Onze do FC Porto: Iker Casillas, Maxi Pereira, Willy Boly, Felipe, Alex Telles, Danilo Pereira, Óliver Torres, André André, André Silva, Soares e Yacine Brahimi.
Onze do Belenenses: Cristiano Figueiredo, João Diogo, Edgar Ié, Domingos Duarte, Florent Hanin, Fábio Nunes, Robert Persson, Hassan Yebda, Vítor Gomes, Diogo Viana e Abel Camará.
Nos primeiros 5 minutos, assistiu-se a um jogo dividido com as duas equipas a dividirem a posse de bola equitativamente. Aos 10 minutos, Soares teve uma boa oportunidade de abrir o marcador, mas não finalizou da melhor maneira o cruzamento vindo da ala direita.
Aos 20 minutos, o FCP já controlava o jogo, mas ainda não o dominava completamente. Aos 19 minutos, no entanto, poderia ter beneficiado de uma grande penalidade, num lance em que Edgar Ié desvia a bola com a mão.
Uma coisa ficava patente, o FCP sentia dificuldades na criação de ocasiões flagrantes de golo. Aos 24, Soares fez o que não tem feito, falhou clamorosamente uma ocasião de golo. Aos 28, Alex Telles tirou um excelente cruzamento da esquerda, Óliver desviou para Soares, mas o brasileiro não apanhou.
O FCP melhorou na criação do perigo, mas fê-lo essencialmente na exploração dos cruzamentos antecipados e a abordagem com o passar dos minutos tornava-se infrutífera. Em primeiro, porque a repetição da estratégia retirava a possibilidade de surpreender a defesa do Belenenses e em segundo porque Soares, estava a surgir muito na esquerda e deixava o centro órfão do seu poderio aéreo.
No entanto, numa jogada estudada, Brahimi colocou a bola ao segundo poste, onde surge André Silva, que desvia para o centro e aí surge Danilo que com toda a calma recebe e fuzila Cristiano. Estava assim desfeita a igualdade aos 38 minutos, num lance de bola parada. Aos 42, o FCP podia ter ampliado a vantagem num lance de contra-ataque, mas André Silva rematou à figura de Cristiano.
Findos os primeiros 45 minutos, havia vantagem da equipa que fez mais para tal mas que também não fez muito. Ou seja, um jogo em ritmo brando e aborrecido.
No início da segunda parte, melhor os homens de Quim Machado, embora após os primeiros 5 minutos a tendência se tenha começado a dissipar. O FCP foi criando perigo, sobretudo aproveitando a subida das linhas do Belenenses. Aos 57 minutos, Domingos Duarte fez o corte da noite ao desviar de calcanhar um cruzamento de André André.
Aos 61 minutos, o FCP fez a melhor jogada coletiva da noite, numa bela combinação entre vários jogadores pela direita do ataque e que terminou numa boa defesa de Cristiano. Aos 65 minutos, Óliver fez uma jogada monumental, fintou o guarda-redes e quando o golo “maradoniano” parecia certo, apareceu Domingos Duarte a parar a bola em cima da linha. Um minuto depois, Boly assistiu Felipe, deixando-o na cara do guarda-redes, mas o brasileiro rematou por cima.
Aos 68 minutos, NES colocou Corona e retirou um desgastado André Silva. O que um brasileiro falhou, o outro marcou. Corona, surge na direita, tira o lateral do Belenenses da frente e cruza para um Soares que aparece solto a cabecear para o fundo das redes. Redimiu-se e amplio a vantagem. O minuto 72 viu malabarismos e magia.
Primeiro de Corona e depois de Brahimi, que entra na área e é derrubado por Domingos Duarte. Na conversão da penalidade, o argelino não vacilou e fez o 3-0. Com 14 minutos a faltar, NES retirou Óliver e meteu Herrera.
Com 3-0 no marcador, os homens de NES respiravam confiança e isso era patente pela maneira como os jogadores tratavam a bola: com calma, com classe. Corona foi talvez um cumulo disso, depois de entrar, Florent passou a viver um pesadelo constante. Valeu que NES, retirou Brahimi e fez entrar Jota, ou os 2 laterais do Belenenses teriam abandonado o relvado aos ziguezagues. Aos 89 minutos, ainda houve tempo para Casillas brilhar nas qualidades de libero.
No fim do jogo, haviam coisas muito boas e coisas menos boas. A pressão colocada sobre o SLB era boa, os números eram bons, a vingança era boa e o crescimento do desempenho ao longo do jogo também. Menos bom foi a lentidão de circulação que o FCP exibiu na primeira parte quando o Belenenses estava mais recuado. É algo que de precisa ser trabalhado pois nos próximos seis jogos antevê-se que haja equipas cada vez mais recuadas e fechadas!