FC Porto 2-1 CS Marítimo | Capitão Otávio traçou o caminho “Marítimo” para a vitória

    A CRÓNICA: Primeira parte bem, segunda aquém

    Numa noite fria de domingo, o FC Porto recebeu o CS Marítimo, em jogo a contar para a vigésima jornada do campeonato português. Os insulares vieram para continuar a sua senda de bons resultados e, desde cedo, mostraram que queriam pressionar alto, causando desconforto ao adversário.

    O FC Porto não se deixou ficar e, logo na primeira grande oportunidade do jogo, inaugurou o marcador. Numa de constantes trocas de Fábio Vieira com Otávio, o jovem médio português caiu no corredor, jogou dentro para Otávio que simulou, deixando para Evanilson. O avançado brasileiro serviu Otávio, que depois devolveu a Evanilson e este finalizou, com nota artística, de calcanhar.

    Os dragões foram controlando o jogo, não deixando os maritimistas aproximarem-se sequer da baliza defendida por Diogo Costa. Sempre com um futebol mais curto, de pé para pé, algo que vem sendo um apanágio dos azuis e brancos em 2021/22. Vitinha, Otávio e Fábio Vieira foram colocando a cabeça dos adversários em água, com trocas de passes rápidas e deambulações das posições. Intervalo: um a zero para o FC Porto.

    A segunda parte começou animada, com Evanilson a quase bisar, valeu paulo Victor, que com o pé direito evitou o golo do brasileiro. Um minuto depois, chega mesmo o golo do FC Porto. Cruzamento de Bruno Costa da direita, Otávio remata enroscado e a bola desvia em Pepê, traindo o guarda-redes e aumentando a vantagem portista.

    Ao minuto 52, reduz o CS Marítimo. Perda de bola de Fábio Vieira, resulta em contra-ataque maritimista. Guitane partiu para cima da defesa, atirou à baliza e foi parado por Diogo Costa, mas aparece Edgar Costa para reduzir a desvantagem dos insulares. O FC Porto pareceu intranquilo durante alguns minutos, sentindo o golo sofrido, dando alento ao Marítimo para crescer.

    Numa segunda parte marcada por muitas paragens, com o jogo a não ter um fio condutor devido ao ritmo do mesmo não ser elevado, o Porto foi tendo mais bola e controlando as tentativas de investidas adversárias. Oportunidades? Nem vê-las. Dois a um, resultado final no Dragão. O FC Porto fica assim com nove pontos de avanço em relação ao segundo classificado Sporting, embora que à condição.

    A FIGURA

    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Grujic – Não tem sido opção. Hoje, aproveitando a ausência de Uribe, foi promovido ao onze e cumpriu (e de que maneira). Foi a pedra basilar do meio campo portista, estando muito forte na recuperação de bola e condução para zonas ofensivas. Foi preponderante na fase em que a equipa portista parecia estar a desmoronar. Destaque também para Otávio, que jogou que se fartou.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Wendell –  Teve muito jogo e desperdiçou-o. Recuperou inúmeras bolas, fruto de más saídas de bola do adversário, mas não conseguiu nunca ter uma boa decisão, que permitisse à equipa tirar partido dessa superioridade numérica ofensiva. Na parte final, viu o amarelo e poderia ter complicado a vida a Sérgio Conceição, com duas faltas no limite do cartão amarelo

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

    Orfão de Luís Diaz e sem Uribe e Taremi disponíveis, o FC Porto foi obrigado a alterar aquele que costuma ser o onze base da sua equipa. Entraram Pepê e Grujic na equipa inicial, mas as dinâmicas não foram diferentes do habitual.

    No seu 4-3-3 camaleónico, como é habitual, o Porto sentiu-se confortável. Através de trocas e combinações de Otávio, Fábio Vieira e Bruno Costa chegou ao primeiro golo cedo no jogo. Grujic fez esquecer a ausência de Uribe.

    Na segunda parte, vimos um FC Porto mais intranquilo, a falhar muitos passes e a cometer muitas faltas, não conseguindo nunca ter o jogo controlado. Foi uma mudança radical entre as duas partes e o intervalo não fez bem à equipa portista.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Diogo Costa (7)

    Fábio Cardoso (6)

    Mbemba (6)

    Bruno Costa (5)

    Wendell (4)

    Grujic (9)

    Vitinha (8)

    Otávio (9)

    Pepê (6)

    Fábio Vieira (7)

    Evanilson (8)

    SUBS UTILIZADOS

    Francisco Conceição (6)

    João Mário (5)

    Zaidu (6)

    Toni Martinez (-)

    ANÁLISE TÁTICA – CS MARÍTIMO

    A equipa madeirense veio ao Dragão para discutir o jogo. Organizou-se num 4-4-2, com as linhas altas e a pressionar na primeira fase de construção dos dragões. Procuraram sair a jogar curto, quando com bola, mas foram muitos os passes falhados por Paulo Victor e Zainadine.

    A partir do golo do FC Porto, a equipa não conseguiu ter bola, sendo os da casa a tomarem conta total do jogo e a não derem a mínima hipótese do Marítimo ter oportunidades através de bolas nas costas.

    Na segunda parte e fruto do golo marcado, a equipa subiu no terreno, mas sem nunca criar perigo realmente sério à baliza de Diogo Costa.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Paulo Victor (6)

    Matheus (7)

    Zainadine (6)

    Vitor Costa (6)

    Wink (5)

    Beltrame (5)

    Diogo Mendes (5)

    Vidigal (6)

    Rafik Guitane (6)

    Edgar Costa (6)

    Alipour (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Pelágio (6)

    Henrique (5)

    Rossi (5)

    Xadas (4)

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    FC Porto

    Não foi possível fazer pergunta a Sérgio Conceição.

    CS Marítimo

    Bola na Rede: Hoje o Marítimo veio ao Dragão jogar o jogo pelo jogo, mas acaba por sofrer o primeiro golo na primeira ocasião de perigo do adversário e o segundo praticamente no primeiro lance da segunda parte. Consegue depois reagir, mas nunca com muito perigo. Sente que os timings em que os golos aparecem deixaram a equipa mais longe de um resultado positivo hoje?

    Vasco Seabra: Estivemos bem até ao golo do Porto, muito organizados e sem nos desposicionarmos. O golo surge num lance um pouco estranho e depois não conseguimos controlar a equipa do Porto, principalmente do lado direito onde o Porto estava a variar bem para o Wendell e a criar perigo. Entramos mal na segunda parte, sofremos e o Porto tem mais uma oportunidade, mas depois equilibramos o jogo e disputamos até ao fim. Estes timings são momentos de crescimento e que nos ensinam a, já no próximo jogo, estarmos mais concentrados e evoluirmos para não se voltar a repetir.

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    Francisco Moreira e Silva
    Francisco Moreira e Silvahttp://mariooliveira
    O Francisco é natural de Santo Tirso. Encontra-se a tirar uma licenciatura em Ciências da Comunicação, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Sempre teve uma paixão enorme pelo deporto, sobretudo pelo futebol. Tem também um gosto especial pelo basquetebol, mais concretamente NBA. Jogou futebol durante 13 anos, mas agora é na vertente do treino que vai continuando o bichinho pela modalidade.