A CRÓNICA: UMA POUCO BELA MAS FUNDAMENTAL VITÓRIA
Os dragões entravam no Estádio Capital do Móvel com a certeza de que, caso conquistassem os três pontos, abririam uma confortável vantagem para o SL Benfica, equipa que acabava de perder na Madeira.
E, verdade seja dita, o FC Porto parecia não querer demorar muito tempo para começar a construir essa vantagem. Sétimo minuto de jogo, canto cobrado à direita do ataque azul e branco e, em resposta a um alívio algo defeituoso de Ricardo Ribeiro, Mbemba estica as redes da equipa da casa com um remate de pé direito.
No entanto, nos restantes minutos que completaram o primeiro tempo, pouco ou nada que mereça registo: bola muito longe de ambas as balizas, linhas defensivas a sobreporem-se, com maior ou menor dificuldade, aos homens da frente de ambas as formações.
A segunda parte seguiu as mesmas premissas da primeira, todavia com algumas especificidades: jogo ainda pouco vistoso, mas com uma mão cheia de oportunidades de golo. Do lado dos castores, Luiz Carlos foi protagonista de duas das principais ameaças à baliza dos azuis e brancos: primeiramente, de cabeça, viu o esférico passar ligeiramente ao lado; por fim, num remate acrobático, forçou Marchesín a aplicar-se.
Do lado portista, destaque para uma boa intervenção de Ricardo Ribeiro, a remate de Luis Díaz, e ainda para um corte providencial de Oleg a um cruzamento de Marega, que procurava os pés de Fábio Vieira.
Em suma, um jogo que poucas saudades deixará. Muitos duelos, muitas bolas pelo ar, pouco futebol espetáculo. No entanto, bastou para colocar o FC Porto ainda mais isolado na liderança do campeonato.
A FIGURA
Chancel Mbemba – Numa partida onde as individualidades pouco saltaram à vista, há que ressaltar o trabalho de Mbemba. Seguro atrás, não só hoje, como também nos recentes confrontos dos dragões, e, esta noite, decisivo lá à frente.
O FORA DE JOGO
Douglas Tanque – Era um dos nomes para manter debaixo de olho neste FC Paços de Ferreira. No entanto, e também por mérito da defensiva portista, passou muito ao lado do jogo. Acabou por ser substituído ao minuto setenta.
ANÁLISE TÁTICA – FC PAÇOS DE FERREIRA
Pepa escolheu pôr em prática um esquema tático semelhante a um 4-2-3-1. Laterais participativos no jogo ofensivo, um Luiz Carlos muito interventivo à frente de Eustáquio. No apoio a Douglas Tanque, Pedrinho, Hélder Ferreira e João Amaral.
Foi na segunda parte que a equipa conseguiu soltar-se efetivamente, conquistando mais pontapés de canto e encostando, por vezes, o FC Porto atrás.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Ricardo Ribeiro (4)
Jorge Silva (6)
Marcelo (5)
Maracás (5)
Oleg (6)
Luiz Carlos (7)
Stephen Eustáquio (5)
João Amaral (5)
Hélder Ferreira (5)
Pedrinho (6)
Douglas Tanque (4)
SUBS UTILIZADOS
Adriano Castanheira (5)
Zé Uilton (5)
Diaby (4)
Denilson (4)
ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO
O FC Porto entrou em campo com um desenho tático bem semelhante àquele que apresentou na maioria dos anteriores jogos a contar para o campeonato. Defesa a quatro, com dois médios mais centrais à sua frente; ofensivamente falando, o jogo ficava, à partida, entregue a Otávio (na direita) e a Corona (na esquerda), em apoio a Marega e Soares, jogadores que, não raras vezes, se deslocavam até zonas mais próximas às linhas laterais.
Na segunda metade, com a inclusão de Luis Díaz, Corona deslocou-se para a direita, Otávio para uma zona mais central e Marega ocupou a posição de ponta de lança solitário.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Marchesín (5)
Manafá (5)
Mbemba (7)
Pepe (5)
Alex Telles (5)
Danilo Pereira (6)
Matheus Uribe (5)
Otávio (5)
Tecatito Corona (5)
Marega (4)
Soares (4)
SUBS UTILIZADOS
Luis Díaz (4)
Loum (4)
Vitinha (5)
Fábio Vieira (4)
Artigo revisto por Joana Mendes