FC Porto 1-0 SC Braga: Aliança cafetera a dar vitória apertada no Dérbi do Norte

    A CRÓNICA: PRESSÃO NA PRIMEIRA PARTE A DAR DOMÍNIO E GOLO DA VITÓRIA 

    Ambos falharam o seu principal objetivo a meio da semana nas competições europeias, e ambos protagonizaram a partida-cartaz da 14.ª jornada da Primeira Liga 2021/2022. FC Porto e SC Braga encontraram-se no Estádio do Dragão, numa fresca noite de domingo na cidade Invicta.

    Os visitantes começaram a partida sem quase tocar na bola durante os primeiros quinze minutos, mas foi ao passar dessa marca que criaram a primeira grande oportunidade de golo. Bruno Rodrigues quebra a defesa da casa com um passe vertical para Moura, que tinha fletido ligeiramente para o centro, com o jovem português a depois acertar no poste da baliza defendida por Diogo Costa.

    Mas onde apareceu fumo, rapidamente chegou o bombeiro Luis Díaz para impedir que qualquer chama se propagasse verdadeiramente. O endiabrado colombiano abriu o marcador depois de grande abertura de Uribe, sobrando-lhe apenas Matheus pela frente. Uma chapéu ao brasileiro, e o 1-0 no Dragão.

    E sem grandes chegadas à área contrária, salvo remates de longe e lances de bola parada, ficou assim fechada a primeira metade do Dérbi do Norte. Um FC Porto bem superior, com o SC Braga a tentar reagir depois do golo, mas a ter muitas dificuldades em segurar a bola durante período contínuos de jogo.

    Os guerreiros foram lentamente crescendo na partida, aproveitando também um descer das linhas adversárias, até que pareciam mais no domínio dos acontecimentos ao passar do minuto 70. Ricardo Horta teve nos seus pés uma oportunidade de ouro para empatar, mas rematou, dentro da área, ligeiramente ao lado.

    Os 22307 adeptos no Estádio do Dragão pediam mais, com uns minutos de maior apoio a seguirem-se.

    O FC Porto subiu na partida, antes de se voltar a deixar sofrer nos minutos finais. Mas as redes das balizas do Estádio do Dragão não voltaram a abanar. Os azuis e brancos fizeram o golo nuns primeiros 45′ absolutamente dominantes, com os guerreiros a não aproveitarem uma segunda metade mais dividida.

    A FIGURA

    FC Porto SC Braga Luis Díaz
    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Luis Díaz – já faz lembrar a frase na célebre camisola de Mario Balotelli “Why always me?” (excluindo a parte da vitimização). A resposta é simples: porque é o melhor. Já não há palavras para descrever a qualidade do cafetero que não tenham sido usadas em excesso, e por isso não vale muito a pena tentar. É só o melhor jogador em Portugal, e um dos melhores da última década do futebol português.

    O FORA DE JOGO

    FC Porto SC Braga Paulo Oliveira
    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Paulo Oliveira – o central português chegou ao SC Braga como sendo um potencial reforço de qualidade para a defesa minhota, mas a verdade é que não tem tido garnde

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

    Num desenho tático poucas vezes visto no FC Porto de Sérgio Conceição, a equipa da casa apresentou-se no clássico 4-3-3.

    Uribe era o trinco, com Vitinha e Grujic. Sem bola, este posicionamento, com como as claras indicações para o bloco defensivo estar compacto na largura, os dragões forçavam os guerreiros para as zonas laterais do campo, onde aí caíam com grande intensidade – provocando quase sempre a recuperação ou, pelo menos, perda de bola por parte do adversário.

    Wendell e João Mário pressionavam alto nos defesas-alas contrários, forçando os centrais a terem que sair à marcação de dois médios-ofensivos/extremos, com Uribe muitas vezes a baixar para o meio dos defesas de modo a cobrir o avançado bracarense. Uma estratégia defensiva arriscada, mas que colheu frutos.

    Já com bola, Uribe aproximava-se novamente mais dos centrais, com Vitinha a abrir na esquerda – permitindo a alternância entre movimentos interiores ou mais abertos de Wendell e Luis Díaz, que alternavam bastante o seu posicionamento base. Otávio na direita fletia também para o centro, com a largura a estar, naturalmente, entregue a João Mário.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Diogo Costa (6)

    João Mário (6)

    Pepe (-)

    Mbemba (6)

    Wendell (5)

    Matheus Uribe (7)

    Grujic (6)

    Vitinha (7)

    Otávio (5)

    Luis Díaz (8)

    Evanilson (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Fábio Cardoso (5)

    Zaidu (5)

    Sérgio Oliveira (5)

    Mehdi Taremi (6)

    Corona (-)

    ANÁLISE TÁTICA – SC BRAGA

    Já o SC Braga de Carlos Carvalhal manteve o seu habitual esquema tático que varia entre o 3-4-3 e o 4-2-3-1. A troca surge quando o central pela esquerda – Bruno Rodrigues na primeira metade e Tormena na segunda – aparece mais como um lateral-esquerdo, a abrir na largura e a ajudar mais o ataque, com o defesa-ala desse lado – Francisco Moura – a adiantar no terreno para funcionar como extremo aberto.

    Defensivamente, o SC Braga passou a grande parte da partida em 5-4-1, num bloco médio que não tentava pressionar muito em cima. Conseguiu manter quase sempre o perigo longe, com uma linha defensiva bem povoada.

    As dificuldades surgiram quando, principalmente na primeira metade, a equipa tinha que ter bola. A pressão sufocante do FC Porto, bem como a presença de três médios impedia a progressão bracarense pelo meio, enquanto que os visitantes tinham grandes dificuldades quando a bola entrava nos seus jogadores mais abertos.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Matheus (5)

    Tormena (4)

    Paulo Oliveira (3)

    Bruno Rodrigues (5)

    Fabiano (4)

    Al Musrati (6)

    André Horta (5)

    Francisco Moura (5)

    Piazón (4)

    Ricardo Horta (5)

    Abel Ruiz (3)

    SUBS UTILIZADOS

    Guilherme Soares (6)

    Yan Couto (6)

    Vitinha (6)

    Chiquinho (5)

    Gorby (5)

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    FC Porto

    Não foi possível fazer questões ao técnico do FC Porto Sérgio Conceição

    SC Braga

    Não foi possível fazer questões ao técnico do SC Braga Carlos Carvalhal

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    Alexandre Matos
    Alexandre Matoshttp://www.bolanarede.pt
    O Alexandre é um jovem que estuda Ciências da Comunicação no Porto. Apaixonado por tudo o que seja desporto, encontra a sua maior obsessão no futebol. Como não tinha grande jeito para jogar, decidiu que o melhor era apostar no jornalismo desportivo. Amante incondicional de bom futebol, não tem medo de dar a sua opinião nem de ser polémico. Sendo qualidades inerentes à profissão que deseja exercer no futuro, rege-se pela imparcialidade e pelo critério jornalístico na sua escrita.