FC Porto 3-0 Académico Viseu: Sem surpresas e sem espinhas

    A CRÓNICA – UM JUSTO VENCEDOR E UM DIGNO VENCIDO

    O Estádio Municipal de Leiria foi o escolhido para albergar a Final Four da Taça da Liga e, como tal, foi palco da meia-final que opôs o FC Porto de Sérgio Conceição ao Académico de Viseu de Jorge Costa. Se do lado viseense não se detetou qualquer surpresa no onze inicial, do lado do FC Porto, Veron, Pepê e Namaso (para além de Cláudio Ramos), foram chamados para os lugares de Galeno, Toni Martínez e Taremi.

    Como um dos principais clubes do panorama nacional cabia ao FC Porto, num jogo frente a um adversário de um escalão anterior, assumir as despesas do jogo. Os azuis e brancos não desiludiram e entraram no jogo a toda a velocidade. Os primeiros 20 minutos foram avassaladores. Com a largura dada pelos laterais, os alas a procurarem movimentos interiores no sentido de criar superioridade numérica na zona nevrálgica e uma fortíssima reação à perda, os portistas foram acumulando oportunidades. Na primeira de todas, Eustáquio, quase sem querer, inaugurou o marcador após uma bela jogada do lado direito e de um primeiro remate de Gabriel Veron. Ao golo seguiram-se mais duas chances claras para o dilatar da vantagem. Pepe viu um cabeceamento embater na base do poste e Namaso viu um defesa contrário tirar-lhe um golo sobre a linha de baliza.

    Quando nada o fazia prever, após as duas primeiras dezenas de minutos, o FC Porto eclipsou-se e o Académico começou a crescer. A pressão portista deixou de ser eficaz e os viseenses começaram a ser capazes de assaltar as linhas adversárias. Apesar de todo o ímpeto não ter resultado em mais do que dois disparos fora da área e meia dúzia de cruzamentos perigosos, o Académico de Viseu mostrou, nessa fase, um excelente futebol, não só em momentos de transição, mas também em ataque apoiado. Nesse período, pouco ou nada se viu dos comandados de Sérgio Conceição, com exceção de um remate para fora de Verón, já dentro de área, à passagem do minuto 30 que acabou por ser, ainda assim, a melhor oportunidade do jogo da segunda metade da primeira parte.

    Se a primeira parte se jogou a uma velocidade alucinante, a segunda jogou-se num ritmo bem mais lento. O FC Porto entrou no segundo tempo com o objetivo de esfriar e esvaziar o ímpeto do Académico de Viseu e foi bem sucedido. O jogo perdeu espetacularidade, mas os portistas ganharam segurança no seu jogo. Os comandados de Jorge Costa voltaram a apresentar bons momentos de futebol, mas não foram capazes de desmontar a teia montada pelo FC Porto e o jogo foi avançando sem grandes percalços.

    Sem nunca ter tido a necessidade de acelerar sobremaneira, o FC Porto foi construindo as suas oportunidades e Namaso, aos 65 minutos, depois de duas ou três perdidas e após belo passe de João Mário que isolou o jovem inglês, apontou o segundo da noite, colocando uma pedra sobre o jogo e pondo fim às aspirações do Académico.

    Até final, o jogo foi-se disputando no ritmo lento que acabou por ser apanágio de toda a segunda parte e com o FC Porto sempre mais próximo de dilatar a vantagem do que de sofrer o golo que poderia reabrir a partida. Aos 78 minutos, chega mesmo o 3-0. Um momento de emoção e calor na noite gelada de Leiria. Bernardo Folha, jovem médio da formação portista que entrara em campo para jogar a última meia hora, por via de um ressalto, depois de um primeiro remate do próprio, estreou-se a marcar na equipa principal e deixou um sorriso terno em toda a nação portista.

    Sem mais notas de relevo, o apito final do árbitro ditou o fim de um jogo que teve uma primeira parte com mais motivos de interesse e uma segunda que confirmou o FC Porto como justo vencedor e o Académico de Viseu como digno vencido.

    Assim sendo, e sem surpresas, os azuis e brancos marcam encontro com o Sporting CP na final do próximo sábado.

    A FIGURA

    Fonte: Paulo Ladeira / Bola na Rede

    Pepe – Não se pode dizer que tenha havido um jogador do FC Porto que se tenha destacado acima dos demais. A equipa fez um jogo seguro, sem nunca ter conseguido ser espetacular. Por isso, destaco Pepe. Vindo de lesão, voltou a mostrar-se intransponível, atirou uma bola ao poste e a frescura e qualidade que apresenta a caminho dos 40 anos são, isso sim, um espetáculo à parte do espetáculo.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Paulo Ladeira / Bola na Rede

    Wendel – Não se pode dizer que tenha havido um jogador do FC Porto que se tenha destacado acima dos demais. A equipa fez um jogo seguro, sem nunca ter conseguido ser espetacular. Por isso, destaco Pepe. Vindo de lesão, voltou a mostrar-se intransponível, atirou uma bola ao poste e a frescura e qualidade que apresenta a caminho dos 40 anos são, isso sim, um espetáculo à parte do espetáculo.

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    Bernardo Lobo Xavier
    Bernardo Lobo Xavierhttp://www.bolanarede.pt
    Fervoroso adepto do futebol que é, desde o berço, a sua grande paixão. Seja no ecrã de um computador a jogar Football Manager, num sintético a jogar com amigos ou, outrora, como praticante federado ou nos fins-de-semana passados no sofá a ver a Sporttv, anda sempre de braço dado com o desporto rei. Adepto e sócio do FC Porto e presença assídua no Estádio do Dragão. Lá fora sofre, desde tenra idade, pelo FC Barcelona. Guarda, ainda, um carinho muito especial pela Académica de Coimbra, clube do seu pai e da sua terra natal. De entre outros gostos destacam-se o fantástico campeonato norte-americano de basquetebol (NBA) e o circuito mundial de ténis, desporto do qual chegou, também, a ser praticante.