FC Porto 2-0 Rio Ave FC: Eficácia do banco e conforto para ver o dérbi

    A CRÓNICA: EVANILSON SELOU O JOGO COM A EFICÁCIA QUE FALTAVA

    Final de tarde de uma segunda-feira especial no futebol português. Nas últimas horas de mercado e antes de um Sporting vs Benfica, FC Porto e Rio Ave entraram em campo, no que era um jogo de importância redobrada para os dragões, já que, em caso de vitória portista, os azuis e brancos iriam beneficiar do jogo que se jogaria mais tarde em Lisboa.

    Numa primeira parte marcada pelo pecado na finalização, os dragões entraram melhor. Em 10 minutos, criaram duas oportunidades claras de golo, mas, se Luis Díaz não conseguiu finalizar da melhor forma ao segundo poste no terceiro minuto, no nono foi Marega a desperdiçar depois de um contra-ataque letal dos portistas. Pelo meio houve ainda perigo junto da baliza de Marchesín, com Dala a não conseguir fintar, por duas vezes, o argentino, depois de uma bola em profundidade passada por Fábio Coentrão.

    O pé direito de Luis Díaz não estava com a mira afinada, pelo que aos 26′ o colombiano, desmarcado nas costas da defesa por Sérgio Oliveira, desperdiçou na cara de Kieszek. Depois destas duas perdidas do “sete” portista, à terceira foi de vez: o colombiano, ao minuto 44, recebeu na área, Taremi intrometeu-se e falhou na cara do guardião vilacondense, mas, na recarga, o tal pé direito não desperdiçou e colocou os dragões em vantagem ao intervalo.

    Numa segunda parte com perigo, mas sem oportunidades de golo, foi Evanilson, saído do banco, que selou o jogo para os dragões. Taremi ganhou, “na raça”, um duelo a Aderlan na linha, entrou na área e assistiu o brasileiro que encostou para o golo no seu primeiro remate no jogo.

    O cansaço e os jogos nas pernas sentiam-se no dragão, pois, à medida que o tempo ia passando, o ritmo ia diminuindo e Sérgio Conceição fez alterações também para gerir o esforço do que vai ser um mês de fevereiro recheado de jogos para os azuis e brancos. Com esta vitória, o FC Porto aguarda pelo dérbi de Lisboa confortavelmente, sendo que sabe, à partida, que vai ganhar pontos a pelo menos um dos candidatos ao título.

     

    A FIGURA

    Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

     Duplo pivot azul e branco – Sérgio Oliveira e Uribe foram os maiores dinamizadores de jogo do lado portista, aliando a tarefa ofensiva à intensa pressão e coordenação defensivas.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Diogo Cardoso/Bola na Rede

    Eficácia portista – Apesar dos dois golos marcados, faltou eficácia no último terço azul e branco. Pelo menos três ocasiões claras de golo foram perdidas, sendo que, no lance do primeiro golo, Taremi desperdiçou também um remate isolado na grande área.

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

    O FC Porto apresentou-se no 4-4-2 habitual, instalando-se no meio-campo rioavista. Com os laterais bem abertos a dar largura e com os extremos, que têm melhor qualidade técnica, por dentro para combinar em espaços mais reduzidos, os dragões tentaram servir Marega, mais adiantado para receber em profundidade, e Taremi, mais atrasado para servir colegas ou contrariar a movimentação da defesa adversária.

    Na hora de defender, a pressão é a palavra de ordem e, então, a equipa de Sérgio Conceição movimentava-se em bloco sobre o lado da bola para rapidamente voltar ao ataque.

     

     

    ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES

    Marchesín (6)

    Pepe (6)

    Luis Díaz (6)

    Uribe (6)

    Taremi (6)

    Zaidu (5)

    Sérgio Oliveira (6)

    Corona (6)

    Manafá (6)

    Mbemba (6)

    Marega (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Evanilson (7)
    Nanú (6)
    Fábio Vieira (6)
    Grujic (6)
    Loum (6)

    ANÁLISE TÁTICA – RIO AVE FC

    O Rio Ave FC apresentou-se em 4-3-3, com Pelé a ser o elo de ligação entre os centrais e Taranti e Filipe Augusto. O 18 dos vilacondenses posicionou-se, em fases de construção, entre os centrais, de forma a dar mais opções de saída de bola. Com os laterais e extremos abertos, os vilacondenses tentaram chegar à baliza de Marchesín através de processos rápidos e simples.

    Na defesa, o Rio Ave manteve o esquema, comprimindo as linhas e tentando ocupar os espaços mais interiores para não dar espaço para os extremos portistas jogarem à vontade.

    ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES 

    Kieszek (6)
    Carlos Mané (5)
    Ivo Pinto (5)
    Borevkovic (5)
    Santos (5)
    Fábio Coentrão (5)
    Filipe Augusto (5)
    Tarantini (5)
    Pelé (6)
    Ronan (5)
    Gelson Dala (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Francisco Geraldes (6)
    Guga (6)
    Anderson (5)
    Meshino (5)
    Pedro Amaral (5)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    FC Porto

    Bola na Rede: Apesar dos dois golos marcados, o FC Porto perdeu algumas ocasiões de golo, principalmente na primeira parte. Com o mês de fevereiro sobrecarregado de jogos, e com o cansaço a afetar a criação de oportunidades de golo, é este um aspeto que a equipa terá obrigatoriamente de melhorar?

    Sérgio Conceição: Em todos os jogos criamos muito, queremos muito fazer golo, mas às vezes não é possível, estamos atentos ao que temos que melhorar, mas a finalização depende muito da inspiração. Olho mais para toda a dinâmica que leva a criar essas situações. Se concretizasse todas as jogadas que temos , havia jogos que acabavam com diferenças maiores que a de hoje.

    Rio Ave FC

    Bola na Rede: O Miguel já defrontou o FC Porto de Sérgio Conceição em 2017/2018. Perguntava-lhe que diferenças táticas notou no FC Porto relativamente à equipa de 2017/2018?

    Miguel Cardoso: Vejo uma equipa que tem um padrão de jogo quevem sendo trabalhado ao longo dos anos. Houve aspetos estratégicos que tivemos que estar atentos a eles, é diferente jogar contra o Marega ou o Estupinan, do Vitória, por exemplo. Isso leva-nos a processos diferentes, mas tenho de olhar para dentro e perceber a minha equipa, senão tenho muito conteúdo dos adversários e pouco nosso. O jogo de futebol é simples se houver essa relação trabalhada, a nossa reação quando jogamos contra uma equipa de lateral aberto e extremos por dentro é diferente relativamente a uma equipa que joga com laterais e extemos por fora. Há aspetos a melhorar, temos de afinar a corda para voltar a sair música. Vou ser sincero, a recetividade que tivemos foi tão grande e sentimos que a equipa está em crescimento, os jogadores discutem entre si os comportamentos que tiveram numa base em que trabalhamos, estamos a fazer caminho.

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    Pedro Pinto Diniz
    Pedro Pinto Dinizhttp://www.bolanarede.pt
    O Pedro é um apaixonado por desporto. Em cada linha, procura transmitir toda a sua paixão pelo desporto-rei, o futebol, e por todos os aspetos que o envolvem. O Pedro tem o objetivo de se tornar jornalista desportivo e tem no Bola na Rede o seu primeiro passo para o sucesso.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.