FC Porto 3-0 Moreirense FC: Valeram Corona e os suplentes em noite de bater os dentes

    A CRÓNICA: MANTAS DO BANCO AQUECERAM OS PÉS AOS AVANÇADOS

    Novo ano, a mesma luta. A Liga não pára e FC Porto e Moreirense FC encontraram-se no Estádio do Dragão para disputar o encontro da 12.ª jornada. Para os cónegos um jogo diferente, com certeza, já que o treinador, César Peixoto, havia sido despedido no dia anterior.

    Ao contrário do que muitos previa, o Moreirense não veio ao Dragão apenas defender. Apesar de privilegiarem o aspeto defensivo, os homens de Leandro Pires procuraram sair em transições rápidas com futebol apoiado e remataram mesmo à baliza do FC Porto, só que sem perigo para Marchesín.

    Aliás, numa e noutra baliza, registaram-se poucas oportunidades de golo no primeiro tempo. A primeira deu precisamente golo: Corona combinou com Manafá e, quando foi à disputa de bola com Ferraresi, dentro de área, tocou a bola sobre o defesa, que acabou por rasteirar o mexicano. Penalti para Sérgio Oliveira e estava feito o primeiro dos dragões.

    Aos 33′, Taremi exagerou no desvio após um passe a rasgar a defesa de Sérgio Oliveira e aos 38′, o mesmo Taremi, respondeu afirmativamente a um cruzamento de Corona, mas acertou na trave, seguindo-se uma nova tentativa de Marega para uma soberba intervenção de Pasinato. O guarda-redes conseguiu, num curto espaço de tempo, levantar-se do chão e voar para impedir que o cabeceamento de Marega acabasse no fundo das redes. Vantagem mínima ao intervalo de uma primeira parte fria, quase tão fria como as minhas mãos a escrever este texto.

    Corona, Corona e mais Corona, e Taremi, por vezes. Foi por eles que passou a maior parte do perigo portista na segunda parte. Aos 49′, Taremi isolou Corona, mas o mexicano foi demasiado altruísta a tentar dar o golo a Sérgio Oliveira e Rosic cortou o esférico.

    O Moreirense não abdicava de atacar e, num contra-ataque rápido, poderia mesmo ter igualado a partida. Pasinato lançou para Yan, que desmarcou Pires. O brasileiro viu Marchesín fora de posição, cruzou ao segundo poste para Walterson, mas o 77 não chegou para desviar.

    No minuto seguinte, voltou Corona a aparecer diante de Pasinato, mas não conseguiu finalizar. Desta vez foi com os olhos na baliza, mas o guarda-redes brasileiro agigantou-se e travou o remate do extremo.

    Toni Martínez entrou para o lugar de Marega e mostrou mais trabalho que o maliano. Marcou aos 77′, mas o golo foi invalidado por fora de jogo de 3 centímetros de Taremi na jogada e, aos 87′, faturou novamente, com a ajuda de D’Alberto. Manafá cruzou, Toni Martínez rematou de forma atabalhoada, a bola desviou em D’Alberto e traiu Pasinato.

    Houve ainda tempo para Evanilson entrar e faturar. Depois de uma viragem de jogo que só a visão de jogo de Fábio Vieira permite, Sérgio Oliveira assistiu Evanilson, que, no coração da área, desviou a contar para o terceiro dos portistas.

    Numa noite fria no Dragão, os suplentes largaram as mantas e mostraram trabalho a Sérgio Conceição ao fecharem o jogo.

     

    A FIGURA

    Aos 49', Taremi isolou Corona, mas o mexicano foi demasiado altruísta a tentar dar o golo a Sérgio Oliveira e Rosic cortou o esférico.
    Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

    Tecatito Corona – O mexicano foi o jogador em maior destaque ao longo da partida, a par de Taremi. Todo o perigo causado pelo FC Porto nasceu num destes  dois jogadores, sendo Corona o mais regular na criação dos lances de maior proximidade à baliza de Mateus Pasinato.

    O FORA DE JOGO

     Nahuel Ferraresi – O defesa central do Moreirense não esteve feliz nesta noite. Além de cometer a grande penalidade que deu vantagem ao FC Porto, totalizou seis perdas de posse de bola.

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

    Os dragões optaram pelo 4-4-2, com dois extremos puros: Corona e Luis Díaz. Sérgio Conceição não quis mexer no quarteto ofensivo que deu frutos em Guimarães e a opção mostrou-se válida, já que aparecendo por dentro ou mais junto à linha, Díaz e Corona foram os que mais perigo criaram. Taremi, como habitual, apareceu em zonas de finalização mais atrasadas em relação a Marega, que foi procurado sempre na profundidade.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Marchesín (6)

    Mbemba (6)

    Diogo Leite (6)

    Zaidu (6)

    Manafá (6)

    Uribe (6)

    Tecatito (8)

    Luis Díaz (6)

    Sérgio Oliveira (7)

    Marega (5)

    Taremi (8)

    SUBS UTILIZADOS

    Toni Martínez (7)

    Evanilson (7)

    João Mário (5)

    Fábio Vieira (6)

    Romário Baró (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – MOREIRENSE FC

    O Moreirense FC apresentou-se desinibido no Dragão e procurou sair a jogar para surpreender o FC Porto. Em 3-4-3, com o veloz Walterson na frente, os homens de Moreira de Cónegos apresentaram-se ,na construção ofensiva, com Fábio Pacheco no meio dos centrais, com os laterais bem projetados e abertos para dar largura e com os extremos a procurarem diagonais mais para dentro.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Mateus Pasinato (7)

    Rosić (5)

    Fábio Pacheco (6)

    Ferraresi (4)

    D’Alberto (5)

    Filipe Soares (6)

    Alex Soares (4)

    Abdu Conté (5)

    Yan (7)

    Pires (6)

    Walterson (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Ibrahima (5)

    Galego (5)

    Afonso Figueiredo (5)

    David Tavares (-)

    Franco (-)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    FC Porto

    Bola na Rede: Hoje os suplentes deram uma boa resposta quando entraram. Qual será a importância destas soluções alternativas num mês tão preenchido como será este de janeiro?

    Sérgio Conceição: Não foi só hoje, ainda há bem pouco tempo, contra o Vitória, também deram uma boa resposta, tem sido habitual no nosso grupo os jogadores que entram darem sempre alguma coisa ao jogo. O jogo teve coisas boas e menos boas, ninguém se admiraria se houvesse mais um ou outro golo.

    Moreirense FC

    Bola na Rede: O Moreirense, apesar desta segunda mudança de treinador, está no nono lugar. Qual o segredo para esta aparente estabilidade na tabela classificativa? 

    Leandro Pires: Penso que entramos bem no jogo. Foi uma infelicidade do Ferraresi cometer a grande penalidade. Se ao intervalo estivesse 0-0, seria mais justo. Na segunda parte, tentamos a mesma dinâmica, explorar a profundidade, podíamos ter feito um golo, embora o resultado seja desajustado, não é injusto. O segredo prende-se com o o compromisso e trabalho dos jogadores, que é de enaltecer.

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    Pedro Pinto Diniz
    Pedro Pinto Dinizhttp://www.bolanarede.pt
    O Pedro é um apaixonado por desporto. Em cada linha, procura transmitir toda a sua paixão pelo desporto-rei, o futebol, e por todos os aspetos que o envolvem. O Pedro tem o objetivo de se tornar jornalista desportivo e tem no Bola na Rede o seu primeiro passo para o sucesso.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.