe uma enorme vantagem competitiva. Nos últimos anos o preço elevado dos plantéis mantém-se mas a vantagem competitiva esfumou-se. O FC Porto paga mais por plantéis menos competitivos do que o seu rival. Algo está mal e algo tem que ser alterado porque os insucessos somam-se e as contas estão na corda bamba. Era uma vez um campeão?

Foto de Capa: FC Porto

Bernardo Lobo Xavier
Bernardo Lobo Xavierhttp://www.bolanarede.pt
Fervoroso adepto do futebol que é, desde o berço, a sua grande paixão. Seja no ecrã de um computador a jogar Football Manager, num sintético a jogar com amigos ou, outrora, como praticante federado ou nos fins-de-semana passados no sofá a ver a Sporttv, anda sempre de braço dado com o desporto rei. Adepto e sócio do FC Porto e presença assídua no Estádio do Dragão. Lá fora sofre, desde tenra idade, pelo FC Barcelona. Guarda, ainda, um carinho muito especial pela Académica de Coimbra, clube do seu pai e da sua terra natal. De entre outros gostos destacam-se o fantástico campeonato norte-americano de basquetebol (NBA) e o circuito mundial de ténis, desporto do qual chegou, também, a ser praticante.

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