FC Porto 3-0 GD Chaves: O Dragão que se libertou do nó das sete Chaves

    A CRÓNICA: DRAGÕES SOUBERAM GUARDAR AS CHAVES DO CASTELO

    O FC Porto regressou às vitórias após vencer o GD Chaves por 3-0, no Estádio do Dragão. Foi um jogo em que a equipa da casa entrou num ritmo estonteante, inaugurando o marcador no minuto 3′, com um golo de Taremi.

    Sérgio Conceição promoveu algumas alterações no onze inicial. Pepe saiu para dar lugar a Fábio Cardoso, Wendell tirou lugar a Zaidu e Toni Martinez saltou do banco para tirar o lugar a Evanilson.

    O FC Porto começou atrevido, desde o apito inicial. Até ao primeiro quarto de hora, só deu FC Porto, com Taremi a abrir o marcador, num dos golos mais rápidos nesta edição da Liga. De facto, os dragões jogaram ofensivamente com cinco dos seus homens na linha subida do meio-campo, com Pepê a assumir o comando da equipa, substituindo o papel de Otávio. Taremi, que muitas vezes recuava para procurar a bola, destacou-se, além do golo, por esses movimentos.

    A equipa do GD Chaves viu-se obrigada a recuar, permitindo o FC Porto a assumir o controlo de posse de bola. Com tal ideia, a equipa de Vítor Campelos focou-se em fechar o máximo de espaço possível no seu jogo defensivo, ambicionando em transições, de contra-ataque apoiado, surpreender o FC Porto. Algo que foi demonstrado em duas ocasiões pelo avançado espanhol Hector Hernandez, que teve ocasiões cara a cara com Diogo Costa. Felizmente para os portistas, tais momentos de jogo não se converteram em ocasiões letais.

    O primeiro tempo concluiu-se com o FC Porto a assegurar a liderança mínima no resultado, com indicadores ofensivos baixos após o golo, uma vez que a equipa não chegava com perigo à baliza de Paulo Vitor. Um guarda-redes que teve uma exibição negativa devido a erros de passes, em momentos planeados de transição ofensiva, e por falta de comunicação em lances fulcrais com os seus defesas.

    Na segunda parte, face ao resultado negativo, o GD Chaves conseguiu surpreender o FC Porto. Nos primeiros 10/15 minutos da segunda parte, os flavienses conseguiram ter mais bola. A equipa mudou o seu sistema tático para um 4-1-4-1 nesses minutos, com João Teixeira a ser importante. O jogador assumiu a tal pressão exercida pelo GD Chaves ao FC Porto, pois jogou na posição de ‘6’, desabituando-se da posição de ’10’.

    O jogo voltou a endireitar-se para o FC Porto, a partir do minuto 70. Com o segundo golo, o FC Porto acalmou no jogo. A substituição de Evanilson no minuto 60 permitiu ao ligar melhor o terço final ofensivo, dando outra frescura ao jogo, com o emparelhamento de Taremi. Mas o duo não estava a ser muito bem conseguido com Toni Martinez.

    Os dois golos seguintes foram erros derivados da falta de comunicação entre os defesas e por outra situação de golo com o guarda-redes do GD Chaves. O segundo golo do FC Porto aconteceu por causa de um passe curto falhado entre dois jogadores. A somar a tal erro, o terceiro golo portista surgiu com evidentes falhas de Nélson Monte e Paulo Vitor, onde a saída precipitada do guarda-redes e a falta de indicação de Nélson Monte foram fatais para o GD Chaves.

    O resultado acaba por ser justo, face ao plano furado do GD Chaves. Os erros fatais no segundo e terceiro golos destruíram o plano de jogo discutido no balneário, ao intervalo. A equipa desmoronou-se, e o FC Porto aproveitou os erros. A partir do 2-0, para o FC Porto foi só gerir, promovendo algumas alterações para introduzir caras novas (como Rodrigo Conceição). Face ao próximo jogo, daqui a três dias, para a Liga dos Campeões, o FC Porto conseguiu recuperar a sua confiança nas aspirações de qualificação no grupo B.

    A FIGURA

    Porto x Chaves Pepê Nélson Monte
    Fonte: Diogo Cardoso/Bola na Rede

    Pepê – O jogador foi incansável no encontro, com uma bela produção de jogo. Veio para este encontro com o objetivo de substituir Otávio. O brasileiro foi importante ao comandar a equipa: provocou ruturas de jogo, procurou, recebeu, e deu jogo para os seus colegas. Esteve em constantes movimentos de desequilíbrio, sendo muito perigoso para o GD Chaves. Foi dos jogadores que mais quilómetros percorreu. É a figura do jogo pela qualidade exibicional hoje demonstrada.

     

    O FORA DE JOGO

    Porto x Chaves Paulo Victor
    Fonte: Diogo Cardoso/Bola na Rede

    Paulo Victor – O guarda-redes, destacou-se, pela negativa, no encontro de hoje. Ainda que não seja o total responsável pela derrota da sua equipa, mostrou ser um guarda-redes inseguro, para uma equipa já de si desnorteada. Erros de cálculo em muitos dos passes que tinham como intuito desmarcações ofensivas para os seus colegas, e o erro no terceiro golo do FC Porto, confirmam e validam Paulo Victor como o jogador ‘menos’ neste encontro.

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

    Sérgio Conceição apresentou um onze diferente do habitual, tendo em vista a gestão do plantel. Ainda assim, o FC Porto colocou-se em campo em 4-4-2, com Pepê a fazer as vezes de Otávio.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Diogo Costa (7)

    João Mário (6)

    D.Carmo (7)

    Fábio Cardoso (6)

    Wendell (6)

    Uribe (7)

    Eustáquio (6)

    Pepê (9)

    Toni Martínez (6)

    Taremi (8)

    SUBS UTILIZADOS

    R.Conceição (6)

    Veron (6)

    Gonçalo Borges (-)

    André Franco (7)

    Evanilson (7)

    ANÁLISE TÁTICA – GD CHAVES

    A fórmula que tão bem resultou em Alvalade acabou por cair por terra logo ao terceiro minuto de jogo. A exibição menos positiva de Paulo Victor foi uma das principais razões para a derrota pesada frente ao FC Porto. Este GD Chaves revela ser uma das boas equipas do campeonato e bem organizada por Vítor Campelos.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

     

    Paulo Victor (4)

    Langa (5)

    Vitoria (6)

    Monte (5)

    Araujo Correia (6)

    Guimarães (6)

    Mendes (6)

    João Teixeira (7)

    Menroy (6)

    Juninho (6)

    H.Hernandez (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Morim (-)

    Singh (-)

    Bernardo Sousa (-)

    Jo (-)

    Artigo revisto por Gonçalo Tristão Santos

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    Vítor Vieira
    Vítor Vieira
    O Vítor tem 21 anos e é natural de Santa Maria da Feira. Estuda Comunicação Social em Coimbra. Colabora com o Bola na Rede para partilhar as suas ideias e opiniões, enquanto adquire experiência profissional. Gosta de Ténis, mas o seu desporto de eleição é o futebol. Com o seu FC Porto sempre no seu coração, escreve os artigos sempre com a mesma paixão.