Atualmente a dupla de avançados mais utilizada por Sérgio Conceição é Medhi Taremi e Evanilson, uma dupla com provas dadas e que representa a maior parte dos golos e assistências do plantel.
O iraniano na presente época conta com sete golos marcados e duas assistências e o brasileiro com quatro golos e o mesmo número de assistências.
Contudo, tendo em atenção os mais recentes fracassos desportivos do FC Porto, nota-se que talvez falte um pouco mais de agressividade, presença na área e melhor finalização no ataque azul e branco. É precisamente aí que, Toni Martinez, poderá desempenhar um papel decisivo numa tentativa de dar a volta aos acontecimentos.
Para começar, o espanhol tem uma característica que o diferencia dos colegas, a presença na área, Toni pode muito bem desempenhar a função de um ponta de lança fixo que aliado à sua agressividade na disputa de bola, poderá proporcionar um melhor fim às bolas cruzadas para a zona de penálti.
A atual dupla titular funciona bem, mas muitas vezes em jogos de maior exigência, vemos ambos a trabalhar em prol do coletivo em setores mais recuados ou a descair para as alas o que por consequência resulta na falta de presença em zonas de finalização e em cansaço excessivo para os avançados.
Uma rotação mais consistente com Toni Martinez evitava isto, a equipa saberia de antemão que o colega apenas atacaria aquele espaço, tornando-se, em situação defensiva, na primeira linha de pressão e uma presença assídua para investidas tanto dos extremos como dos laterais.
O mister sempre que proporciona a troca de avançados, geralmente tende a preterir dos serviços de Evanilson para que o espanhol faça dupla com o iraniano, não está errado, mas Toni e o brasileiro é uma dupla que tem potencial para ser explorada.
Já todos podemos comprovar que Evanilson é bom tecnicamente, tabela bem com os médios e tem capacidade para descair nas laterais, no 4-4-2, poderá desempenhar a função de um “Avançado Trabalhador” enquanto o espanhol faz o papel de referência na área.
Desta forma o FC Porto terá mais argumentos para desbloquear jogos com pouca atividade e criatividade por parte do meio-campo como aconteceu frente ao Rio Ave FC e o Club Brugge KV.
Artigo revisto por Joana Mendes